Antibióticos: Saiba Quando Tomar ou Evitar Tais Medicamentos

Antibióticos são um tipo de remédio usado para tratar infecções causadas por bactérias.

Eles agem atacando esses seres ou impedindo que eles se multipliquem.

Dessa maneira, o nosso corpo pode eliminá-los de forma mais fácil com suas defesas naturais.

Por isso, antibióticos são de muita ajuda no combate a várias doenças de bactérias (1).

No entanto, eles não atuam contra outras doenças (como doenças causadas por vírus e outros seres) e, nesses casos, podem até ser um perigo.

Quando se deve tomar antibióticos?

Em primeiro lugar, é preciso reforçar que esse tipo de medicamento só serve para doenças causadas por bactérias. Um resfriado ou uma gripe, por exemplo, são doenças causadas por vírus. Por isso, antibióticos não fazem parte do seu tratamento.

Além disso, existem muitos tipos desse medicamento, cada um para diferentes tipos de bactérias.

Alguns agem contra uma grande variedade delas.

Outros podem ser a última opção contra um certo germe muito resistente.

Sendo assim, a avaliação de um médico ou cirurgião-dentista é essencial para saber qual antibiótico é mais indicado, e em qual dose e por quanto tempo tomá-lo.

Formação de bactérias resistentes

Por outro lado, um tratamento mal feito com esses medicamentos também tem o poder de criar bactérias resistentes (2,3,4,5).

Isso significa que tomá-los de forma errada pode trazer a doença de volta ou formar bactérias mais difíceis de eliminar (6).

É possível, inclusive, que essas bactérias resistentes passem de uma pessoa para outra, criando um problema para todos.

As maneiras erradas de se tomar antibiótico incluem:

  • Tomar sem ter uma doença causada por bactéria e um diagnóstico de um médico ou cirurgião-dentista
  • Não tomar conforme a orientação, que pode ser de uma vez por dia, ou a cada 12 horas, 8 horas etc.
  • Não tomar durante todo o tempo orientado só porque os sintomas podem ter melhorado antes

Às vezes, antibióticos também têm o papel de prevenir infecções em casos de maior risco.

Por exemplo, quando alguém com certos tipos de valvulopatia (doença de uma estrutura interna do coração) faz um procedimento com o dentista (7).

Nesse caso, como a chance de a pessoa ter uma endocardite bacteriana (infecção no coração) pode ser maior, os medicamentos já atuariam na prevenção.

Outros casos que podem precisar de prevenção:

  • Fraturas expostas (ossos quebrados em contato com o meio externo) (8)
  • Pacientes com a imunidade (defesa) comprometida
  • Uma variedade de procedimentos cirúrgicos (9,10)

Posso beber álcool durante o tratamento com antibióticos?

Durante a antibioticoterapia (o tratamento com tal medicamento), há muita dúvida sobre a segurança de ingerir álcool.

Mas a mistura de antibióticos e álcool não corta o efeito da medicação (11), como é comum ouvir dizer.

Na verdade, alguns desses remédios, assim como o álcool, podem causar efeitos colaterais até similares como (12):

  • Irritação no estômago
  • Sensação de sono
  • Tontura

Isto é, tomar os dois juntos pode piorar o mal-estar de alguém que, possivelmente, já está doente e, por isso, não se recomenda fazer essa associação.

Por outro lado, metronidazol e trimetoprima, por exemplo, são dois nomes de medicamentos que, se tomados com alguma quantia de álcool, podem causar outras reações adversas como:

  • Vermelhidão
  • Dor de cabeça
  • Náusea (enjoo)
  • Vômitos

Por esse motivo, é preciso consultar-se com um profissional da saúde apto para saber quais são os riscos da mistura.

Além disso, no geral, o álcool diminui a energia e a rapidez de recuperação do corpo e, portanto, é aconselhável não beber até o fim do tratamento com antibióticos.

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(Autor)

Olá! Meu nome é Gabriel Braga Villa e tenho 26 anos. Sou estudante do quinto ano de Medicina na UNESP Botucatu. Batalhei bastante para entrar na faculdade, fiz quatro anos de cursinho pré-vestibular depois de me formar no colégio. Hoje amo estudar saúde e as duas coisas que mais me movem na área são: acolher quem precisa de ajuda e espalhar conhecimento para que as pessoas possam viver com mais qualidade. Além da medicina, também amo todos os tipos de esportes. Jogo basquete e pratico corrida há 10 anos -- são as atividades que mais relaxam meu corpo e minha mente. Inclusive, acredito no exercício físico, no esporte e em um estilo de vida ativo como ferramentas de promoção de saúde, uma vez que podem participar da prevenção e da cura de diversas doenças, além de poder aumentar a qualidade de vida de qualquer pessoa. Por fim, sou fiel à ciência e ao método científico e, neste projeto, meu objetivo é contribuir para a saúde e o bem-estar dos leitores do Vitalismo.

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