Alopecia: Entenda os Possíveis Motivos Para Queda de Cabelo

A alopecia é o termo médico usado para se referir à queda de cabelo.

De modo geral, esta condição pode ocorrer de forma temporária ou também ser permanente.

Mas você sabia que ela pode afetar tanto os pelos do couro cabeludo (cabelo) quanto os pelos de outras regiões do corpo?

Neste artigo você conhecerá as possíveis causas para alopecia (1).

Além disso, saberá quais os diferentes tipos e sintomas desta condição.

Qual a causa da alopecia?

Em princípio, a alopecia pode ser desenvolvida por diferentes causas, tais como:

  • História familiar: ou seja, quando há outros casos deste quadro na família (hereditariedade)
  • Efeito colateral de certos tratamentos médicos: como a quimioterapia e a radioterapia, por exemplo
  • Mudanças nos níveis de hormônios no corpo: como as que ocorrem com o uso de pílulas anticoncepcionais, na gravidez, na menopausa ou em distúrbios na tireoide
  • Presença de outras condições médicas: como as infecções no couro cabeludo e as micoses (infecções causadas por fungos – chamada de tinea capitis)
  • Estresse físico: ao ter febre alta, perda de peso repentina ou a presença de uma doença grave
  • Estresse emocional: costuma ser uma causa transitória (que se resolve com o tempo) (2)
  • Impulso descontrolado de ‘arrancar” os fios de cabelo – que recebe o nome de tricotilomania

E afinal, por que a alopecia acontece?

Antes de mais nada, saiba que é normal perder de 50 a 100 fios de cabelo por dia.

Isso porque, ao mesmo tempo que estes fios caem, novos fios o substituem.

Assim sendo, a alopecia só se desenvolve quando esta substituição de fios, que deveria ocorrer de forma natural, não acontece.

A depender da causa que a provocou, ela pode se instalar por um certo período de tempo e voltar ao normal logo depois.

No entanto, por vezes, também pode se estabelecer de forma permanente.

Fatores de risco

Em geral, há fatores que aumentam as chances desta condição se desenvolver.

Eles incluem:

  • Presença de doenças, como o diabetes e o lúpus eritematoso sistêmico (doença inflamatória e autoimune, ou seja, quando o sistema de defesa ataca as células do próprio corpo)
  • Alimentação que não é suficiente para suprir as necessidades do corpo (3)
  • Ficar com o cabelo amarrado (seja como “rabo de cavalo” ou também traçado) com frequência
  • Idade avançada, pois à medida que se envelhece, as chances de haver queda de cabelo aumentam

Sintomas da alopecia

Há sinais e sintomas que podem “denunciar” a presença desta condição.

A princípio, os sintomas podem variar a depender da causa que a provocou.

Seja como for, os sintomas podem incluir:

  • Perda irreversível aos poucos de cabelo no topo da cabeça – forma mais comum de calvície
  • Soltura repentina no cabelo – pode afetar o cabelo inteiro, mas é, em geral, temporária
  • Perda de cabelo em todo o corpo – como resultado de um tratamento com quimioterapia, por exemplo. Este quadro costuma reverter após o tratamento
  • Manchas de descamação em todo o couro cabeludo – pode ser um indicativo de uma infecção por fungos (micose)
  • Manchas carecas circulares ou irregulares – podendo ser no cabelo, na barba ou nas sobrancelhas

De maneira geral, os sintomas da alopecia podem se limitar ao couro cabeludo ou se manifestar em outras regiões do corpo que tenha pelos.

Assim como também podem aparecer de forma repentina ou gradual (aos poucos).

Tipos de alopecia

Em geral, há dois tipos de perda de cabelo: a androgenética (4) e a areata.

A androgenética é a que conhecemos popularmente como calvície.

Embora esta condição seja mais comum em homens, mulheres também podem desenvolvê-la (5).

As mudanças hormonais, como as que acontecem na menopausa, parecem deixar o corpo feminino mais suscetível a esta condição (6).

Enquanto que nos homens, essa perda de cabelo se dá, em geral, devido a um histórico familiar.

Já no tipo areata, a causa que desencadeia esta perda de cabelo é diferente.

Pois essa é uma doença autoimune (7,8) que afeta os folículos pilosos (responsáveis pela produção e crescimento de pelos do corpo).

Aliás, este tipo pode afetar cerca de 2% da população, em algum momento da vida (9).

Quando devo procurar ajuda médica?

É importante procurar assistência médica assim que você perceber que os seus fios de cabelo estão caindo muito ou se afinando, ou ao notar a presença de algumas “falhas” ao redor do couro cabeludo.

A investigação médica será importante para se identificar a causa e descobrir se há alguma outra doença como origem da queda de cabelo.

Em geral, o tratamento pode envolver o uso de medicação via oral (por boca), aplicação de xampus específicos e até mesmo o transplante capilar (10,11,12).

No entanto, é possível que outras doenças existentes precisem ser tratadas também.

Além disso, o acompanhamento psicológico ou uma abordagem que considere os efeitos emocionais desta condição podem ter grande importância (13,14).

Por isso, seja qual for a sua situação, não deixe de fazer acompanhamento médico ao ser diagnosticado com alopecia ou caso suspeite que tenha a condição.

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(Autor)

Discente do curso de enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas, em Minas Gerais. Atuante na Atenção Básica à Saúde na cidade de Alfenas, sobretudo nas áreas de Saúde da Mulher e Cuidados Paliativos. Membro voluntário do projeto de extensão “PaliAB” pela Universidade Federal de Alfenas.Neste projeto, os extensionistas estabelecem uma relação de reciprocidade com os profissionais da Estratégia da Saúde da Família (ESF) e com os pacientes assistidos neste nível de Atenção à Saúde, sob a ótica dos Cuidados Paliativos (CP).Os participantes deste projeto contribuem para melhora na qualidade de vida dos pacientes por meio de planos de cuidados desenvolvidos juntamente com os profissionais das ESFs, para aliviar o sofrimento físico, social, espiritual e psicológico das pessoas e de sua rede de apoio sob CP.Além disso, ela atua no desenvolvimento de pesquisas para aprimorar o conhecimento sobre esta área, publica diversos trabalhos sobre a temática e disponibiliza cursos e cartilhas para os profissionais da ESF e cartilhas para população juntamente com os membros do projeto.Por fim, ela prioriza um cuidado integral, respeitoso e digno tanto às pessoas assistidas pela Atenção Básica quanto aos profissionais que atuam neste nível de assistência à saúde.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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