A anemia por deficiência de ferro, ou anemia ferropriva, é o tipo mais comum de anemia.
Na realidade, é a falta de ferro no organismo é a deficiência nutricional mais comum do mundo (1).
É comum em crianças mas pode ocorrer em qualquer idade.
Anemia é a condição em que o corpo não tem glóbulos vermelhos (hemácias) saudáveis o suficiente para suprir oxigênio para o resto do corpo por meio do sangue.
Não ingerir ferro o bastante ou perder ferro demais pode causar a anemia ferropriva.
Isso ocorre porque o corpo utiliza ferro na produção das hemácias.
Além disso, a demanda por ferro e a capacidade de absorver esse nutriente podem mudar em algumas situações.
Por exemplo, durante a gravidez ou em doenças intestinais.
Como saber se estou com anemia ferropriva?
- Cansaço constante (2)
- Sensação de fraqueza
- Humor irritável, principalmente em crianças
- Falta de ar
- Perda de apetite
- Palidez
- Dores de cabeça e tontura
- Unhas e cabelos quebradiços
Em geral, a anemia ferropriva se instala aos poucos e, por isso, pode não causar sintomas no início.
No entanto, conforme a deficiência aumenta, os sintomas acima se intensificam.
Consulte um médico sempre que algum desses sinais persistir.
Causas de anemia ferropriva
Hemorragias (perdas de sangue)
Uma vez que o corpo recicla o ferro das hemácias velhas, perder sangue significa perder parte do ferro que seria reutilizado.
Dessa forma, é preciso ter atenção a sangramentos aparentes, menstruação volumosa (3) e sinais de hemorragia interna, como:
- Vômitos com raias de sangue
- Fezes com sangue vivo
- Fezes escuras e com mau cheiro (sinal de sangue digerido)
Esses sinais podem ser consequência de úlcera estomacal, pólipo intestinal ou Doença de Crohn, por exemplo.
Má absorção (4)
Outras doenças dos intestinos, como a doença celíaca, podem causar dificuldade para o corpo absorver ferro e diversos nutrientes.
Então, nesse caso, é preciso consultar um profissional para obter uma dieta especial.
Pessoas que tiveram parte do intestino retirada em cirurgia também podem ter dificuldade de absorção.
Além disso, casos de hemorragia e má absorção podem ser a base de uma anemia crônica (de longa duração), se levarem muito tempo até o tratamento.
Por outro lado, é importante lembrar que alimentos ricos em vitamina C podem ajudar a melhorar a absorção do ferro na alimentação.
Como exemplo: laranja, limão, tomate e morango são exemplos de fontes de vitamina C.
Gravidez e crescimento
Durante uma gravidez (5) ou crescimento de um bebê, criança ou adolescente, a demanda por ferro aumenta.
Isso ocorre porque os organismos em desenvolvimento precisarão de mais sangue e oxigênio.
Por isso, a dieta dessas pessoas deve ser planejada de acordo.
Muitas vezes, o médico poderá indicar suplementos de ferro nessas fases para evitar a anemia ferropriva.
Dieta pobre em ferro
Por fim, dietas pobres em ferro são a primeira causa de anemia ferropriva.
Para tratar e evitar isso, o conhecimento sobre os alimentos que devem fazer parte de uma dieta equilibrada é muito importante.
Alimentos ricos em ferro para anemia ferropriva
Veja abaixo alguma lista com alguns alimentos ricos em ferro, em geral indicados para prevenir e tratar anemia, de acordo com orientação profissional:
- Fígado de aves ou boi
- Feijão ou ervilha
- Folhas de vegetais verdes escuros, como espinafre
- Aveia
- Carne vermelha
- Outras carnes, como porco e aves
- Salmão
- Ervilha
- Ovos
- Brócolis, entre outros
Em casos de deficiência grave ou quando a alimentação não reverte o quadro de anemia, é necessário consultar-se com um médico.
Suplementos alimentares com ferro são baratos, eficazes e, geralmente, seguros para corrigir a deficiência desse nutriente (6).
Ainda assim, não devem ser tomados sem orientação pois, mesmo em pessoas com anemia ferropriva, é possível causar intoxicação por excesso de ferro.
Olá! Meu nome é Gabriel Braga Villa e tenho 26 anos. Sou estudante do quinto ano de Medicina na UNESP Botucatu. Batalhei bastante para entrar na faculdade, fiz quatro anos de cursinho pré-vestibular depois de me formar no colégio. Hoje amo estudar saúde e as duas coisas que mais me movem na área são: acolher quem precisa de ajuda e espalhar conhecimento para que as pessoas possam viver com mais qualidade. Além da medicina, também amo todos os tipos de esportes. Jogo basquete e pratico corrida há 10 anos -- são as atividades que mais relaxam meu corpo e minha mente. Inclusive, acredito no exercício físico, no esporte e em um estilo de vida ativo como ferramentas de promoção de saúde, uma vez que podem participar da prevenção e da cura de diversas doenças, além de poder aumentar a qualidade de vida de qualquer pessoa. Por fim, sou fiel à ciência e ao método científico e, neste projeto, meu objetivo é contribuir para a saúde e o bem-estar dos leitores do Vitalismo.
William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.
