Os adoçantes são substâncias que imitam o sabor doce do açúcar, podendo ser classificados em adoçantes sintéticos e adoçantes naturais.
De modo geral, estes substitutos possuem pouquíssimas calorias (1).
Por conta disso, muitas pessoas acabam optando por consumi-los no lugar do açúcar para adoçar os alimentos.
Além disso, eles também podem estar presentes em muitos alimentos industrializados.
Por exemplo, refrigerantes, misturas para bebidas em pó, sobremesas prontas, chocolates, entre outros.
Com isso, podemos reparar que eles ganham cada vez mais espaço nos supermercados e mercearias.
Mas afinal, devemos ter algum cuidado ao consumir essas substâncias?
Nesse artigo, você descobrirá quais são os adoçantes naturais mais utilizados.
Além disso, entenderá quais pessoas devem ter atenção ao consumi-los.
Quais os tipos de adoçantes naturais?
De modo geral, os adoçantes naturais mais conhecidos são:
- Glicosídeo de esteviol, conhecido como estévia (ou Stevia) e que se encontra em uma planta com este nome
- Polióis (por exemplo: xilitol, manitol, sorbitol, isomalte, maltitol, adoçante eritritol, lactitol), sendo que alguns estão naturalmente presentes em frutas e vegetais
Vale lembrar que, em geral, eles são mais doces que o açúcar de mesa (o tradicional açúcar branco).
No entanto, possuem baixas quantidades de calorias.
Adoçante xilitol
O xilitol corresponde a um dos adoçantes naturais mais utilizados no dia a dia.
Um dos motivos para isso é que ele se assemelha bastante ao açúcar branco.
Além disso, também possui um gosto agradável para boa parte das pessoas.
Alguns estudos ainda relacionam o seu uso com a redução do risco de cárie dentária (2,3).
Por todos esses benefícios e por apresentar baixa quantidade de calorias, ele é um dos mais utilizados para o controle do peso corporal.
Stevia (ou estévia)
O adoçante stevia tem origem de uma planta comum na América do Sul, pertencente ao gênero Stevia.
Ele possui um sabor mais adocicado quando comparado ao açúcar comum.
Sua fama principal se dá pelas suas propriedades de redução da glicemia (quantidade de açúcar no sangue).
Sendo assim, muitas pessoas com diabetes e obesidade o utilizam como um adoçante alternativo (4).
Quem deve tomar maiores cuidados no consumo de adoçantes naturais?
As pessoas que devem ter maiores cuidados com o consumo de adoçantes naturais são as que possuem a síndrome do intestino irritável (5).
Em resumo, trata-se de um problema intestinal que gera dor abdominal e gases associada a alterações dos hábitos intestinais (como a constipação ou a diarreia), mas sem uma causa aparente.
Nesse sentido, quem possui o problema deve consumir esses adoçantes com cautela.
Isso porque os polióis (xilitol, manitol, sorbitol, isomaltose, maltitol, adoçante eritritol, lactitol) são compostos que podem provocar alguns sintomas intestinais.
Por exemplo, gases, efeitos laxantes e desconforto abdominal.
E os adoçantes sintéticos?
Em geral, os adoçantes sintéticos (artificiais) continuam sendo os mais utilizados como alternativa para adoçar os alimentos.
Inclusive, são utilizados com maior frequência pela indústria em produtos diet, por exemplo.
Dentre eles, os mais conhecidos são o aspartame, o ciclamato de sódio, a sucralose, a sacarina e o acessulfame-K.
Nestes casos, a moderação no consumo é essencial, independentemente da pessoa.
Isso porque ainda existem poucos estudos sobre os efeitos do seu consumo em longo prazo.
Ainda assim, há indicativos de que o consumo desses compostos pode afetar negativamente a glicemia (nível de açúcar no sangue), especialmente a sacarina (6), quando usada em excesso.
Além disso, alguns estudos científicos iniciais sugerem que o consumo de refrigerantes diet possa estar relacionado a um maior risco de desenvolvimento de obesidade ou de diabetes mellitus do tipo 2 (7,8).
Sendo assim, enquanto novos estudos são desenvolvidos, é mais recomendável consumi-los com moderação.
Considerações finais
De acordo com a maior parte dos estudos, os adoçantes naturais possuem efeitos menos negativos quando comparados aos sintéticos.
Sendo assim, podem ser melhores substitutos do açúcar no lugar destes adoçantes artificiais.
Ainda assim, o consumo com equilíbrio é essencial, mesmo para os naturais, como parte de uma alimentação saudável.
