Vitalismo

Borderline: Impulsividade e Relações Interpessoais Instáveis

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Você sabe o que é borderline (ou personalidade limítrofe)?

A princípio, este é um transtorno de humor que afeta a interação com outras pessoas.

Com isso, a relação com o outro se dá de forma diferente da maioria dos indivíduos.

Sendo assim, o borderline vai além de variações de humor comuns do dia a dia, pois é um transtorno grave no qual o suicídio ocorre entre 8 e 10% dos casos.

Nesse artigo vamos entender melhor sobre ele.

Quais são os sintomas de borderline?

Os sintomas de borderline são caracterizados por uma instabilidade nas relações interpessoais (entre duas ou mais pessoas) e na relação com a própria imagem e por impulsividade. Também há medo intenso de abandono (sendo esta possibilidade algo real ou imaginário), o que leva a esforços exagerados para impedi-lo.

Nesse contexto, o indivíduo pensa que as pessoas que o abandonam o fazem pois são “más”.

Além disso, os relacionamentos amorosos ou de amizade são intensos e instáveis, existindo uma alternância entre a idealização e a desvalorização do outro.

Nesse sentido, se idealiza uma pessoa em um determinado momento, no entanto, quando ela não cumpre as expectativas, acontece uma desilusão causada por essa idealização inicial.

Também faz parte desse transtorno uma perturbação da identidade, que leva a uma instabilidade contínua na autoimagem ou percepção de si.

Com isso, há mudanças repentinas de metas, valores, opiniões, planos de carreira profissional, entre outras questões.

A impulsividade também está presente em pelo menos dois comportamentos considerados autodestrutivos, como:

Outros sintomas marcantes e importantes se dão pelos comportamentos suicidas recorrentes e pela automutilação (que é o ato de ferir o próprio corpo de forma proposital).

Por fim, a instabilidade emocional com duração de horas ou de alguns dias (mais raramente), os sentimentos contínuos de vazio e a raiva intensa e inapropriada também são sintomas desse transtorno (1).

Quais são as causas do borderline?

Pode-se classificar como fator de risco, ou seja, que aumenta a chance de desenvolvimento do transtorno, a genética.

Assim, quando há um parente de primeiro grau com borderline há maior probabilidade de também vir a ter.

Igualmente, se algum familiar tiver depressão, bipolaridade ou personalidade anti social, as chances de se desenvolver o transtorno também são maiores.

Por fim, uma infância estressante, como as marcadas por abusos sexuais ou abandono de algum dos pais, também podem ter relação com a personalidade limítrofe.

Tratamento

Um dos principais meios de tratamento dessa condição é a psicoterapia (que geralmente consiste em conversas com psicólogos para ajudar na mudança de comportamentos).

Contudo, podem ser adicionados medicamentos para ajudar nos sintomas ou nos transtornos que podem acompanhar o borderline, como a depressão e a ansiedade.

Sendo assim, o foco do tratamento deve ser na abordagem das crises de suicídio (se houver), dos impactos na vida da pessoa (como dificuldade para se relacionar com outras pessoas) e nas doenças associadas (comorbidades).

Com isso, o tratamento do borderline vai ajudar quem vive com esse transtorno a se sentir melhor e proporcionar maior qualidade de vida.