Sem dúvidas você já ouviu falar da catarata, não é mesmo?
Afinal, é uma doença muito comum e é uma das principais causas de cegueira (1, 2).
Nesse artigo, vou te explicar melhor o que é a catarata, o por que ela surge e quais os seus sintomas.
Além disso, você também vai aprender o que fazer para se prevenir e como funciona o tratamento dessa doença.
Vamos lá!
O que é a catarata?
A catarata é o embaçamento do cristalino, a “lente” do olho. Normalmente, o cristalino é transparente, o que permite à pessoa ver de forma clara através dele. No entanto, em pessoas com a doença, a opacidade (quando perde a transparência) do cristalino faz com que a visão fique embaçada (3).
Além disso, a doença evolui aos poucos.
Isto é, no começo, os sintomas não afetam as atividades diárias.
Mas, com o tempo, a redução da visão traz sérios prejuízos à rotina do indivíduo.
Com isso, ler, dirigir ou enxergar as expressões faciais de outras pessoas se tornam um desafio.
Quem pode ter catarata?
A maioria das pessoas desenvolve a doença a partir dos 40 anos de idade e só passam a notar os sintomas após os 60 (4).
Além disso, saiba que mais da metade das pessoas acima dos 80 anos a possuem.
Existem ainda bebês que nascem com a doença, no entanto são muito raros os casos.
Também existem alguns fatores que aumentam o risco do desenvolvimento da doença, como:
- Tabagismo
- Viver em lugares com muita poluição do ar
- Alcoolismo
- Histórico familiar da doença
E quais são as causas?
As “lentes” dos olhos, o cristalino, são compostos basicamente por água e proteínas.
É natural que, com o tempo e a idade, ocorra a degradação dessas proteínas (5).
São essas mesmas proteínas que acabam deixando a visão embaçada.
Ou seja, o surgimento das cataratas é algo mais esperado com a idade.
Entretanto, esse processo de embaçar a vista pode ser acelerado (6) por:
- Diabetes
- Medicamentos corticoides (como os usados para o tratamento da artrite ou lúpus)
- Uso de fenotiazina (medicamentos para condições como esquizofrenia ou bipolaridade)
- Cirurgias no olho
- Lesões no olho
- Tratamentos com uso de radiação
- Longos períodos no sol sem uso de óculos escuros
- Alimentação pobre em antioxidantes e vitaminas
- Tabagismo
Sintomas de catarata
Os sintomas podem incluir:
- Visão embaçada, turva ou opaca (pode ser em um ou nos dois olhos)
- Redução da visão
- Diplopia (visão dupla)
- Visão de halos (como um círculo) ao redor de pontos de emissão de luz
- Sensibilidade à luz (desconforto principalmente ao sol e faróis de carro)
- Alteração na percepção das cores (cores ficam desbotadas ou amareladas)
- Piora da visão noturna
Apesar de uma maior sensibilidade à luz, é importante lembrar que não é comum sentir dor nos olhos.
Tratamento
A escolha do tratamento depende do grau de opacidade dos olhos e de prejuízo para as atividades diárias.
No caso de sintomas leves, é provável que sejam apenas indicados o uso de óculos.
No entanto, conforme os sintomas se tornam mais graves com o tempo, é necessário a realização de cirurgia para retirada da catarata (7).
Essa cirurgia é realizada por um médico oftalmologista, o qual remove o cristalino embaçado e substitui por lentes artificiais.
As lentes artificiais são capazes de reverter os problemas trazidos pela catarata.
Com isso, a visão fica clara e limpa para o indivíduo.
O que melhora muito sua qualidade de vida.
Como graduando do curso de Medicina da Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) e escritor do Vitalismo tenho como propósito trazer informações sobre saúde de qualidade e baseadas em evidências científicas com uma linguagem de fácil acesso para toda a população. Ingressei no curso de Medicina em 2018 por vocação e amor ao cuidado. Agora tenho a oportunidade de levar essa minha paixão para todos leitores do Vitalismo. Além disso, sou fundador da Liga de Empreendedorismo, Gestão e Inovação da UNESP e atualmente sou coordenador da Liga de Ortopedia de Botucatu.
William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.
