Como Ajudar Uma Pessoa Com Ansiedade

Você conhece formas de como ajudar uma pessoa com ansiedade?

Há mais de 260 milhões de casos de transtornos de ansiedade em todo o mundo (1).

Com tantas pessoas sofrendo com este tipo de transtorno mental, é possível que você também conheça alguém passando por isso.

Neste artigo, você saberá formas práticas de como ajudar uma pessoa com ansiedade.

O que não dizer para quem sofre de ansiedade?

Em geral, é importante não dizer coisas que deixem a impressão de que o medo ou a preocupação da pessoa com ansiedade seja algo de pouca importância. A ansiedade é uma reação normal na vida das pessoas quando há algum tipo de estresse ou incerteza. Mesmo assim, há pessoas que apresentam reações tão intensas que podem superar a capacidade de lidar por conta própria. Por isso, é mais importante que sua comunicação seja no sentido de demonstrar que você está disponível para ouvir e dar apoio, sem julgamentos.

Portanto, é preferível que tudo o que você disser, seja no sentido de buscar entender (com paciência) o que a pessoa com ansiedade está sentindo e pensando.

Comunicar que você estará junto dela durante esta fase difícil é uma opção que você pode oferecer, caso você esteja disponível para ajudar neste sentido.

Além disso, evite dizer frases que presumem que você sabe exatamente o que a outra pessoa está passando ou como as coisas vão evoluir.

Sendo assim, não diga frases como:

  • Fique calmo, isso é bobagem e vai passar…
  • Eu também tenho ansiedade e sei bem como é isso…
  • Vai passar, você consegue enfrentar…
  • Nada de ruim vai acontecer, vai relaxar…

Como ajudar uma pessoa com ansiedade por mensagem?

Como toda forma de comunicação, para conseguirmos ajudar uma pessoa, precisamos estar dispostos de forma genuína a entender a outra parte.

Sendo assim, se você deseja ajudar uma pessoa com ansiedade, coloque-se à disposição para ouvir (no caso, para ler as mensagens com atenção).

Procure fazer perguntas que demonstrem seu interesse em entender os motivos do estresse, do medo ou da preocupação.

Por exemplo, você pode fazer perguntas como:

  • “Você pode falar um pouco mais sobre o que você está sentindo?”
  • “Você pode contar um pouco sobre quando tudo isso começou?”
  • “Você consegue se recordar se já passou por situações assim no passado?” (Se sim, “como você fez para lidar com isso na outra vez?”)
  • “O que você costuma fazer quando passar por situações assim?”
  • “Tem alguma coisa que você sabe que eu posso fazer por você?”

Além disso, é muito importante que você entenda que não há problemas em deixar momentos de silêncio durante a conversa.

Isso pode deixar a outra pessoa mais à vontade para falar no tempo dela.

O que é mais importante é você deixar a outra pessoa segura de que você está lá para ouvir e oferecer seu apoio.

Por fim, lembre-se de que a comunicação por mensagem também tem as suas limitações.

Por exemplo, não é possível saber o tom de voz e nem as expressões faciais ou outras formas de linguagem corporal.

Portanto, não assuma que você sabe exatamente o que está acontecendo com a outra pessoa apenas pelas mensagens.

Sempre que possível, procure uma ocasião para ter um encontro presencial ou, ao menos, uma conversa por vídeo.

Considerações finais

Saber como ajudar uma pessoa com ansiedade nem sempre é simples.

Principalmente porque há muitas formas de se manifestar a ansiedade, inclusive em graus de intensidade que variam bastante.

Portanto, ter sensibilidade para perceber seus limites é uma habilidade importante também.

Ou seja, preste atenção se o suporte que você está oferecendo é algo que está ajudando a outra pessoa a superar a ansiedade.

Há casos em que a ansiedade é tão intensa que a capacidade para realizar as atividades diárias fica prejudicada.

Nessas situações, o apoio de profissionais qualificados pode ser necessário para ajudar de modo mais efetivo.

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(Autor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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