O Arroz Integral é Mais Recomendado Que o Arroz Branco?

A princípio, a preferência dos brasileiros se dá pelo arroz branco e, por isso, esse tipo de arroz é o que mais se encontra no mercado.

Mas o arroz integral (ou arroz castanho) também está disponível, mesmo que em menor escala.

Saiba que a diferença dele com o branco está no fato de que a casca é retirada em um deles (no branco) durante o beneficiamento (processo que possui diversas etapas até ser embalado), enquanto no integral isto não acontece (1).

Sendo assim, as camadas que envolvem o grão do arroz integral continuam inteiras, já que não são retiradas.

Por isso, o seu tempo de cozimento é maior.

Além disso, o sabor e a textura do grão também mudam.

Dessa forma, muitas pessoas que não costumam comer esse tipo de arroz podem não gostar dele logo de início.

Por que dizem que o arroz integral é melhor do que o arroz branco?

Isso acontece porque o arroz integral tem seus nutrientes preservados, já que as camadas do grão continuam intactas, diferentemente do arroz branco. Por esse motivo, do ponto de vista nutricional, o conteúdo deste tipo de arroz é superior ao branco (2).

Mas que camadas são essas?

São camadas que contêm alguns dos nutrientes importantes ao corpo, como fibras, vitaminas do complexo B e alguns minerais.

São chamadas de:

  • Farelo
  • Endosperma
  • Germe (embrião)

Devo substituir o arroz branco pelo integral?

A recomendação do Guia Alimentar para a População Brasileira diz que a preferência deve ser pelo integral (3).

Mas cada pessoa possui um gosto diferente.

Então, se você não gosta, não tem porque se forçar a comer um alimento que não é agradável ao seu paladar.

Isso só irá criar maior rejeição pelo alimento.

Por outro lado, estar aberto a experimentar receitas diferentes pode ajudar a consumir mais o arroz castanho.

Arroz integral e saúde

Já que este cereal possui nutrientes essenciais ao organismo, é de se imaginar que o arroz integral faz bem para a saúde.

Então, será que ele é capaz de prevenir ou diminuir os riscos de alguma doença?

Essa é uma investigação que alguns estudos têm feito, por exemplo, para avaliar o risco de se ter diabetes tipo 2 (4).

Neste caso, é possível que haja redução do risco dessa doença se desenvolver em quem faz o consumo do arroz integral.

Enquanto que os tipos refinados não parecem dar o mesmo resultado.

Além disso, evidências científicas têm demonstrado que os cereais integrais podem diminuir o risco de outras doenças (5), tais como:

Portanto, as evidências apoiam as recomendações de entidades de saúde pública sobre a substituição de cereais refinados por cereais integrais, como é o caso do arroz.

Por fim, veja agora uma dica prática de como preparar o arroz integral.

Servirá para comer com feijão, tradicional combinação brasileira, na qual esses alimentos se complementam nutricionalmente.

Receita de arroz integral

Ingredientes:

  • 1 xícara de chá de arroz integral
  • 3 xícaras de chá de água
  • 1/2 cebola
  • 1 folha de louro
  • 1 cravo de Índia
  • 1/2 colher de chá de sal
  • Azeite a gosto

Modo de preparo

  • Descasque a metade da cebola e prenda a folha de louro nela com dois ou três cravos
  • Aqueça a água
  • Coloque o arroz em uma panela e acrescente o sal e a cebola
  • Em seguida, coloque a água quente, misture e deixe em fogo médio
  • Regue a mistura com um fio de azeite
  • Na sequência, abaixe o fogo, tampe parte da panela e deixe cozinhar por cerca de 35 minutos, ou até que o arroz absorva toda a água. Para conferir se foi absorvida, afaste os grãos do fundo da panela de forma delicada
  • Desligue o fogo e mantenha a panela tampada por 5 minutos para que os grãos terminem de cozinhar no próprio vapor
  • Após isso, solte os grãos com um garfo
  • Por fim, transfira o arroz integral para uma tigela e sirva a seguir

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Nutricionista pela Faculdade de Ciências Aplicadas - Unicamp com curso de Abordagens comportamentais no Atendimento Nutricional e pós graduação em Aperfeiçoamento de Nutrição Esportiva e Obesidade pela Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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