Como a Neurociência Pode te Ajudar a Ser Mais Produtivo

Você já ouviu falar em neurociência?

Trata-se de um tipo de ciência, ou seja, é um campo científico que está constantemente sendo estudado.

Mas afinal, como a neurociência pode te ajudar e te tornar uma pessoa mais produtiva?

Nesse artigo vamos falar mais sobre essa ciência e sua relação com a produtividade.

O que estuda a neurociência?

A neurociência é uma parte da ciência que tem como objetivo estudar o sistema nervoso. Ou seja, suas estruturas, funções, mecanismos e seus aspectos fisiológicos.

Para relacionar melhor com a produtividade, podemos dar enfoque em uma parte específica da neurociência: a neuroprodutividade.

Essa parte busca estudar as funções e mecanismos do nosso sistema nervoso que tem relação com a nossa produtividade.

Entender esses aspectos são importantes pois, em diversas situações do nosso dia a dia, aparecem obstáculos que atrapalham nossas tarefas.

No entanto, temos pouco controle sobre as reações que acontecem no nosso cérebro e essas reações tem grande impacto na nossa produtividade diária.

Portanto, entender mais sobre a neurociência da produtividade pode te tornar uma pessoa mais produtiva.

Quais são os neurotransmissores que tem relação com a produtividade?

Em primeiro lugar, é importante entender o que são neurotransmissores.

Os neurotransmissores são substâncias químicas que tem a função de transmitir informações para diversas partes do corpo.

Em outras palavras, são os mensageiros do sistema nervoso.

A neurociência identifica três neurotransmissores envolvidos no processo da produtividade, sendo eles:

  • Dopamina
  • Noradrenalina
  • Acetilcolina

Para entender melhor como cada um deles tem impacto nos seus afazeres diários, vamos nos aprofundar em cada um.

Dopamina

Esse neurotransmissor desempenha papel muito importante no sistema de recompensa.

Ou seja, quando você realiza alguma ação prazerosa, seu sistema nervoso vai te recompensar por isso.

Dessa forma, liberar dopamina é uma das formas que seu cérebro tem para fazer você se sentir bem.

Como consequência, isso vai incentivá-lo a continuar fazendo a ação que te deixou contente.

Atividades como sexo, comer sua comida favorita ou jogar videogame aumentam os níveis de dopamina no seu cérebro. (*)

Mas afinal, o que tudo isso tem a ver com produtividade?

Quando falamos em produtividade, é preciso ter cuidado com a dopamina.

Isso porque, ela pode aumentar ou diminuir sua capacidade de realizar tarefas dependendo do que aciona o seu sistema de recompensa.

Ou seja, para aproveitar a sensação agradável que esse neurotransmissor causa, é preciso usar o sistema de recompensa de maneira produtiva a seu favor.

Por exemplo, tente criar maneiras de se recompensar após uma tarefa cumprida.

Isso vai fazer com que seu cérebro busque sempre cumprir mais tarefas, a fim de receber mais dopamina.

Noradrenalina

Esse segundo neurotransmissor tem envolvimento na resposta de luta ou fuga.

Ou seja, pode te deixar mais alerta e vigilante.

Sendo assim, com base na neurociência, a pressão que você pode sentir através da noradrenalina pode ser benéfica para aumentar sua produtividade.

É por isso que pessoas que sofrem com a procrastinação conseguem ter um desempenho melhor quando algum prazo se aproxima, pois isso causa certa pressão. (*)

No entanto, é importante ressaltar que noradrenalina em excesso no organismo pode aumentar os níveis de estresse e fazer mal a saúde.

Acetilcolina

Por fim, a acetilcolina tem relação direta com a capacidade de foco, aprendizado e memória.

Por isso, a falta desse neurotransmissor pode te trazer dificuldades para se concentrar e se lembrar das coisas.

Portanto, aumentar os níveis de acetilcolina pode ajudar diretamente na sua concentração e produtividade. (*)

Por fim, como você pode utilizar esse conhecimento em dicas práticas para melhorar seu desempenho em realizar suas tarefas diárias?

Como usar a neurociência na produtividade de forma prática?

Como vimos, segundo a neurociência, os neurotransmissores são responsáveis por grandes aspectos da produtividade.

Ou seja:

  • Diversão e recompensa: dopamina
  • Medo: noradrenalina
  • Foco e concentração: acetilcolina

Para utilizá-los de forma a melhorar o nosso foco e concentração nas tarefas, podemos incorporar dicas práticas ao nosso dia a dia, por exemplo:

  • Encontre um equilíbrio entre se divertir sem se desfocar
  • Garantir que haja algum tipo de recompensa ao trabalhar em suas tarefas
  • Crie essas recompensas utilizando coisas realmente importantes pra você, por exemplo: prometa a si mesmo que vai assistir um episódio da sua série favorita depois que terminar uma tarefa
  • Utilize a pressão positiva para sair da sua zona de conforto
  • Crie datas limites na sua cabeça que te ajudem a trabalhar em seus projetos de forma fracionada
  • Alimente-se bem, especialmente com alimentos que aumentem seus níveis de acetilcolina, por exemplo: carnes magras, feijão, iogurte, leite e brócolis (*)
  • Pratique regularmente exercícios físicos
Este artigo te ajudou?

Graduanda em enfermagem pela Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB - UNESP). Entrei na faculdade movida pela paixão e vocação de cuidar e ajudar as pessoas.Aqui no Vitalismo, tive oportunidade de alcançar e ajudar muitas pessoas além de meus pacientes.Desde o início da faculdade, minha área de interesse e vocação é a saúde da mulher (ginecologia e obstetrícia). Por isso, sempre estive envolvida em projetos de iniciação científica e de extensão que abordassem essa temática.Já fui presidente da liga de ginecologia da UNESP, organizei eventos e simpósios sobre o tema.Atualmente sou coordenadora do projeto Papo de Parto, em parceria com a UNESP e PROEX. Além disso, se você estiver em algum evento de ginecologia e obstetrícia, pode me procurar pois estarei lá!

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

Este artigo não possui comentários
      Deixe seu comentário

      O seu endereço de email não será publicado.