O aborto espontâneo é um evento muito comum para algumas mulheres.
Hoje, para cada 100 gestações, cerca de 10 a 20 delas terminam por conta desse tipo de aborto.
E esse número pode ser ainda maior, pois muitas mulheres abortam antes mesmo de saberem que estavam grávidas.
Saiba que o aborto espontâneo ocorre antes da vigésima semana de gestação (1).
Por isso, é tão importante acompanhar a gravidez desde o seu começo.
Não é mesmo?
Nesse artigo você irá conhecer quais sintomas uma mulher pode apresentar nesses casos.
Além disso, saberá o que pode causar essa condição.
Quais são os sintomas de perder um bebê?
Durante o aborto espontâneo, muitas mulheres podem apresentar sangramento ou “manchas” de sangue que saem da vagina. Também é possível que haja o surgimento de cólicas semelhantes às que acontecem durante o período menstrual. Além disso, fortes dores e/ou câimbras na barriga e na parte inferior das costas podem aparecer nesses casos.
Muitas vezes, isso pode ocorrer enquanto uma mulher ainda nem sabe que está grávida.
No entanto, quando a gestação está em progresso, o aparecimento desses sinais pode ser um aviso de que o aborto está acontecendo.
Por isso, é muito importante ter um acompanhamento com um médico!
Porque, por meio de consultas médicas e exames, é possível detectar a presença de alguns problemas que podem aumentar os seus riscos.
Causas do aborto espontâneo
Esse fenômeno carrega esse nome, porque ele ocorre de forma involuntária.
Em outras palavras, isso acontece sozinho, sem que a mulher tenha a intenção de interromper a gravidez.
Ainda não se chegou a um consenso sobre os motivos pelos quais esse aborto pode acontecer.
Mas existem algumas possibilidades para explicá-lo.
A princípio, pode ser algum problema na mãe ou no filho ou até nos dois.
Vamos ver cada um desses casos a seguir.
Condição do bebê:
O feto pode ter uma doença congênita, ou seja, existe algum defeito no bebê que pode prejudicar seu desenvolvimento e, por isso, ele pode ter grande risco de não sobreviver
Condição de saúde da mãe:
Problemas no útero ou no colo do útero (abertura do útero, na parte mais interna do canal vaginal).
Alguns exemplos incluem:
- Anormalidades estruturais no útero como a presença miomas (dificulta a “acomodação” do feto no interior do útero)
- Insuficiência cervical (o colo do útero fica incapaz de segurar o feto no interior do útero que faz pressão para o colo se abrir)
- Síndrome de Asherman (quando há cicatrizes no endométrio, que é o revestimento interno do útero)
Fatores de risco
Alguns fatores de risco podem aumentar as chances de a gestação ser interrompida de maneira involuntária.
Eles incluem:
- Ter tido esse tipo de aborto antes
- Idade avançada (35 anos ou mais)
- Consumo de álcool, cigarro e outras drogas
- Diabetes grave e/ou não controlada
- Hipertensão (pressão alta)
- Doença renal crônica (problema na função dos rins)
- Doença autoimune (quando o sistema de defesa ataca as células do próprio corpo)
- Problema na tireoide (órgão que tem funções hormonais importantes no corpo)
- Obesidade
- Doenças infecciosas (2) como a toxoplasmose (3)
- Problemas hormonais como a síndrome dos ovários policísticos (4)
Diagnóstico
Alguns sinais e sintomas como sangramento vaginal e dores abdominais podem levantar a suspeita de um abortamento espontâneo.
Além disso, o seu médico poderá fazer o exame físico da região pélvica para avaliar se há dilatação do colo do útero.
Alguns exames complementares que poderão ajudar a diferenciar de outras causas com sintomas parecidos também podem ser solicitados.
Por exemplo:
- Exame de imagem por ultrassonografia (para verificar se há batimentos cardíacos do feto ou verificar se há presença do feto dentro do útero)
- Exames de sangue (para dosar o nível do hormônio HCG)
Prevenção do aborto espontâneo
- Manter um acompanhamento regular no pré-natal (durante toda a gestação)
- Tomar vitaminas quando for necessária a suplementação (sob orientação médica)
- Evitar fatores de risco como beber álcool e fazer uso de drogas, como o cigarro ou drogas ilícitas
- Manter sob controle doenças crônicas (diabetes, pressão alta, entre outras), caso seja o seu caso
Por fim, enfatizamos que é muito importante que uma equipe de saúde acompanhe todo o período da gestação.
Infelizmente, o aborto espontâneo pode ocorrer mais de uma vez (5).
E isso pode levar a um quadro de infertilidade, o que dificulta uma nova tentativa de engravidar.
Sem contar que há o risco de problemas emocionais (6).
Por isso, é fundamental que a mulher tenha sempre uma rede de apoio com profissionais de saúde para orientar e pessoas de convívio próximo para ajudá-la a lidar com as dificuldades que podem aparecer durante o processo.