Dismorfia Corporal: O Perigo de Uma Beleza Idealizada

Você já ouviu falar da dismorfia corporal?

Nos dias atuais, é comum acompanhar pelas redes sociais uma busca eterna para atingir padrões de beleza.

Por exemplo, muitas mulheres, que já são magras, se submetem a procedimentos estéticos para “perder a barriga”.

Por consequência, em casos de idealização de um corpo perfeito, transtornos mentais podem surgir como uma consequência.

Entre eles o transtorno dismórfico corporal.

Sendo assim, neste artigo lhe apresentarei os sintomas e os possíveis tratamentos para a dismorfia corporal.

O que significa a dismorfia?

A dismorfia corporal é um transtorno de distorção de imagem, em que a pessoa se torna obcecada de maneira negativa por partes do seu corpo e como elas são percebidas por outras pessoas. Com isso, surge um sofrimento excessivo ao ponto de se evitar situações sociais, por exemplo. Entre as características que podem causar preocupação estão manchas no corpo, o tamanho dos músculos, da barriga, entre outros.

Na realidade, a lista pode incluir qualquer parte do corpo.

Além disso, os sintomas de transtorno dismórfico corporal normalmente começam durante a adolescência.

Em indivíduos entre 12 e 17 anos.

Quais são as principais características do transtorno dismórfico corporal?

Em princípio, a preocupação com um ou mais aspectos da aparência física é um critério básico para o diagnóstico da dismorfia corporal.

E essa preocupação, dos indivíduos com o transtorno, obrigatoriamente prejudica a capacidade funcional deles.

Ou seja, pode afetar em seus relacionamentos, no trabalho, no ambiente de estudo etc.

Além disso, esses indivíduos duvidam que os atributos considerados como defeitos por si mesmo não sejam notados ou comentados por outras pessoas.

Por isso, têm comportamentos repetitivos difíceis de controlar, como se arrumar toda hora.

Em geral, também existe a necessidade de verificar a aparência a todo momento em espelhos.

E é comum para eles comparar excessivamente sua imagem com a de outros.

Além dos critérios citados, alguém com transtorno dismórfico corporal pode apresentar os seguintes sintomas:

  • Frequentemente tocar ou apertar as partes do corpo que trazem insatisfação
  • Se esquivar de situações sociais ou até mesmo se isolar
  • Tentar esconder as “falhas” com roupas, maquiagem ou mudanças no cabelo
  • Se exercitar excessivamente
  • Se submeter impulsivamente a cirurgias estéticas ou ao uso irresponsável de medicamentos
  • Manter hábitos alimentares preocupantes (como reduzir muito a quantidade de alimento ingerido diariamente)
  • Praticar automutilação (se cortar, arrancar fios de cabelo)

Quais as causas da dismorfia corporal?

Atualmente, as causas do transtorno não são plenamente conhecidas.

Mas destaca-se para o desenvolvimento do quadro a atuação de fatores ambientais e culturais (1).

Isto é, a forma como a sociedade e o meio em que a pessoa está inserida influencia na sua saúde mental.

Entre eles estão:

  • Experiências traumáticas que incluem insultos direcionados a aparência
  • Conviver com familiares ou conhecidos extremamente preocupados com suas aparências e também a dos outros
  • Ter sido vítima de qualquer tipo de abuso mas, sobretudo, abuso sexual
  • Já ter algum tipo de transtorno de ansiedade, principalmente fobia social

Existe tratamento para a dismorfia corporal? Como lidar com o transtorno?

As complicações da dismorfia corporal podem custar caro para a saúde de qualquer um.

Por isso, o indicado é buscar ajuda o mais rápido possível.

Recomenda-se o acompanhamento médico como forma de tratamento.

E ele pode contar incluir ou não o uso de medicamentos.

Além disso, ter um acompanhamento com um psicólogo traz ainda mais benefícios.

Visto que o mesmo pode trazer orientações importantes para a superação da dismorfia corporal.

Este artigo te ajudou?
(Autor)

Thays Alvaro é estudante de psicologia na Universidade Federal Fluminense (UFF). Atualmente no 5° período da graduação, já participou de diversas atividades extracurriculares ligadas à Neurociências, como a ocupação de palestrante no evento Escola com Ciência, promovido através do NuPEDEN UFF (Núcleo de Pesquisa, Ensino Divulgação e Extensão em Neurociências da UFF) e de monitora no X Curso de Verão em Neurociências, realizado pelo Portal do Candidato da Olimpíada Brasileira de Neurociências (Brazilian Brain Bee). Tem como grande paixão a língua francesa, da qual é certificada com diplomas DELF A1, A2 e B2. Secretamente cinéfila, é vista nos momentos livres sempre maratonando filmes (principalmente aqueles que são sobre dança, sua arte favorita). No momento escreve para o Vitalismo e busca contribuir, diariamente, para o firmamento de uma psicologia diversa, sensível e inclusiva.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

Este artigo não possui comentários
      Deixe seu comentário

      O seu endereço de email não será publicado.