Colina: Entenda a Importância Desse Componente Alimentar

A colina é um composto alimentar essencial para a atividade normal de todas as células do corpo.

Isso porque ela atua em vários processos bioquímicos do corpo.

Por exemplo, contribui para o bom funcionamento do fígado, do cérebro e do sangue.

A princípio, sua produção se dá naturalmente pelo organismo a partir de outros compostos.

Porém, a quantidade produzida é insuficiente para suprir todas as nossas necessidades.

Por isso, a ingestão adequada desse composto por meio dos alimentos se faz essencial.

Ao longo desse artigo, você descobrirá em quais alimentos a colina está presente.

Também entenderá os malefícios que a sua deficiência pode causar ao organismo.

Para que serve a colina?

A colina é um composto alimentar que desempenha um importante papel na manutenção da estrutura e da função das membranas celulares. Sobretudo, ajuda a selecionar o que entra e o que sai das células e auxilia no transporte de diferentes substâncias importantes no metabolismo (conjunto de reações bioquímicas que ocorrem por todo o nosso corpo).

Fontes de colina

A seguir, veja os principais alimentos em que esse composto está presente:

  • Peixes e crustáceos
  • Ovos
  • Carnes
  • Amendoim e amêndoas
  • Linhaça e gergelim

Quais as consequências da baixa ingestão de colina?

Mudanças nas células musculares

A baixa ingestão parece estar associada com a perda muscular.

Isso porque há indícios de que ela esteja envolvida no processo de contração muscular (1).

Desse modo, a deficiência de colina poderia prejudicar a atividade dos músculos, resultando na perda de massa muscular.

Distúrbios neurológicos

A deficiência de colina afeta negativamente a produção de neurotransmissores (2).

Com isso, podem haver falhas na transmissão de sinais do cérebro para o corpo.

Isso porque, os neurotransmissores são como “mensageiros bioquímicos” do nosso sistema nervoso central.

Dessa forma, eles tornam possível que as informações geradas pelas células do cérebro sejam levadas a diferentes partes do nosso corpo.

Falhas no metabolismo

A ingestão alimentar adequada de colina é necessária para o metabolismo correto de gorduras e de proteínas.

Portanto, seu consumo se faz importante para que esses nutrientes desempenhem as suas funções de maneira adequada.

Por exemplo, as gorduras compõem as estruturas das células.

Também transportam vitaminas que são solúveis (que podem se misturar) em gorduras, como as vitaminas A, D, E e K.

Além disso, participam da produção de hormônios (que também são “mensageiros” bioquímicos do nosso corpo) e são uma importante fonte de energia.

Já as proteínas atuam no reparo de danos ao nosso organismo, no ganho de massa magra e regulam as reações bioquímicas que acontecem em todo nosso corpo.

Problemas no fígado

Quando há falta desse componente no organismo pode ocorrer uma condição chamada de esteatose hepática.

Em resumo, ela se caracteriza pelo acúmulo de gordura no fígado.

E isso pode ocorrer por falhas do metabolismo de gorduras.

Problemas no desenvolvimento do feto

Em princípio, a baixa ingestão de colina pela mãe pode trazer consequências para o feto.

Principalmente no sentido de gerar riscos de problemas na memória ao longo da vida (3).

Isso porque, no feto, ela participa do processo de formação do sistema nervoso.

Considerações finais

Agora que você já sabe os riscos da falta de colina, procure incluir no seu dia a dia o consumo regular de alimentos que são fontes desse composto.

Afinal, a sua deficiência pode trazer muitas consequências negativas para a saúde.

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Gabriela Baptista é graduanda do sétimo semestre em Nutrição pela Faculdade de Ciências Aplicadas - UNICAMP. Atua na área de marketing da LIHNUT-UNICAMP, uma Liga de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, desenvolvendo conteúdos para o Instagram e organizando eventos. Realizou cursos nas áreas de Cuidado Nutricional por meio da Abordagem Sistêmica, Nutrição Comportamental, Nutrição para Vegetarianos, Suplementação e Bioquímica Metabólica. Além disso, sempre se atualiza em Congressos, Simpósios e Conferências.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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