As causas da obesidade têm sido cada vez mais estudadas.
A princípio, ela é uma condição patológica (que causa doença) e tem como característica uma deposição excessiva de gordura em comparação com os valores esperados para uma determinada estatura, sexo e idade.
Embora muitos não saibam, o modo como a obesidade evolui é complexo, podendo possuir origens distintas.
Por exemplo, está relacionada ao ambiente em que se vive, à predisposição genética ou a uma combinação desses fatores.
Ao longo desse artigo, você descobrirá as causas da obesidade.
Também entenderá o porquê dela ter aumentado tanto nos últimos tempos.
Quais as principais causas de obesidade no Brasil?
As causas da obesidade são diversas, pois são resultantes de vários fatores que atuam, na maioria dos casos, de maneira combinada. Por exemplo, a má alimentação e o sedentarismo possuem associação conhecida com a obesidade. Além disso, fatores genéticos e ambientais também podem contribuir para aumentar o risco de se desenvolver a condição.
As causas do aumento da obesidade
O ambiente atual e a má alimentação
Em geral, tem sido observado um aumento da disponibilidade de alimentos menos saudáveis.
Em boa parte dos casos, são alimentos industrializados que possuem um sabor muito atrativo para muitas pessoas.
Entre eles, podemos citar:
- Fast foods
- Salgadinhos e industrializados
- Bolachas recheadas
- Comidas congeladas
Em geral, se consumidos com frequência, esses alimentos podem contribuir no ganho de peso.
Por sua vez, eles também possuem um preço de compra mais acessível.
Além disso, as empresas fazem produtos com combinações de gordura, açúcar e sal, as quais são conhecidas como ‘’hiperpalatáveis’’ (1).
Com isso, despertam a vontade de comer com cada vez mais frequência.
Entretanto, vale lembrar que estes alimentos são densamente calóricos.
O que significa que podem oferecer muitas calorias para o corpo mesmo quando consumidos em pequenas quantidades.
Por fim, você deve ter percebido que esses alimentos são ”práticos”.
Pois basta abrir um saquinho e realizar um preparo rápido que estão prontos para o consumo.
E isso é atrativo para muitas pessoas, uma vez que há uma tendência da população preferir substituir as principais refeições por alimentos rápidos.
Seja por praticidade ou conveniência.
Contudo, esse padrão de alimentação é muito preocupante, uma vez que estes alimentos possuem um menor valor nutricional em comparação a refeições completas.
Rotina estressante
Em geral, pessoas mais estressadas comem exageradamente em resposta a estímulos negativos, assim como também escolhem os alimentos de maneira mais rápida.
Além disso, com a falta de tempo, muitas pessoas não querem passar o tempo cozinhando
Assim, tais fatores também podem levar a uma maior compra de alimentos industrializados e menos saudáveis.
Fatores mentais
Diferentes fatores mentais podem atuar como causas da obesidade.
Por exemplo: a depressão, a falta de autoestima, a sensação de insegurança e a compulsão alimentar.
Isso porque essas condições podem levar a uma maior procura por alimentos na tentativa de compensar as emoções negativas (2).
Sedentarismo
Em princípio, alguns comportamentos podem aumentar a chance do desenvolvimento de obesidade, como:
- Não praticar exercícios físicos (3)
- Ter como lazer apenas atividades que envolvam o uso de telas de dispositivos eletrônicos (por exemplo, passar muitas horas em frente à televisão e ao celular)
- Usar veículos motorizados para fazer a maior parte dos deslocamentos
- Trabalhar o dia todo sentado e não praticar atividades físicas ao fim do dia
Causas da obesidade: considerações finais
Todos os fatores abordados ao longo do artigo contribuem com o aumento da obesidade abdominal.
Isto é, a deposição de gordura na região da cintura, também chamada de gordura visceral.
E o aumento dessa gordura é um grande fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, como a diabetes ou a doença nas artérias do coração.
Sendo assim, para se prevenir das causas da obesidade, é fundamental colocar atenção no cuidado do corpo e da mente.
Gabriela Baptista é graduanda do sétimo semestre em Nutrição pela Faculdade de Ciências Aplicadas - UNICAMP. Atua na área de marketing da LIHNUT-UNICAMP, uma Liga de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, desenvolvendo conteúdos para o Instagram e organizando eventos. Realizou cursos nas áreas de Cuidado Nutricional por meio da Abordagem Sistêmica, Nutrição Comportamental, Nutrição para Vegetarianos, Suplementação e Bioquímica Metabólica. Além disso, sempre se atualiza em Congressos, Simpósios e Conferências.
William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.
