Você sabia que os alimentos que possuem isoflavonas podem ser utilizados para melhorar os sintomas da menopausa?
Antes de mais nada, é preciso saber que ocorrem algumas mudanças significativas durante esse período de vida da mulher.
Por exemplo, há uma queda dos níveis de estrogênio (hormônio sexual).
Com isso, as mulheres podem perceber ondas de calor (“fogachos”), a queda da libido (desejo sexual) e a saúde óssea piorar, aumentando o risco de fraturas.
Além disso, também podem acontecer alterações de humor que levam a maior ocorrência de estresse.
Nesse sentido, as isoflavonas podem auxiliar na diminuição desses sintomas.
Isso porque apresentam uma estrutura química semelhante à do estrogênio.
Assim sendo, ao consumir alimentos que a contenham, pode haver a diminuição de alguns dos sintomas.
Entre os alimentos, podemos destacar a soja e seus derivados (como molho shoyu, leite de soja, tofu) (1).
Ao longo desse artigo, você descobrirá quais os benefícios das isoflavonas para as mulheres em menopausa.
Além disso, verá o que são as isoflavonas e para que servem.
O que é isoflavona e para que serve?
A isoflavona é um composto encontrado naturalmente em alguns vegetais e possui uma estrutura semelhante à do hormônio estrogênio (que diminui em mulheres durante a menopausa). Com isso, a ingestão de alimentos com isoflavonas pode proporcionar alívio dos sintomas da menopausa, como as “ondas de calor”.
De modo geral, a diminuição dos níveis hormonais da menopausa modifica diversos fatores no organismo.
Com isso, podem ocorrer alguns sintomas muito conhecidos pelas mulheres como ”climatério”, os quais incluem:
- Ondas de calor
- Ciclos irregulares de menstruação
- Irritabilidade
- Alterações de sono
- Diminuição do desejo sexual
Além disso, existe um risco maior de ocorrer osteoporose, uma condição que torna a microestrutura dos ossos mais frágil.
Ondas de calor
As ondas de calor são a razão mais comum dada por mulheres que procuram tratamento para a menopausa.
Isso porque elas podem atrapalhar bastante a qualidade de vida.
Em resumo, elas geram uma sensação de calor intensa que pode acontecer de forma repentina e permanecer por muito tempo.
E as isoflavonas podem diminuir as ondas de calor?
Como vimos anteriormente, o uso das isoflavonas durante a menopausa pode auxiliar na diminuição dos sintomas deste período.
Nesse sentido, a soja é um vegetal que possui este composto e, portanto, pode ser uma opção natural para o alívio desses sintomas.
Mas vale lembrar que o consumo deste composto deve ser feito, sobretudo, através dos alimentos.
Isso porque, ainda são necessários mais estudos para se concluir os benefícios por meio da ingestão de cápsulas contendo as isoflavonas.
Além disso, é importante que seja a orientação de um médico.
Saúde óssea
Em resposta ao declínio dos níveis de estrogênio (um hormônio sexual), as mulheres podem perder massa óssea.
Sobretudo, na década seguinte à menopausa.
Com isso, há um aumento do risco de fraturas nos ossos.
Benefícios das isoflavonas da soja para a saúde óssea
Nesse contexto, as isoflavonas da soja podem auxiliar na promoção da saúde óssea.
Isso porque ajudam na preservação da densidade mineral óssea.
Na população asiática, por exemplo, alguns estudos mostraram que as mulheres sofrem menos os sintomas da menopausa (2).
O que pode estar relacionado ao fato de que os asiáticos consomem muitos alimentos ricos em soja.
O cálcio e a sua importância para a saúde dos ossos
A ingestão de cálcio também é essencial para a boa saúde dos ossos e prevenção da osteoporose (deterioração da estrutura dos ossos).
Desse modo, a ingestão de alimentos ricos em cálcio é importante para atingir as necessidades que o nosso corpo precisa.
Para isso, você pode consumir leites e derivados, brócolis, gergelim, aveia e espinafre.
Além disso, o leite de soja também pode ser uma boa opção.
Isso porque possui boas quantidades desse mineral essencial.
Inclusive, seu consumo pode auxiliar para a saúde dos ossos tanto pela quantidade de isoflavonas como de cálcio.
Gabriela Baptista é graduanda do sétimo semestre em Nutrição pela Faculdade de Ciências Aplicadas - UNICAMP. Atua na área de marketing da LIHNUT-UNICAMP, uma Liga de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, desenvolvendo conteúdos para o Instagram e organizando eventos. Realizou cursos nas áreas de Cuidado Nutricional por meio da Abordagem Sistêmica, Nutrição Comportamental, Nutrição para Vegetarianos, Suplementação e Bioquímica Metabólica. Além disso, sempre se atualiza em Congressos, Simpósios e Conferências.
William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.
