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Transtorno de Escoriação: Se Beliscar é Transtorno Mental?

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O Transtorno de Escoriação (dermatilomania) é um transtorno pouco conhecido.(*)

Cerca de 1 a 2% das pessoas têm dermatilomania.

No geral, ela tem início na adolescência, apesar de poder surgir em qualquer época da vida.

Além disso, ela atinge em sua maioria mulheres e é mais comum em pessoas ou que têm transtorno obsessivo compulsivo (TOC) ou que tem algum familiar de primeiro grau que tenha.

Neste artigo você poderá conhecer um pouco mais sobre o transtorno de escoriação e quais os impactos que causa na vida de quem convive com ele.

O que é o Transtorno de Escoriação? (*)

O transtorno de escoriação é caracterizado pelo ato de beliscar a própria pele de forma recorrente e de modo em que cause lesões na pele. Assim, os locais mais comuns de serem beliscados são o rosto, braços e mãos. Além disso, pode-se beliscar tanto a pele saudável como a pele já lesionada. Por exemplo, partes da pele com espinha, calos ou com cascas de machucados. 

Nesse sentido, o indivíduo pode se machucar com a unha ou usar objetos como pinça e alfinetes.

Do mesmo modo, também podem ocorrer comportamentos como espremer a pele, esfregar e morder.

Os gatilhos que levam uma pessoa com dermatilomania a cutucar a pele podem ser múltiplos e podem variar entre os indivíduos.

No entanto, incluem no geral emoções como estresse, raiva, ansiedade, tédio e cansaço.

Além disso, a pessoa que tem transtorno de escoriação pode se beliscar de forma automática (sem plena consciência) ou de forma consciente.

Assim, quando ela realiza o ato de forma mais consciente e focada, geralmente o intuito é gerar alívio de alguma sensação ou sentimento desconfortável. 

Mas então, como saber se uma pessoa tem transtorno de escoriação?

Como identificar o transtorno de escoriação? (*)

É possível desconfiar que  uma pessoa possa ter dermatilomania ao conhecer quais são seus principais sintomas.

Dessa forma, alguns dos sintomas mais comuns são:

Além disso, a pessoa que convive com o transtorno de escoriação pode ter grandes prejuízos no meio profissional, social e pessoal.

Nesse sentido, o indivíduo pode ter diferentes sequelas psicossociais.

Por exemplo, a pessoa pode se sentir constrangida socialmente e evitar situações ou atividades em que as lesões de pele possam ser vistas.

Assim, é comum a perda de produtividade em ambientes como trabalho e escola.

Da mesma forma, o indivíduo pode ter infecções e cicatrizes devido as lesões causadas em si próprio.

Portanto, o tratamento para o transtorno em alguns casos é muito importante.

Mas como o tratamento do transtorno de escoriação é feito?

Tratamento (*)

O tratamento para o transtorno de escoriação pode ser realizado através de consultas com psicólogos e psiquiatras.

Nesse sentido, a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) é uma das mais indicadas para o transtorno.

Além disso, em alguns casos é necessário o uso de medicamentos para ajudar a tratar eventuais lesões graves que podem ser feitas ou transtorno coexistentes, como ansiedade.

Portanto, é essencial ajudar alguém a buscar auxílio se você desconfia que essa pessoa possa sofrer com o transtorno de escoriação.