Vitamina B9: O Que É? Quais as Consequências de Sua Falta?

A vitamina B9 faz parte do grupo B e tem a característica de ser solúvel em água, ou seja, se mistura com água.

É conhecida, também, como folato ou ácido fólico.

Sendo que o folato é a sua forma natural e o ácido fólico a forma sintética (fabricada em laboratório) (1).

Assim, quando falamos de fortificação ou suplementação, nos referimos ao uso de ácido fólico.

Em geral, o nosso corpo não consegue produzir esse nutriente por conta própria.

No entanto, consegue armazenar cerca de 5mg no fígado, sendo essa quantidade o necessário para 3 a 4 meses.

Ainda assim, é importante ingerir a vitamina B9 todos os dias pela alimentação, pois pode haver problemas na sua absorção.

Além disso, ela auxilia na formação de componentes do material genético (como DNA e RNA) e do sistema nervoso central.

Mas afinal, você sabe o que pode causar a deficiência desse nutriente?

Neste artigo você saberá quais os alimentos fontes dessa vitamina e o que pode causar a sua deficiência.

O que pode causar a deficiência de folato?

As causas da deficiência de vitamina B9 (folato) incluem a baixa ingestão e problemas na absorção deste nutriente, o uso de remédios antiepiléticos (usados para doenças psiquiátricas e neurológicas), o aumento da necessidade pelo organismo (no período da gravidez, por exemplo), o alcoolismo e o uso de anticoncepcionais.

Nesse sentido, uma informação pouco discutida para as mulheres é em relação aos anticoncepcionais e seus efeitos sobre essa vitamina.

Isso porque eles inibem uma proteína que auxilia na absorção da vitamina B9.

Como resultado, pode causar graves problemas ao bebê se a mulher estiver grávida.

Pois o folato auxilia no processo de desenvolvimento da criança.

Inclusive, vale lembrar que, no Brasil, o Ministério da Saúde recomenda a suplementação (consumo adicional) de ácido fólico já nos dois meses antes da gravidez.

Por isso, mulheres em idade fértil e que usam contraceptivos orais devem ter muita atenção se estão com quantidades suficientes desse nutriente (2).

Quais os alimentos fontes de vitamina B9 e como consumir?

O folato está presente em diferentes alimentos, desde aqueles de origem vegetal até os de origem animal, por exemplo:

  • Brócolis
  • Espinafre
  • Alface
  • Feijão
  • Laranja
  • Lentilha
  • Fígado bovino
  • Leite
  • Ovos

Além desses, no Brasil, as farinhas de trigo e milho são fortificadas com ácido fólico (3).

Esse acordo foi feito pelo Estado Brasileiro em 2002, o qual teve grande importância para diminuir as deficiências de ferro e folato.

Conforme as regras, a cada 100 gramas de farinha, deve-se ter uma quantidade de 150 ug (microgramas) de ácido fólico.

Esse valor equivale a 37,5% do que é recomendado para um adulto, por exemplo.

E você sabia que a forma de preparo influencia na quantidade de vitamina B9?

Por ser hidrossolúvel (que se mistura na água) e sensível a altas temperaturas, alimentos cozidos têm maior perda deste nutriente.

Logo, você pode dar preferência para consumir alimentos em sua forma natural (in natura).

Como exemplo, a laranja, o alface e o espinafre.

Quais as consequências da deficiência de folato?

Em princípio, os problemas que podem acontecer em decorrência dessa vitamina são:

  • Anemia megaloblástica (4): causa sintomas de fraqueza, falta de ar, palpitação e tontura
  • Defeitos no tubo neural (estrutura que dá origem ao cérebro e medula espinhal): atrapalha a formação dos bebês
  • Irritação
  • Dificuldade para dormir
  • Esquecimento

Entretanto, em relação à anemia, é possível que alguns sintomas possam gerar dúvidas.

Pois esse tipo de doença também pode se manifestar quando há a falta de outra vitamina: a B12.

Por outro lado, diferente da deficiência de folato, a falta de vitamina B12 resulta também em outros tipos de danos neurológicos.

Por exemplo, a neuropatia periférica, uma condição que afeta os nervos que saem da medula espinhal e vão para os membros (braços e pernas).

Assim, é importante identificar qual a vitamina que está em falta para se iniciar um tratamento mais específico.

Vitamina B9: Considerações finais

Em conclusão, percebe-se a importância da vitamina B9 para o organismo e as consequências da sua deficiência.

Portanto, é aconselhável que a ingestão deste nutriente esteja sempre adequada.

Acima de tudo, mulheres devem ter um cuidado maior, por conta das possíveis consequências adversas para o crescimento da criança.

Por fim, procure sempre por orientação de um profissional da saúde e mantenha seus exames em dia.

Este artigo te ajudou?

Olá!! Meu nome é Larissa Alegre, sou graduanda do oitavo semestre em Nutrição pela Faculdade de Ciências Aplicadas - Unicamp. Ingressei nesse curso por conta da minha crença de que a alimentação é uma medida profilática (preventiva) para a saúde, e além disso, o ato de comer não se reduz apenas aos nutrientes e sim a todo o contexto afetivo, social e econômico envolvido. Sou co-fundadora da LIHNUT - UNICAMP (Liga de doenças Crônicas não Transmissíveis) e participei da área de Pesquisa e Desenvolvimento. No momento, atuo na área de administração financeira na organização CVU (centro de voluntariado universitário) controlando caixa, fazendo rifas e produtos para trazer recursos que sustentem os projetos sociais. Participei de vários congressos, simpósios e palestras voltadas a nutrição, principalmente para às áreas clínica e comportamental que são as que eu mais me identifico.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

Este artigo não possui comentários
      Deixe seu comentário

      O seu endereço de email não será publicado.