Amebíase: Saiba Como Amebas Causam Diarreias Frequentes

A amebíase é uma doença causada por um protozoário (um ser vivo microscópico que é uma única célula).

E ele pode ser popularmente conhecido como ameba.

Por isso, essa doença carrega este nome.

Em todo o mundo, milhões de pessoas se infectam com este protozoário e mais de 50 mil pessoas morrem por suas consequências (1).

Os maiores índices de infecção por amebíase são em lugares em que não tem saneamento básico.

Ou seja, em ambientes onde não se trata a água e o esgoto de maneira adequada.

Além disso, uma outra forma de ocorrer a infecção é quando a ameba é passada de pessoa para pessoa.

Neste artigo, você verá mais detalhes sobre as causas, assim como dos sintomas que costumam aparecer e como você pode se prevenir contra ela.

O que causa a amebíase?

A amebíase é causada por um protozoário que se chama Entamoeba histolytica (2). É um protozoário (ser vivo formado por uma única célula) que recebe o nome popular de “ameba”. Ele pode pode infectar o intestino grosso. Além disso, a infecção pode migrar, por meio da corrente sanguínea, e chegar ao fígado. Em ocasiões muito raras, esse parasita também pode infectar outros órgãos como os pulmões, o cérebro e a região genital.

Há várias maneiras de ocorrer a contaminação pela ameba.

Veja a seguir!

Transmissão da amebíase

  • Alimentos ou água contaminada com fezes
  • Verduras e outros alimentos podem se contaminar quando são cultivados usando fezes humanas como fertilizantes
  • Alimentos lavados com água poluída
  • Preparação de alimentos por pessoas contaminadas
  • Contato pessoal, ou seja, uma pessoa pode passar para outra, através do contato com a boca e através do sexo oral-anal
  • Higiene pessoal precária

Sintomas da amebíase

Primeiramente, alguns sintomas podem aparecer de três a quatro semanas após a infecção.

Quando não se trata a doença, o resultado pode ser o aparecimento de sintomas mais graves.

No entanto, vale ressaltar que a grande maioria das pessoas não têm sintomas.

Mesmo assim, podem contaminar o ambiente por meio das suas fezes.

Em todo caso, quando apresentam sintomas, eles incluem:

Além disso, existem alguns fatores de risco que podem agravar o quadro dessa doença.

Por exemplo:

Diagnóstico

Em princípio, o diagnóstico da amebíase pode se iniciar com a suspeita a partir dos sintomas.

No entanto, a confirmação ocorre por meio de testes complementares.

Os exames de fezes são os mais frequentes para fazer o diagnóstico, porque a ameba passa pelo intestino.

A amostra coletada passa por análise em laboratório para identificar o material genético da ameba (PCR) (4).

Há casos em que ocorre apenas a análise por microscópio, no entanto, esta técnica é menos conclusiva.

Outros exames podem ser, eventualmente, usados para avaliação.

Por exemplo, quando há suspeita de que a ameba provocou alterações no fígado (5), pode se solicitar ultrassonografia, tomografia computadorizada e até ressonância magnética.

Tratamento

O tratamento é feito com remédios amebicidas, ou seja, medicamentos próprios para matar a ameba.

Exemplos incluem: metronidazol e tinidazol.

Seja como for, o ideal é se prevenir da contaminação.

Prevenção

  • Ao viajar ou hospedar em regiões que seja frequente essa doença, evite o consumo de alimentos não cozidos como saladas, verduras e legumes
  • Ferver a água antes de consumir
  • Dissolver cloro ou iodo na água pode ajudar a diminuir os riscos da contaminação
  • Prevenir que os alimentos e a água sejam contaminados evitando usar fezes humanas como fertilizantes
  • Higiene pessoal adequada
  • Tratamento dos doentes para que quebre a continuidade do ciclo
  • Educação em saúde para trazer conscientização sobre a amebíase

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(Autor)

Discente do curso de enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas, em Minas Gerais. Atuante na Atenção Básica à Saúde na cidade de Alfenas, sobretudo nas áreas de Saúde da Mulher e Cuidados Paliativos. Membro voluntário do projeto de extensão “PaliAB” pela Universidade Federal de Alfenas.Neste projeto, os extensionistas estabelecem uma relação de reciprocidade com os profissionais da Estratégia da Saúde da Família (ESF) e com os pacientes assistidos neste nível de Atenção à Saúde, sob a ótica dos Cuidados Paliativos (CP).Os participantes deste projeto contribuem para melhora na qualidade de vida dos pacientes por meio de planos de cuidados desenvolvidos juntamente com os profissionais das ESFs, para aliviar o sofrimento físico, social, espiritual e psicológico das pessoas e de sua rede de apoio sob CP.Além disso, ela atua no desenvolvimento de pesquisas para aprimorar o conhecimento sobre esta área, publica diversos trabalhos sobre a temática e disponibiliza cursos e cartilhas para os profissionais da ESF e cartilhas para população juntamente com os membros do projeto.Por fim, ela prioriza um cuidado integral, respeitoso e digno tanto às pessoas assistidas pela Atenção Básica quanto aos profissionais que atuam neste nível de assistência à saúde.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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