PANC: O Que é e Quais Plantas Fazem Parte Desse Grupo?

Você sabe o que é PANC?

Ou já ouviu falar, mas não sabe o que significa?

Então, saiba que essa é uma sigla usada para plantas alimentícias não convencionais (1).

Ou também podem receber o nome de hortaliças não convencionais (2,3).

Por que ‘não convencionais’?

Porque essas plantas não são produzidas em grande escala e não fazem parte do dia a dia alimentar das pessoas.

Mas o fato de ser ou não uma planta convencional pode variar de uma região para outra.

Já que algumas plantas podem ser comuns em alguns lugares, mas não em outros.

No entanto, existem algumas que podem ser consideradas PANC.

E quais são elas?

Isso é o que veremos neste artigo.

Além disso, também vamos conhecer algumas curiosidades sobre essas plantas.

Quais são as PANC?

Há uma grande variedade de PANC e aqui estão descritas algumas delas:

  • Ora-pro-nóbis
  • Palma
  • Peixinho
  • Taioba
  • Tamarillo
  • Tupinambo
  • Acelga-chinesa
  • Almeirão-roxo
  • Azedinha
  • Banana verde
  • Beldroegão
  • Bertalha
  • Bertalha-coração
  • Cambuquira
  • Capeba
  • Capiçoba
  • Cupuchinha
  • Cará-moela
  • Caruru
  • Castanha-do-maranhão
  • Caxi
  • Celósia
  • Centella/Pé-de-burro
  • Chaya
  • Clitória
  • Couvinha
  • Espinafre de Okinawa
  • Erva-luisa
  • Feijão guandu
  • Folha de batata doce
  • Goya
  • Grumixama
  • Guasca
  • Jaca verde
  • Lírio-amarelo
  • Lírio-do-brejo
  • Macassá
  • Melão-andino
  • Mitsubá
  • Picão
  • Serralha
  • Shissô
  • Urtiga
  • Vinagreira

Como podemos perceber a lista de PANCs é grande, e cada uma delas pode ser consumida de formas diferentes.

E afinal, onde encontrá-las?

É possível achar algumas em feiras orgânicas e hortas urbanas.

Assim como em jardins, canteiros e praças públicas, pois são locais em que podem nascer espontaneamente, sem a necessidade de cultivá-las.

Mas isso também não significa que você possa simplesmente colher nesses lugares sem tomar cuidados.

Uma vez que esses ambientes podem estar poluídos e conter dejetos (fezes, urina, poeira e outros resíduos).

Dessa forma, prefira aquelas que são vendidas em hortas e feiras, lembrando sempre de lavá-las antes de consumir.

Por fim, saiba que também é possível cultivá-las em casa.

No entanto, vale lembrar que nem todas são tão fáceis de se cultivar, então, é recomendável pesquisar antes se é viável ou não plantá-las em casa.

Consumo de PANC

De modo geral, como essas plantas não são convencionais, muitas pessoas podem ter dúvida de como consumi-las.

Sendo assim, veja como elas podem ser classificadas de acordo com a forma de preparo:

  • Plantas consumidas in natura na forma de suco ou salada
  • Plantas consumidas in natura ou processadas (cozidas ou refogadas)
  • PANCs que devem ser cozidas obrigatoriamente

Dessa forma, é importante verificar em quais tipos de PANCs uma planta se encaixa para que seu consumo não traga malefícios.

Por exemplo, algumas plantas podem apresentar características indesejáveis, como os antinutrientes (que são substâncias que podem impedir ou diminuir a absorção de alguns nutrientes).

Por isso, algumas delas precisam passar por cozimento para eliminá-los.

E, pelo mesmo motivo, a água deve ser descartada.

Curiosidades sobre as PANC

  • A proporção de PANC é muito maior que a de plantas convencionais, ou seja, dentro de todas as plantas comestíveis, um número muito maior são de plantas não convencionais. Já o restante, cujo número é bem menor, são aquelas que conhecemos e comemos no dia a dia
  • Muitas delas podem ser medicinais
  • Nem todo mato é uma PANC, pois nem todas servem para o consumo humano
  • Elas podem ser nativas ou trazidas de outros lugares para serem cultivadas. Então, para se chamar de PANC não precisa necessariamente ser nativa
  • Algumas pessoas podem ter a ideia de que essas plantas são amargas, mas isso nem sempre é real
  • Existem algumas partes das plantas convencionais que também são comestíveis, mesmo quando não se consome com frequência. Portanto, são partes alimentícias não convencionais. Por exemplo, as folhas da batata-doce, o coração da bananeira e broto de abóbora são comestíveis
  • Ser uma planta alimentícia não convencional não significa que ela inteira é comestível, portanto, deve-se verificar qual parte da planta é própria para o consumo humano

Sendo assim, as plantas alimentícias não convencionais podem fazer parte da sua alimentação se desejar e se for acessível a você.

Importância das plantas não convencionais

A importância das PANC (4) está relacionada com a inovação na cozinha, ou seja, na experiência por alimentos novos, adicionando e diversificando os sabores.

Além disso, como essas plantas podem ser convencionais em determinados lugares, conhecer a forma tradicional e o contexto em que elas são produzidas pode ajudar a ensinar como aproveitá-las.

Dessa forma, isso pode ainda ensinar sobre a cultura desses lugares.

Com isso, se você quiser saber mais sobre essas plantas, é possível consultar o Guia Prático de PANC (5).

Neste documento estão descritos todas as plantas mencionadas aqui e como você pode usá-las.

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Nutricionista pela Faculdade de Ciências Aplicadas - Unicamp com curso de Abordagens comportamentais no Atendimento Nutricional e pós graduação em Aperfeiçoamento de Nutrição Esportiva e Obesidade pela Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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