Depressão em Adolescentes: Hormônios ou Transtorno Mental?

Você já parou para pensar como a depressão em adolescentes pode acontecer? (*, *)

Primeiramente, é importante dizer que a depressão nessa fase da vida não é rara. 

No entanto, pode ser difícil compreender se um comportamento diferente de um adolescente é apenas parte do seu crescimento ou de fato um problema.

Isso porque a adolescência é uma etapa normalmente repleta de mudanças de humor, dificultando para que pais, amigos e familiares sejam capazes de identificar a diferença.

Neste artigo você poderá compreender melhor como a depressão em adolescentes funciona e algumas formas que podem te ajudar a identificá-la. 

Quais as causas da depressão em adolescentes? (*)

A depressão em adolescentes pode surgir devido um conjunto de fatores, como genética e alterações hormonais. Além disso, eventos estressantes na infância também podem influenciar para o seu desenvolvimento. Por exemplo, morte de uma pessoa querida, bullying e abusos sexuais. 

Além disso, podemos citar outros fatores risco para o desenvolvimento de depressão em jovens, entre eles:

  • Ter outras condições de saúde mental, por exemplo, bulimia, anorexia e ansiedade
  • Abusar de substâncias, como cocaína e maconha
  • Presença de doenças, por exemplo, diabetes, câncer ou doenças cardíacas
  • Ter familiar com histórico de alguma doença mental
  • Conflitos familiares constantes e uma má relação com os pais
  • Histórico de problemas interpessoais na escola, por exemplo, brigas ou dificuldade de se relacionar com outros jovens 
  • Ter alguma dificuldade na aprendizagem ou Transtorno de Déficit de atenção e Hiperatividade (TDAH)
  • Ter sofrido algum trauma na infância
  • Baixa autoestima 

Como identificar que um adolescente pode estar com depressão? (*, *, *)

O tratamento precoce de um transtorno mental traz mais chances desse tratamento ser eficaz.

Nesse sentido, é importante saber quando suspeitar de um caso de depressão nos adolescentes e encaminhar para a avaliação com um profissional.

Isso porque o tratamento precoce pode ajudar a prevenir problemas mais graves e duradouros na fase adulta.

Além disso, também contribui para melhorar a qualidade de vida deste adolescente que está em sofrimento.

Dessa forma, identificar os sintomas que podem ser de depressão em jovens é muito importante.

E isso pode ser feito ao conhecer seus principais sintomas, os quais incluem:

  • Humor deprimido na maior parte do tempo (se sentir vazio, triste, sem esperança)
  • Estar com raiva, irritado ou frustrado constantemente
  • Perda de interesse ou de prazer em atividades do cotidiano, por exemplo, arrumar o quarto, se alimentar, tomar banho
  • Não se importar mais com as coisas que costumava gostar
  • Passar cada vez mais tempo sozinho e evitar atividades sociais com amigos ou familiares
  • Envolver-se em comportamentos arriscados ou destrutivos sozinho ou com amigos
  • Queda nas notas escolares
  • Insônia (dificuldade para dormir) ou hipersônia (sonolência excessiva)
  • Fadiga (se sentir muito cansado ou sem energia)
  • Perda ou ganho significativo de peso
  • Fumar e beber álcool em excesso, ou usar drogas
  • Ter problemas para se concentrar, lembrar de informações ou tomar decisões
  • Ter comportamentos de automutilação (como se cortar ou queimar a pele)
  • Pensamentos de morte ou ideação suicida

Como é o tratamento da depressão em adolescentes? (*, *)

Se você desconfia que um adolescente pode estar com depressão, é importante levá-lo para fazer uma avaliação com um profissional da saúde adequado.

Assim, o médico deve avaliar se não há outros problemas de saúde, pedir diferentes exames que podem incluir uma avaliação psicológica, para se chegar ao melhor diagnóstico possível.

Em casos que o diagnóstico de depressão é confirmado, o tratamento indicado pode ser composto por medicações e psicoterapia.

Além disso, outras atitudes podem ser realizadas pelos pais desses adolescentes e podem auxiliar para a depressão em adolescentes, como:

  • Fornecer um ambiente familiar seguro e amoroso
  • Criar um vínculo de honestidade e respeito
  • Desenvolver um relacionamento de confiança no qual o adolescente se abra quando estiver com problemas ou estiver chateado
  • Ouvir as preocupações, opiniões e sentimentos dos seus filhos

Este artigo te ajudou?

Olá! Meu nome é Sandy Rodrigues, sou estudante de psicologia na Universidade Federal Fluminense (UFF) com previsão de formação para o segundo semestre de 2023. Faço parte como voluntária de um projeto de extensão que pesquisa sobre a saúde de professores, nesse projeto são realizadas entrevistas que visam entender a dinâmica de trabalho e buscar meios de melhorar a saúde desse trabalhador. Também sou bolsista de iniciação científica para desenvolvimento de aplicativos para estimulação cognitiva de idosos e crianças. Além disso, tenho diversos cursos extracurriculares na área de psicologia, como o III curso introdutório da liga acadêmica de autismo da UNIFESP e o de Neuropsicofarmacologia da LiFaC - UFF, sempre em busca de mais conhecimento a fim de me tornar uma profissional ética e comprometida. Para além da faculdade, passo meu tempo me arriscando na confecção de bolos e procurando o passatempo perfeito (séries e livros têm sido boas escolhas). Atualmente escrevo para o Vitalismo com o intuito de contribuir com a disseminação de informações seguras e acessíveis, levando maior conhecimento para as pessoas a respeito de diversos temas que atravessam a psicologia.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

1 Comentário
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    lina

    1 de julho de 2022 às 10:40

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