APLV: Conheça a Principal Alergia Alimentar da Infância

A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é a alergia alimentar mais comum em recém-nascidos e bebês, o que preocupa muitos pais e mães.

Como ela ocorre?

A princípio, o nosso sistema imune (responsável pela defesa) nos protege de vírus, bactérias e outros microorganismos causadores de doenças.

Ele os reconhece e ataca quando entram no nosso corpo.

Em bebês com APLV, entretanto, o sistema imune confunde a proteína do leite com agentes nocivos e reage para se defender.

Então, essa reação de defesa pode causar dano no estômago e nos intestinos da criança e gerar alguns sintomas.

Como saber se o bebê tem APLV?

Esta é uma doença alérgica. Por isso, caso pai, mãe ou irmãos tenham alguma alergia (como asma ou dermatite atópica), o bebê tem mais chances de desenvolver APLV. Além disso, fique de olho se o seu bebê apresenta alguns dos seguintes sintomas (1):

Além disso, observe outros sinais importantes como: pouco ou nenhum ganho de peso ou crescimento insuficiente.

Por isso, é necessário acompanhamento médico em caso de suspeita, já que o médico vai identificar os sintomas e orientar os testes e exames (2).

Como é a alimentação durante o tratamento?

A APLV é uma doença que se cura sozinha, na grande maioria dos casos, até os 3 anos de idade.

No entanto, é necessário adequar a alimentação do bebê para que ele possa ter um desenvolvimento saudável até lá.

Essa adequação significa retirar a proteína do leite da dieta (3).

Isto é, retirar alimentos como:

  • Leite
  • Queijos
  • Manteiga
  • Iogurtes
  • Leite condensado
  • Doce de leite
  • Creme de leite
  • Sorvetes e outros

Portanto, sempre confira o rótulo dos alimentos para saber se há derivados do leite na sua composição.

Mas, caso o bebê esteja apenas amamentando e tenha sintomas alérgicos, isso não quer dizer que ele tem alergia a leite materno.

Acontece que algumas proteínas passam através da amamentação. Por isso, assim como o bebê, a mãe também deve deixar de comer esses ingredientes.

E as fórmulas infantis?

Além disso, se o bebê se alimenta com fórmulas à base de leite de vaca, é preciso substituir por uma destas fórmulas especiais (4):

  • Extensamente hidrolisada
  • Fórmula de aminoácidos ou
  • Fórmula à base de soja

Mas atenção! Cada caso de alergia à proteína do leite possui seus próprios riscos e necessidades. Por isso, procure um médico para orientar a fórmula mais adequada.

Como funciona o tratamento para APLV?

Por fim, no caso da APLV, o diagnóstico e o tratamento fazem parte do mesmo processo.

O método deve ser orientado por um médico e consiste em:

  • Tirar a proteína do leite de vaca da dieta por 2 a 4 semanas
  • Observar a diminuição dos sintomas nesse período
  • Fazer o teste de provocação oral

O teste de provocação oral é: dar à criança uma dose pequena do alimento de tempo em tempo e ver a reação.

Dessa forma, em geral, a tendência é diminuir as reações até poder colocar de novo os alimentos na dieta.

No entanto, em casos de histórico de reação grave, o teste será adiado por um tempo maior.

Dessa forma, com o acompanhamento médico, o seu bebê terá um desenvolvimento saudável e adaptado às necessidades da APLV.

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(Autor)

Olá! Meu nome é Gabriel Braga Villa e tenho 26 anos. Sou estudante do quinto ano de Medicina na UNESP Botucatu. Batalhei bastante para entrar na faculdade, fiz quatro anos de cursinho pré-vestibular depois de me formar no colégio. Hoje amo estudar saúde e as duas coisas que mais me movem na área são: acolher quem precisa de ajuda e espalhar conhecimento para que as pessoas possam viver com mais qualidade. Além da medicina, também amo todos os tipos de esportes. Jogo basquete e pratico corrida há 10 anos -- são as atividades que mais relaxam meu corpo e minha mente. Inclusive, acredito no exercício físico, no esporte e em um estilo de vida ativo como ferramentas de promoção de saúde, uma vez que podem participar da prevenção e da cura de diversas doenças, além de poder aumentar a qualidade de vida de qualquer pessoa. Por fim, sou fiel à ciência e ao método científico e, neste projeto, meu objetivo é contribuir para a saúde e o bem-estar dos leitores do Vitalismo.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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