Câncer de Colo de Útero: Aprenda Como Reconhecer os Sinais

O câncer de colo de útero, também conhecido como câncer cervical, é um tipo de câncer que afeta o colo do útero.

O colo do útero é a porção final do canal vaginal e a “entrada” para o começo do útero.

Estima-se que há mais de 500 milhões de novos casos notificados por ano desse tipo de câncer (1).

Além disso, é o segundo tipo de câncer mais comum em mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama.

Neste artigo você conhecerá as possíveis causas para o câncer de colo de útero.

Além disso, aprenderá seus sintomas e medidas para evitar desenvolvê-lo.

Quais sintomas de câncer de colo de útero?

Nos estágios iniciais da doença, pode ser que nenhum sinal e sintoma apareçam. Porém, com o avanço do câncer no colo do útero, alguns sintomas podem se manifestar, tais como:

  • Sangramento vaginal após relação a sexual, ducha higiênica ou exame pélvico (procedimento para identificar qualquer problema ginecológico)
  • Sangramento entre os períodos de menstruação ou na menopausa
  • Corrimento vaginal aquoso e com sangue podendo ser intenso e com odor desagradável
  • Dor pélvica (região inferior do quadril) ou dor durante a relação sexual
  • Períodos menstruais mais intensos e longos

Além disso, alguns outros sintomas podem surgir quando a doença evolui e afeta outros órgãos.

Eles incluem:

  • Micção (ato de urinar) difícil ou dolorosa, podendo aparecer sangue na urina
  • Diarreia, dor ou sangramento na região anal durante a evacuação
  • Dor nas costas
  • Inchaço das pernas
  • Fadiga
  • Perda de peso
  • Perda de apetite

O que pode causar esse câncer?

O HPV é um tipo de vírus que tem influência no risco deste câncer, embora não seja claro o mecanismo pelo qual isso ocorre. De qualquer modo, sabe-se que o câncer cervical começa a se desenvolver quando as células que compõem o colo do útero sofrem mutação (mudanças) no seu material genético. 

Como resultado, as células desta região se multiplicam de forma anormal, desordenada e exagerada.

Além disso, elas também não conseguem parar de se multiplicar.

Assim, surge um acúmulo de células, as quais formam uma massa chamada tumor.

Conforme o tumor evolui, ele pode invadir outros órgãos (metástase) e se espalhar para outras partes do corpo.

Vale lembrar que o câncer de colo de útero é evitável em grande parte dos casos (2).

Sobretudo, quando se realiza de forma regular o exame de rastreamento (coleta de amostras do colo do útero para analisar se há alterações pré-cancerosas). 

Este exame é popularmente conhecido como Papanicolau.

Fatores de risco

Em princípio, há vários fatores que aumentam as chances do câncer de colo de útero se desenvolver.

Mas sem dúvida, o papilomavírus humano (HPV) é o principal fator de risco para esta condição (3).

Entretanto, outros fatores incluem:

  • Início precoce da atividade sexual
  • Ter muitos parceiros sexuais
  • Presença de outras infecções sexualmente transmissíveis, por exemplo, clamídia, gonorreia, sífilis e HIV
  • Imunodepressão (sistema imunológico enfraquecido)
  • Tabagismo
  • Rastreio irregular, ou seja, mulheres que não fazem regularmente o papanicolau

Quando procurar ajuda médica?

Se você perceber a presença de um corrimento aquoso ou com sangue no seu dia-a-dia ou se sentir incomodada durante a relação sexual ou perceber sangramentos após, procure assistência médica.

Apesar de os sintomas serem sugestivos dessa doença, há outros problemas ginecológicos que também podem se apresentar de forma similar.

Seja como for, é fundamental que você vá a uma consulta médica para que você descubra o que pode estar causando estes incômodos.

Com isso, o médico poderá fazer o exame de rastreamento (Papanicolau) para detectar se há alterações que precedem o câncer.

A partir da amostra coletada pelo Papanicolau, também poderá ser processado um teste de DNA para HPV, para verificar se há a presença do vírus.

Além disso, ele poderá passar orientações como: ter relações sexuais mais seguras (usando preservativo), não fumar e manter um estilo de vida saudável, para que seu sistema imune fique fortalecido.

Também poderá recomendar a vacina contra o HPV.

Pois a imunização é uma forma segura para diminuir o risco de câncer de colo de útero.

Hoje, infelizmente, o número de casos desta doença é maior em países em desenvolvimento, pois muitas mulheres não recebem a vacina.

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(Autor)

Discente do curso de enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas, em Minas Gerais. Atuante na Atenção Básica à Saúde na cidade de Alfenas, sobretudo nas áreas de Saúde da Mulher e Cuidados Paliativos. Membro voluntário do projeto de extensão “PaliAB” pela Universidade Federal de Alfenas.Neste projeto, os extensionistas estabelecem uma relação de reciprocidade com os profissionais da Estratégia da Saúde da Família (ESF) e com os pacientes assistidos neste nível de Atenção à Saúde, sob a ótica dos Cuidados Paliativos (CP).Os participantes deste projeto contribuem para melhora na qualidade de vida dos pacientes por meio de planos de cuidados desenvolvidos juntamente com os profissionais das ESFs, para aliviar o sofrimento físico, social, espiritual e psicológico das pessoas e de sua rede de apoio sob CP.Além disso, ela atua no desenvolvimento de pesquisas para aprimorar o conhecimento sobre esta área, publica diversos trabalhos sobre a temática e disponibiliza cursos e cartilhas para os profissionais da ESF e cartilhas para população juntamente com os membros do projeto.Por fim, ela prioriza um cuidado integral, respeitoso e digno tanto às pessoas assistidas pela Atenção Básica quanto aos profissionais que atuam neste nível de assistência à saúde.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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