Os hormônios são os mensageiros bioquímicos do nosso corpo.
Você já tinha escutado esse tipo de informação alguma vez?
Além disso, você sabe quais os tipos de hormônios que possuímos? Seriam os do metabolismo? Sexuais? Do crescimento?
Se está em dúvida ou ficou curioso para aprimorar seu conhecimento sobre o assunto, veio ao lugar certo.
Neste artigo, você vai entender qual o papel dos hormônios, suas classificações e a importância para a manutenção da vida.
Os hormônios podem ser classificados, conforme sua estrutura química, nos seguintes grupos: peptídicos, esteroides e derivados de aminoácidos simples. Dentre eles, os mais conhecidos de cada classe são: insulina e GH (peptídicos); testosterona e estrogênio (esteroides); e a adrenalina e a melatonina (derivados de aminoácidos simples).
Agora que você entendeu a divisão estrutural, conheça também algumas das funções dos hormônios:
Mas afinal, como se produz esses “mensageiros bioquímicos”?
Primeiramente, a produção dos nossos hormônios ocorre em um grupo de células especiais chamadas de glândulas endócrinas (1).
Sendo que essas glândulas ficam espalhadas em diferentes partes do nosso corpo (2).
Por exemplo, temos:
É por meio dessas glândulas que os hormônios são secretados a fim de cumprir suas funções no organismo.
Após a sua produção, eles “viajam” por meio da corrente sanguínea para comunicar o que os tecidos devem fazer.
Como exemplo: durante o desenvolvimento de uma criança, o corpo libera altas quantidades de GH (hormônio do crescimento).
Na adolescência ou no início da fase reprodutiva, ocorre maior liberação de testosterona nos homens e estrógeno nas mulheres.
Aliás, todas essas substâncias bioquímicas produzidas são essenciais, pois regulam o funcionamento de todo nosso corpo.
Naturalmente o controle dos níveis hormonais ocorre ao longo do desenvolvimento humano e durante toda a vida.
Mas afinal, como se controla ou se regula tudo isso?
Pode-se dizer que esse controle acontece por meio de uma “cascata de reações” ou uma “sequência de sinalizações”, em que um hormônio irá regular o outro (4).
A princípio, o “sistema de cascata” funciona como uma hierarquia onde os hormônios hipotalâmicos controlam os hipofisários e esses regulam as glândulas ou órgãos alvo.
Para facilitar a compreensão, vamos imaginar o cenário de uma fábrica.
Sendo que nessa empresa, o setor da diretoria executiva, ou de comando da alta hierarquia, ficará localizado no hipotálamo (5) (um pouco acima da hipófise).
Aliás, vamos para uma observação: tenha em mente que o cérebro é composto por algumas partes, sendo uma delas o diencéfalo.
E é justamente dentro do diencéfalo que encontramos o hipotálamo.
Já o setor de gerência, uma hierarquia intermediária, estará presente na hipófise.
Esta é uma glândula minúscula, do tamanho de uma ervilha, que repousa dentro da cavidade do osso esfenóide (que faz parte do crânio, a estrutura óssea da cabeça).
Por fim, os operários dessa fábrica, ou a base da hierarquia serão as glândulas e/ou os órgãos alvo.
Nesse exemplo, vamos usar de modelo os “hormônios sexuais” como a testosterona e o estrógeno.
Imagine que a rotina dessa fábrica começa com os diretores executivos solicitando o trabalho dos gerentes (que, por sua vez, irão cobrar os operários).
No nosso organismo, isso equivale à seguinte ideia.
Quando o GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina), localizado no hipotálamo (“diretoria”), é ativado, ele desce até a hipófise.
Ao chegar até a hipófise (“gerência”), ele sinaliza para que os hormônios FSH (folículo estimulante) e LH (luteinizante) sejam liberados.
Com isso, após viajar pela corrente sanguínea, eles chegarão aos testículos e ovários (órgãos sexuais masculino e feminino, respectivamente).
Isso resultará em um novo sinal para que ocorra a produção dos hormônios sexuais nos órgãos sexuais (“os operários”, ou a base da hierarquia).
Existe também um mecanismo que atua para que haja um equilíbrio na produção, de forma a garantir a homeostase (equilíbrio entre todos os sistemas do organismo).
Chama-se feedback negativo (6) e você poderá ver uma ilustração de como ele funciona a seguir.
Conforme os operários “terminam o trabalho”, ou seja, produzem os hormônios, eles avisam os gerentes que conseguiram atingir essa meta.
Os gerentes, por sua vez, avisam os diretores executivos.
Portanto, é como se as altas quantidades dos hormônios sexuais que foram produzidos servissem também para enviar mensagens.
Ou seja, sinalizam para as partes superiores da hierarquia, que os hormônios hipofisários (“da gerência’’) e hipotalâmicos (“da diretoria executiva”) podem diminuir as suas produções.
Inclusive, vale lembrar que esse exemplo não vale apenas para as substâncias específicas mencionadas, mas também para os outros tipos hormonais.
Dessa forma, você acabou de aprender o mecanismo de “feedback negativo”, que é fisiológico (ocorre naturalmente no nosso organismo).
Além disso, entendeu também quais são as classificações dos hormônios, suas funções e a sua importância.
Então, aproveite para compartilhar agora o artigo com outras pessoas que podem se beneficiar com este conteúdo.
Beatriz
5 de maio de 2021 às 21:44Sensacional!!!! Ótimo texto
beatriz lima
5 de maio de 2021 às 22:29Muito inteligente o conteúdo! Passado de forma clara e legal para entender!
Pedro Henrique
5 de maio de 2021 às 23:04Muito brabo, Césinha!!! Fé demais em você, irmão. Muito sucesso e reconhecimento pra você!!
Bruna
6 de maio de 2021 às 08:49Que texto maravilhoso!!!
mônica alegrussi
10 de maio de 2021 às 17:41que texto! o conteúdo ficou muito bem explicado, sucesso!!