Cleptomania: Conheça o transtorno mental de roubo impulsivo

A cleptomania é um transtorno onde a pessoa sente um impulso incontrolável de roubar.

Além disso, é considerado um distúrbio de saúde mental raro, porém grave.

Isso porque, a cleptomania pode causar muito sofrimento e dor emocional para quem a tem e também para seus familiares, além de poder resultar em problemas jurídicos.

Por isso, nesse artigo você vai aprender um pouco mais sobre essa condição e seus principais sinais.

Além disso, vamos falar sobre algumas possíveis causas para o aparecimento desse distúrbio.

Por fim, você vai ler sobre como lidar com uma pessoa próxima que tenha essa síndrome.

Como saber se a pessoa é cleptomaníaca?

  • Incapacidade de resistir a impulsos fortes para roubar itens que a pessoa não precisa (isso porque, ela poderia pagar por eles)
  • Sentir aumento da tensão, ansiedade ou excitação que levou ao roubo
  • Sentir prazer, alívio e gratificação ao roubar
  • Sentimento de culpa, remorso, vergonha e medo de ser descoberto após o roubo

Além desses sintomas clássicos, existem algumas características presentes no comportamento das pessoas com esse tipo de distúrbio mental.

Entre eles estão, por exemplo:

  • Ao contrário de ladrões, cleptomaníacos não roubam pensando em ganho pessoal, vingança ou necessidade, eles roubam simplesmente porque sentem um desejo muito forte e incontrolável
  • Os episódios de cleptomania ocorrem de forma espontânea, ou seja, sem planejamento
  • A maioria das pessoas com esse problema rouba em locais públicos como lojas e supermercados. Além disso, alguns roubam pertences de amigos e parentes em festas em casa
  • Muitas vezes, os itens roubados não tem valor para essa pessoa, já que ela teria condição de comprá-los
  • Os objetos roubados normalmente são guardados e nunca são usados

Qual é a causa da cleptomania?

Em primeiro lugar, é importante saber que a causa exata desse transtorno mental não é totalmente esclarecida.

Por isso, diversas teorias sugerem que mudanças no cérebro podem causar esse comportamento.

Portanto, esse distúrbio pode ter relação com:

  • Problemas na química cerebral natural (neurotransmissor) chamado serotonina: isso porque baixos níveis de serotonina são comuns em pessoas propensas a comportamentos impulsivos
  • Distúrbios aditivos: isso porque o roubo pode causar liberação de dopamina – neurotransmissor responsável pelo prazer
  • Distúrbios no sistema opioide do cérebro: os impulsos são controlados pelo sistema opioide e seu desequilíbrio pode resultar em dificuldade para resistir ao impulso de roubar

Como ajudar uma pessoa que tem esse distúrbio?

Se você suspeita que algum parente ou amigo próximo tenha esse problema, você pode tentar ajudar.

Para isso, fale gentilmente sobre as suas preocupações sem julgamento.

Tenha em mente que a cleptomania é uma doença de saúde mental, não uma falta de caráter.

Por fim, expresse para a pessoa sua preocupação com as complicações que essa doença pode levar.

Isso porque, se não tratada, ela pode resultar em outros problemas emocionais, familiares, de trabalho, legais e financeiros.

Por exemplo, a pessoa com essa doença compreende que roubar é errado e por isso sente vergonha e culpa por ter esses desejos.

Além disso, o roubo pode levar à problemas jurídicos e à prisão.

Outras complicações são, por exemplo:

  • Abuso de álcool e outras drogas
  • Transtornos de personalidade
  • Distúrbios alimentares
  • Depressão
  • Ansiedade
  • Pensamentos ou comportamento suicida
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Graduanda em enfermagem pela Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB - UNESP). Entrei na faculdade movida pela paixão e vocação de cuidar e ajudar as pessoas.Aqui no Vitalismo, tive oportunidade de alcançar e ajudar muitas pessoas além de meus pacientes.Desde o início da faculdade, minha área de interesse e vocação é a saúde da mulher (ginecologia e obstetrícia). Por isso, sempre estive envolvida em projetos de iniciação científica e de extensão que abordassem essa temática.Já fui presidente da liga de ginecologia da UNESP, organizei eventos e simpósios sobre o tema.Atualmente sou coordenadora do projeto Papo de Parto, em parceria com a UNESP e PROEX. Além disso, se você estiver em algum evento de ginecologia e obstetrícia, pode me procurar pois estarei lá!

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