Catapora: Bolinhas Vermelhas e Muita Coceira nas Crianças

É provável que você já tenha ouvido falar da catapora, não é mesmo?

Isso porque, é uma doença muito comum principalmente na infância.

Mas afinal, além das manchas vermelhas pelo corpo, o que a catapora pode causar?

Nesse artigo, você vai entender mais sobre essa doença e os seus sintomas.

Além disso, vai ler sobre como se da a sua transmissão e sobre como é o seu tratamento.

Qual a diferença de varicela e catapora?

Não há nenhuma diferença. A catapora também é conhecida como varicela. Isso porque, o vírus responsável por causar essa doença se chama varicela-zóster. Esse vírus é o causador de duas doenças altamente infecciosas: a varicela (catapora) e a herpes zóster.

Mas nesse artigo, vamos falar sobre a catapora.

Em primeiro lugar é interessante você saber que em países com clima tropical, como o Brasil, é comum que mais de 90% das pessoas tenha pego catapora antes da adolescência (*).

Por isso, a prevalência média da doença é na faixa etária dos 4 aos 10 anos.

Mas então se quase todos já tivemos catapora na infância, como é que funciona a transmissão?

Como é a transmissão da catapora (*)?

De maneira geral, a varicela ou catapora, tem a sua transmissão por gotículas através do ar, por contato direto com feridas e pelo toque em superfícies contaminadas.

Ou seja, pode se espalhar por tosse e espirro, pelo toque direto em pessoas com a doença ou por tocar em objetos que tenham o vírus (como maçanetas ou roupas).

Além disso, existe uma terceira forma de contaminação que se dá da mãe para seu bebê durante a gestação, parto ou amamentação.

Pela facilidade de se espalhar, é uma doença altamente contagiosa.

Depois de alguns dias do contato com o vírus, começam a surgir os primeiros sintomas.

Quais são os sintomas da catapora (*)?

Apesar de conhecermos essa doença pelas manchas avermelhadas, esse não é o primeiro sintoma que aparece depois da infecção.

Na verdade, antes das feridas, os sintomas que podem aparecer são:

  • Febre
  • Dores de cabeça
  • Cansaço
  • Náuseas
  • Perda de apetite

Depois do período de incubação do vírus, que dura de aproximadamente 10 a 20 dias, aparecem as erupções (feridas) na pele.

Em primeiro lugar, surgem manchas vermelhas que coçam muito.

Depois, essas manchas se transformam em pequenos inchaços em formato de bolhas.

Essas bolhas, depois de estourarem, vão formar pequenas feridas que podem ser dolorosas.

Por fim, vale lembrar que o vírus é contagioso até que todas as bolhas tenham estourado e cicatrizado.

Ou seja, não se deve ir a escola durante esse período.

Como é o tratamento?

De maneira geral, não há um tratamento específico para catapora.

Por isso, as medicações vão ter como objetivo aliviar os sintomas (dor e febre).

Além disso, podemos utilizar loções e géis que refresquem as feridas e aliviam a coceira.

Por fim, em pessoas saudáveis, a doença é tratada de forma natural pelo organismo.

Como se proteger?

Se você já teve catapora na infância, está imune a essa doença.

Isso porque, depois da infecção, nosso corpo consegue criar anticorpos que nos deixam protegidos da varicela.

No entanto, o vírus pode ficar inativo no organismo da pessoa e reaparecer quando ela for mais velha, desenvolvendo a herpes-zóster.

Atualmente, existe vacina contra catapora para as crianças (*).

Essa vacina se chama tetraviral e além de varicela, protege contra sarampo, caxumba e rubéola.

A primeira dose dessa vacina pode ser aplicada em crianças a partir dos 12 meses de idade.

A vacina tetraviral está disponível para toda a população de maneira gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.

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Graduanda em enfermagem pela Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB - UNESP). Entrei na faculdade movida pela paixão e vocação de cuidar e ajudar as pessoas.Aqui no Vitalismo, tive oportunidade de alcançar e ajudar muitas pessoas além de meus pacientes.Desde o início da faculdade, minha área de interesse e vocação é a saúde da mulher (ginecologia e obstetrícia). Por isso, sempre estive envolvida em projetos de iniciação científica e de extensão que abordassem essa temática.Já fui presidente da liga de ginecologia da UNESP, organizei eventos e simpósios sobre o tema.Atualmente sou coordenadora do projeto Papo de Parto, em parceria com a UNESP e PROEX. Além disso, se você estiver em algum evento de ginecologia e obstetrícia, pode me procurar pois estarei lá!

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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