Blefarite é uma condição comum de inflamação da pálpebra.
Pode causar incômodo por conta das feridas, crostas ou escamas, por exemplo.
Em casos mais graves, pode ainda causar dano à córnea, que é a camada mais externa do olho.
No entanto, a blefarite, na maioria das vezes, pode ser controlada com tratamento caseiro.
Quais as causas da blefarite?
Como se trata de uma inflamação, a blefarite pode ter diversas causas. Uma delas é a infecção por bactérias que são normais da pele, mas que podem se acumular de forma não saudável. Por isso, a higiene adequada da pele é fundamental.
Isso quer dizer, então, que blefarite é contagiosa?
Na verdade, não. A relação de cada pessoa com as bactérias naturais da pele é diferente.
Por isso, não é possível transmitir blefarite de uma pessoa para outra (1).
Outra causa é o entupimento de glândulas (pequenas estruturas que produzem a oleosidade da pele) presentes na pálpebra.
Dessa forma, quando elas entopem, o organismo pode gerar uma reação para lidar com a oleosidade acumulada, inflamando a região.
Além disso, algumas outras doenças e condições podem aumentar o risco de inflamação da pálpebra (2), como por exemplo:
- Dermatite seborreica – uma forma de descamação oleosa da pele
- Dermatite (ou eczema) atópica – uma alergia da pele provocada por algumas substâncias, como certos colírios
- Pele muito oleosa
- Dermatite de contato – reação da pele após contato com materiais que a agridem
- Rosácea – doença da pele do rosto que causa vermelhidão e pequenas espinhas
Por conta disso, também é importante tratar primeiramente a causa da doença.
Ainda assim, há casos de blefarite que podem ocorrer sem ter uma causa conhecida.
Quais os sintomas?
- Prurido (coceira)
- Edema (inchaço)
- Eritema (vermelhidão)
- Fotofobia (sensibilidade maior à luz)
- Ardência
- Lacrimejamento (“água nos olhos”)
- Sensação de corpo estranho no olho
- Pus e crostas
O que a blefarite pode causar?
A blefarite pode trazer outros problemas aos olhos, principalmente quando dura muito tempo.
Dessa forma, quando a doença não melhora com o tempo, chama-se blefarite crônica.
Esses problemas incluem:
- Formas de terçol (hordéolo e calázio)
- Xeroftalmia (olhos secos)
- Ceratoconjuntivite (irritação da córnea, camada externa da frente do olho e da conjuntiva, a parte interna da pele que cobre o olho)
- Perda dos cílios
- Úlceras (feridas)
- Dano à córnea, prejudicando a visão
Como é o tratamento?
Para tratar esta doença, a medida mais importante é a higiene da pele (3).
Então, veja como fazer essa higiene da melhor forma:
- Lave as mãos com água e sabão
- Misture água morna com um pouco de xampu de bebê
- Molhe um cotonete na mistura
- Suavemente, passe o cotonete sobre uma pálpebra para limpá-la e remover crostas
- Em seguida, enxágue-a
- Repita o processo com um novo cotonete para a outra pálpebra
Além disso, outra medida de suporte é a realização de compressas.
Basta umedecer um pano limpo com água morna e deixá-lo sobre os olhos por alguns minutos.
Mas cuidado, em casos de dermatite de contato ou atópica, a compressa deve ser fria.
Isso ajuda não só a remover a oleosidade da pele e impedir o entupimento de glândulas, mas também a aliviar os sintomas.
Entretanto, ainda pode ser necessário buscar atendimento com um médico oftalmologista caso a blefarite não melhore.
Outras formas de tratamento, a depender da causa, incluem:
- Interrupção do contato com substâncias causadoras, como colírios ou maquiagem
- Uso de pomadas para blefarite (4) (como lubrificantes, antibióticos ou antiinflamatórios)
- Comprimidos antivirais
- Massagem nas pálpebras para ajudar a drenar as secreções