Vitalismo

Ansiedade Entre Brasileiros na Pandemia: O Que Mudou?

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A ansiedade entre brasileiros na pandemia sofreu um aumento significativo.

Nesse sentido, vemos evidências de que as pessoas em todo o Brasil relatam ter mais sintomas ansiosos após o início da pandemia.

Neste artigo, vamos apresentar alguns dados de estudos que evidenciam as mudanças ao longo do período.

Além disso, você entenderá o que parece influenciar a manifestação de ansiedade entre brasileiros na pandemia.

Por que a ansiedade entre brasileiros na pandemia aumentou?

O estresse é um dos fatores que mais contribuem para a ocorrência de transtornos psiquiátricos. Nesse sentido, há muitas pessoas no Brasil com baixos níveis de escolaridade e de renda que podem ficar ainda mais vulneráveis com os efeitos da pandemia. Sendo assim, o isolamento social, as perdas econômicas, a violência interpessoal ou o adoecimento de pessoas próximas e o luto são eventos que podem gerar uma sobrecarga e aumentar o risco de ansiedade.

Por outro lado, alguns problemas que surgiram com a pandemia também se amenizaram.

Por exemplo, as conexões por meios digitais aumentaram e, com isso, compensaram parte dos efeitos negativos do isolamento social.

A possibilidade de home office (trabalho à distância) para um grupo de pessoas também trouxe a possibilidade de se diminuir o tempo em trânsito para se deslocar para o trabalho.

Ainda assim, as mudanças na rotina ainda geram uma grande percepção de incertezas, que resulta em maior estresse, medo e preocupação.

Quais são os sintomas de ansiedade?

A ansiedade é uma reação natural que pode ocorrer diante de eventos estressantes ou pelo sofrimento por antecipação.

Nesse sentido, o medo, o nervosismo ou a preocupação são alguns dos sintomas emocionais que mais estão presentes em quadros de ansiedade.

Além disso, há sintomas físicos que também podem se manifestar, tais como:

O que as pesquisas sobre ansiedade entre os brasileiros na pandemia revelam?

Em uma pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), verificou-se que quase 63% dos entrevistados relataram sintomas somáticos (1).

Ou seja, são sintomas que se manifestam fisicamente, como dor ou mal-estar gástrico que podem ser resultantes de quadros de ansiedade.

Além dos sintomas somáticos, a mesma pesquisa revelou que mais de 80% das pessoas reportaram sintomas moderados a graves de ansiedade.

Enquanto que em um estudo da Faculdade de Medicina da USP, os pesquisadores verificaram que mais de 20% da população brasileira ainda sofrem de algum tipo transtorno mental (2).

Neste estudo, pessoas que recebem acompanhamento desde 2008 receberam avaliações periódicas durante a pandemia, ao longo do ano de 2020.

Por fim, em uma pesquisa do Vitalismo Ansiedade, ao longo dos dias 29 e 30 de agosto de 2021, nossa equipe entrevistou 2.697 pessoas entre 18 e 44 anos.

Nesta amostra, 57% pessoas afirmaram ser do gênero masculino, 40% do gênero feminino e 3% optaram não declarar.

Como resultado, 62% dos entrevistados afirmaram estar mais ansiosos após o início da pandemia.

Portanto, as diversas evidências encontradas apontam que os níveis de ansiedade entre brasileiros na pandemia aumentaram.