Aspergilose: Conheça Sobre Essa Doença Causada Por Fungo

A aspergilose é uma doença causada pelo fungo Aspergillus.

De modo geral, a maioria das pessoas entra em contato com este fungo, uma vez que ele vive no ambiente.

Isso faz com que ela seja a infecção causada por fungo mais comum em todo o mundo (1).

Mesmo assim, não significa que todas as pessoas tenham os mesmos riscos de serem afetadas pelo fungo.

Neste artigo você aprenderá quais são os fatores que aumentam os riscos de desenvolver a doença e os tipos de aspergilose.

Além disso, conhecerá quais os possíveis sintomas que podem aparecer por conta desta condição.

O que causa a aspergilose?

A aspergilose é provocada pelo fungo Aspergillus fumigatus que invade o corpo por meio da respiração. Este fungo se encontra em todos os ambientes e, por isso, é praticamente inevitável entrar em contato com ele (2). Apesar disso, nem todas as cepas (“linhagens”) do fungo são nocivas.

Além disso, apenas quem tem o sistema imunológico comprometido (o sistema de defesa do corpo) ou algum outro fator de risco, por exemplo, uma doença pulmonar, acaba desenvolvendo esta condição.

Isso porque, nessas pessoas, há menos mecanismos em funcionamento para conferir proteção.

Desse modo, este fungo consegue infectar os pulmões e, em casos mais graves, atinge até outras partes do corpo.

Portanto, a maioria das pessoas não terá a doença, se não forem suscetíveis.

Fatores de risco

Em princípio, as chances de desenvolver esta doença variam a depender do tempo de exposição a este fungo e também do estado de saúde da pessoa (3) que ficou exposta a ele.

Sendo assim, alguns fatores que podem aumentar os riscos de desenvolver esta condição incluem:

  • Sistema imune enfraquecido, como em pessoas com AIDS
  • Nível baixo de glóbulos brancos (células de defesa do corpo) — isso pode acontecer logo após a quimioterapia ou um transplante de órgãos, por exemplo
  • Presença de alguma doença pulmonar como a asma, tuberculose e a fibrose cística (doença que afeta células que produzem muco, por isso, ela pode prejudicar os pulmões e o sistema digestório)
  • Uso de corticosteroide por um longo período de tempo — isso pode aumentar o risco de infecções oportunistas. Isso se dá pelo fato de este medicamento diminuir a atividade do sistema imune do corpo
  • Presença de cavidades (buracos em que há espaços de ar) nos pulmões

Tipos de aspergilose

  • Aspergilose pulmonar – o fungo cresce em cavidades (buracos) provocados nos pulmões por alguma doença pré-existente como a tuberculose
  • Aspergilose invasiva – forma mais grave da doença. Ela acontece quando a infecção invade a corrente sanguínea e outras partes do corpo como a pele, os rins, o cérebro e o coração
  • Broncopulmonar alérgica – ocorre uma reação alérgica devido a uma inflamação nos pulmões causada pelo fungo. Pessoas com asma e fibrose cística têm chances maiores de desenvolver este tipo
  • Superficial – é incomum. O fungo pode se desenvolver sobre queimaduras e sob bandagens (curativos) após lesões nos olhos, por exemplo

Sintomas da aspergilose

Os sinais e sintomas que sugerem a presença desta doença podem variar de leves a graves a depender do seu tipo.

Os sintomas podem incluir:

  • Tosse
  • Saída de sangue na tosse (hemoptise)
  • Febre
  • Falta de ar (dispneia)
  • Dor de cabeça
  • Perda de peso involuntária
  • Cansaço
  • Lesões na pele

Quando devo procurar ajuda médica?

Se você tem alguma doença pulmonar como a asma, tuberculose ou fibrose cística e notou alguma mudança na sua respiração, busque assistência médica.

Essa doença causada pelo fungo Aspergillus pode não ser a causa desta alteração, porém é importante se manter atualizado sobre seu estado de saúde.

Além disso, se você tem ou está com o sistema imune debilitado e começou a ter febre de forma repentina, tosse com a presença de sangue e falta de ar, também consulte seu médico.

Seja como for, após entender o seu histórico de saúde, o exame físico, além da realização de testes adicionais, quando necessário, o médico poderá diagnosticar a aspergilose e definir o tratamento mais adequado.

Em alguns casos, o tratamento com medicamentos antifúngicos (remédios que matam fungos) se inicia antes mesmo de se confirmar o diagnóstico através dos resultados dos exames.

Além disso, em casos excepcionais, pode se indicar alguma cirurgia como parte do tratamento.

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(Autor)

Discente do curso de enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas, em Minas Gerais. Atuante na Atenção Básica à Saúde na cidade de Alfenas, sobretudo nas áreas de Saúde da Mulher e Cuidados Paliativos. Membro voluntário do projeto de extensão “PaliAB” pela Universidade Federal de Alfenas.Neste projeto, os extensionistas estabelecem uma relação de reciprocidade com os profissionais da Estratégia da Saúde da Família (ESF) e com os pacientes assistidos neste nível de Atenção à Saúde, sob a ótica dos Cuidados Paliativos (CP).Os participantes deste projeto contribuem para melhora na qualidade de vida dos pacientes por meio de planos de cuidados desenvolvidos juntamente com os profissionais das ESFs, para aliviar o sofrimento físico, social, espiritual e psicológico das pessoas e de sua rede de apoio sob CP.Além disso, ela atua no desenvolvimento de pesquisas para aprimorar o conhecimento sobre esta área, publica diversos trabalhos sobre a temática e disponibiliza cursos e cartilhas para os profissionais da ESF e cartilhas para população juntamente com os membros do projeto.Por fim, ela prioriza um cuidado integral, respeitoso e digno tanto às pessoas assistidas pela Atenção Básica quanto aos profissionais que atuam neste nível de assistência à saúde.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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