Vitamina A: Para Que Serve? Qual Sua Importância na Saúde?

Você já ouviu falar que a vitamina A (retinol ou provitamina A) faz bem para a visão?

Da mesma forma que traz benefícios aos olhos, essa vitamina tem ação importante em outros órgãos.

Ela é armazenada no fígado, mas nosso corpo não é capaz de produzi-la (1).

Então para manter os estoques dessa vitamina, você deve comer alimentos que são fontes desse nutriente.

Caso contrário, suas reservas ficarão reduzidas e você começará apresentar sinais e sintomas de deficiência.

Você sabia que a deficiência de vitamina A é um importante problema de saúde pública?

Esse problema atinge principalmente crianças e mulheres grávidas em muitos países em desenvolvimento.

No Brasil, 17,4% das crianças menores de 5 anos apresentaram níveis inadequados dessa vitamina (2).

Mas em relação às mulheres esse número foi de 12,3%.

É o que mostra a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS-2006).

Como forma de prevenir a deficiência, foi criado o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A.

Nesse programa, crianças de 6 a 59 meses de idade e mulheres no pós parto são os grupos atendidos, com base em recomendação da OMS (3).

Já que são populações de risco.

Pensando em tudo isso, você pode notar que esse nutriente tem papel importante no corpo.

Quais são as funções da vitamina A?

  • Crescimento e diferenciação dos tecidos de vários órgãos
  • Manutenção saudável da pele
  • Manutenção do revestimento dos pulmões, intestino e trato urinário (4)
  • Proteção contra infecções
  • Ação antioxidante

Como se pode perceber, essa vitamina é essencial para o crescimento e desenvolvimento.

Assim, se sua reserva estiver reduzida e você não ingerir pela dieta o suficiente, você terá deficiência deste nutriente.

Como resultado, alguns problemas de saúde podem surgir.

Sinais e sintomas de deficiência

Um dos primeiros sintomas é a dificuldade de enxergar em lugares com baixa luz.

Também conhecido como cegueira noturna.

Outros sinais e sintomas que podem se manifestar são (5):

  • Xeroftalmia (“olho seco” por prejuízo na produção de lágrimas)
  • Pele seca e escamosa
  • Perda do brilho e transparência do olho (xerose)
  • Mancha branca espumosa na parte branca do olho, também chamada de Mancha de Bitot
  • Ulceração de córnea

Além disso, o sistema imunológico pode ficar prejudicado (6,7).

Dessa forma, o risco de se ter infecções aumenta, especialmente em bebês e crianças.

Para entender porque isso pode acontecer, veja as possíveis causas da falta desse nutriente.

Causas da deficiência de vitamina A

  • Alimentação insuficiente de fontes de vitamina A por muito tempo
  • Doenças hepáticas (do fígado)
  • Desnutrição grave por longo período

A fim de que os problemas da falta dessa vitamina não aconteçam, veja como corrigir e evitar a deficiência.

Tratamento e prevenção

Quando os níveis de vitamina A estão baixos é porque normalmente a alimentação está inadequada.

Sendo assim, a ingestão de alimentos que são fontes dessa vitamina é a principal forma de prevenção.

Para quem apresenta deficiência, o tratamento pode ser feito com a suplementação dessa vitamina (8).

Contudo, lembre-se que essa suplementação deve ser acompanhada por profissionais, pois pode ser tóxica ao corpo.

Além disso, bebês com menos de 6 meses de idade com possibilidade de receber aleitamento materno não devem receber suplementos.

Isso porque o leite materno é suficiente nutricionalmente e também porque os suplementos são tóxicos nesta fase inicial da vida.

Com essas medidas em prática, evita-se o risco de se desenvolver cegueira em crianças (9).

Assim como doenças e mortes por infecções graves, como o sarampo.

Alimentos com vitamina A

Confira agora uma lista com alimentos fontes de vitamina A que incluem tanto os de origem animal quanto os de origem vegetal:

  • Leite
  • Fígado
  • Gema de ovo
  • Cenoura
  • Couve
  • Mostarda
  • Rúcula
  • Espinafre
  • Brócolis
  • Agrião
  • Tomate
  • Abóbora
  • Mamão
  • Manga
  • Goiaba
  • Melão
  • Pitanga

Uma das características dessa vitamina é que ela é lipossolúvel (10), ou seja, se dissolve em gordura.

Por essa razão, o organismo a absorve melhor na presença de óleos ou gorduras.

Então, ao cozinhar um alimento fonte desse nutriente use óleo ou manteiga com moderação, por exemplo.

É possível que você tenha ouvido dizer também sobre os betacarotenos.

Eles são pigmentos que dão cor amarela, laranja ou vermelha aos alimentos.

Desse modo, podem estar presentes nos alimentos com essas cores e também em vegetais verdes escuros.

Eles são transformados em vitamina A de forma lenta e são melhor absorvidos quando o alimento é cozido.

Além dessas, outra fonte muito importante é o leite materno.

Portanto, as mulheres devem ser encorajadas a amamentar suas crianças.

Ainda mais nos primeiros 6 meses de vida.

Considerações Finais

Percebe-se a importância desse nutriente para o bom funcionamento do corpo.

Por isso, a alimentação também deve estar adequada em vitaminas e minerais.

Como vimos antes, a vitamina A está presente em muitos alimentos.

Mas se estiver sentindo sintomas de deficiência procure um profissional para investigar o problema.

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Nutricionista pela Faculdade de Ciências Aplicadas - Unicamp com curso de Abordagens comportamentais no Atendimento Nutricional e pós graduação em Aperfeiçoamento de Nutrição Esportiva e Obesidade pela Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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