Câncer de Intestino: Saiba Reconhecer os Sinais no Seu Corpo

O câncer de intestino se refere a um grupo de tumores que afeta o intestino grosso.

Saiba que também pode ser conhecido como câncer colorretal.

Pois ele pode afetar o cólon, o reto (partes que compõem o intestino grosso) ou essas duas porções do intestino.

Também é comum que se inclua neste grupo os tumores na região do ânus.

Nesse artigo, você irá conhecer os sintomas que podem surgir com esta doença.

Além disso, você descobrirá os fatores de risco e alguns meios para se prevenir de um câncer de intestino.

Quais os sintomas de câncer no intestino?

Os sintomas (1) mais frequentes associados ao câncer de intestino são sangue nas fezes, alterações nos hábitos intestinais (podendo ser diarreia ou constipação) e dores abdominais.

Além disso, pode haver perda de peso involuntária e sem causa aparente, fraqueza, anemia e mudanças na forma das fezes (podem ficar mais compridas e finas).

Saiba que os seus sintomas podem variar dependendo do local e da extensão desta doença.

Apesar disso, este tipo de câncer pode não apresentar sintomas por um longo período de tempo, pois ele se desenvolve de maneira lenta.

Além disso, os sinais mencionados acima, podem não ser causados somente em decorrência de câncer.

Uma vez que eles também podem aparecer em outras condições.

Por exemplo, na presença de hemorroidas e verminoses.

Portanto, ao reconhecer esses sinais em seu corpo, procure ajuda médica.

Pois esta doença é tratável.

Além disso, o diagnóstico precoce pode ajudar a contê-la antes que ela se espalhe.

Causas

Em geral, para que um câncer se desenvolva, as células de uma área do corpo se dividem e multiplicam de forma muito rápida e desordenada.

Assim surge uma massa de células chamada tumor.

No câncer de intestino, esse tumor se desenvolve, primeiramente, dentro de aglomerados que revestem a parede do intestino grosso (no cólon) e do reto (porção final do intestino).

Esses aglomerados são chamados de pólipos (2).

Mas saiba que o fato de existir pólipos não significa que exista um câncer.

Além disso, existem fatores de risco que sinalizam maiores chances desta condição se desenvolver.

Eles podem incluir:

Fatores de risco

  • Histórico familiar: indivíduos que tenham um histórico familiar para esta doença e/ou história pessoal de câncer de intestino, mama, ovário ou útero
  • Idade: indivíduos com idade maior ou igual a 50 anos
  • Dieta: uma dieta não saudável com poucos alimentos ricos em fibras como frutas, verduras e legumes; consumo exagerado de carnes vermelhas (acima de 500 gramas de carne cozida por semana); dieta rica em gorduras e o consumo excessivo de alimentos processados como salsicha, mortadela, presunto, salame e peito de peru
  • Peso: indivíduos obesos ou que estejam muito acima do peso
  • Estilo de vida: consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo e o fato de não praticar exercícios físicos regularmente
  • Presença de outras condições que podem afetar o intestino: doenças inflamatórias no intestino como retocolite ulcerativa e doença de Crohn. Além disso, doenças hereditárias como polipose adenomatosa familiar e a síndrome de Lynch (uma doença genética hereditária)
  • Exposição à radiação ionizante: profissionais que atuam na radiografia devem ficar mais atentos

Diagnóstico

Sem dúvida, os sintomas são grandes aliados para denunciar a presença desta doença.

Por isso, ao identificar algum deles, procure ajuda médica.

Pois o profissional pode chegar a um diagnóstico desta condição ao realizar uma análise clínica e dos resultados de exames, como a biópsia (retirada de um pedaço do intestino), por exemplo.

Além disso, se você tiver um histórico familiar, não deixe de ter um acompanhamento médico.

Pois quando detectada precocemente esta condição, é possível evitar que haja uma metástase de câncer de intestino.

Ou seja, é possível prevenir que este câncer se espalhe.

Por fim, assim que essa condição é descoberta, o tratamento já pode se iniciar.

O câncer de intestino tem cura?

O tratamento do câncer de intestino (3,4) depende do local, do tamanho e da extensão do câncer.

Contudo, ele pode ser tratável e, em certos casos, curável.

A princípio, o tratamento é feito por meio de uma cirurgia.

Em geral, nela se retira a porção afetada pelo tumor e os gânglios linfáticos (pequenas estruturas que fazem parte do sistema que protege o corpo).

Além disso, a quimioterapia (remédios usados para tratar o câncer) e a radioterapia (uso de radiação) também podem fazer parte do tratamento.

No entanto, quando ocorre a metástase, ou seja, quando o câncer atinge outros órgãos como o fígado e os pulmões, as chances de cura podem ser reduzidas.

Ainda assim, nesses casos, há recursos que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida.

Como, por exemplo, os Cuidados Paliativos.

Esses cuidados promovem o controle da dor e dos sintomas da pessoa doente.

Além de tratá-la, o profissional também pode monitorar para que ela não volte a acontecer.

Além disso, pode ser proporcionado meios para que se viva bem, independente da doença.

Por isso, é tão importante ter um acompanhamento médico nesta condição.

Prevenção

  • Praticar exercícios físicos regularmente
  • Ter uma dieta saudável (5), o que significa se alimentar com comidas minimamente processadas e a maioria in natura. Além disso, ter alimentos rico em fibras como frutas, verduras e cereais integrais podem ajudar o intestino a manter um bom funcionamento
  • Evitar fumar
  • Evitar o consumo de álcool
  • Remoção de pólipos

Além disso, quando o indivíduo possui algum dos fatores de risco e já faz acompanhamento médico, alguns exames de triagem (6) para identificar precocemente podem ser realizados.

Eles incluem:

  • Exame de fezes para verificar a presença de sangue (conhecido como “sangue oculto”)
  • Colonoscopia (o exame é feito a partir da inserção de um tubo que possui uma câmara de vídeo pequena na ponta que permite analisar o revestimento interno do intestino)
  • Sigmoidoscopia (é a inserção de um tubo que possui uma câmara de vídeo pequena na ponta que acessa a porção do intestino chamada sigmóide)

Sem dúvida, fica claro como é importante se atentar aos sinais que seu corpo pode estar dando.

Por isso, conhecer sobre o câncer de intestino pode ajudá-lo a reconhecer alguns desses sinais que servem de alerta para essa doença.

E proporcionar as melhores soluções possíveis para eles.

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(Autor)

Discente do curso de enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas, em Minas Gerais. Atuante na Atenção Básica à Saúde na cidade de Alfenas, sobretudo nas áreas de Saúde da Mulher e Cuidados Paliativos. Membro voluntário do projeto de extensão “PaliAB” pela Universidade Federal de Alfenas.Neste projeto, os extensionistas estabelecem uma relação de reciprocidade com os profissionais da Estratégia da Saúde da Família (ESF) e com os pacientes assistidos neste nível de Atenção à Saúde, sob a ótica dos Cuidados Paliativos (CP).Os participantes deste projeto contribuem para melhora na qualidade de vida dos pacientes por meio de planos de cuidados desenvolvidos juntamente com os profissionais das ESFs, para aliviar o sofrimento físico, social, espiritual e psicológico das pessoas e de sua rede de apoio sob CP.Além disso, ela atua no desenvolvimento de pesquisas para aprimorar o conhecimento sobre esta área, publica diversos trabalhos sobre a temática e disponibiliza cursos e cartilhas para os profissionais da ESF e cartilhas para população juntamente com os membros do projeto.Por fim, ela prioriza um cuidado integral, respeitoso e digno tanto às pessoas assistidas pela Atenção Básica quanto aos profissionais que atuam neste nível de assistência à saúde.

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