Caxumba: Conheça a Causa, os Sintomas e Como Se Espalha

A caxumba é uma doença causada por um vírus (que são seres microscópicos) (1).

Saiba que a maior parte das pessoas atingidas são crianças.

Em geral, isso pode acontecer antes de receberem a vacina para esta doença.

Neste artigo, você irá aprender os sintomas típicos desta condição.

Além disso, você irá conhecer tratamentos e cuidados para evitar a caxumba.

Como saber se estou com caxumba ou não?

O sintoma mais característico da caxumba é o inchaço na região lateral do rosto (parotidite). Em geral, esse inchaço ocorre nas glândulas salivares que estão próximas ao pescoço (comumente entre a orelha e a mandíbula). Além disso, sensação de mal-estar, dor de cabeça e calafrios também podem apontar a presença desta infecção.

Aliás, cerca de 25% das pessoas contaminadas podem não apresentar sintoma algum, ou seja, 1 a cada 4 pessoas.

No entanto, naquelas que apresentam algum tipo de sintoma, eles podem surgir cerca de 12 a 24 dias após a infecção.

Além disso, outros sintomas também podem se manifestar.

Sintomas

  • Febre (baixa ou moderada)
  • Dores musculares
  • Dores nas articulações
  • Falta de apetite
  • Dores durante a mastigação ou ao engolir (devido ao inchaço nas glândulas salivares)
  • Sensibilidade na região do inchaço (dor ao toque)

Existem casos em que esta doença pode causar algumas complicações graves.

O motivo é pelo fato do vírus infectar outros órgãos do corpo.

Essas complicações (2) podem incluir:

  • Ooforite: inflamação nos ovários
  • Mastite: inflamação no tecido mamário
  • Orquite: inflamação nos testículos
  • Meningite: inflamação no tecido que reveste componentes do sistema nervoso central como o cérebro e a medula espinhal
  • Encefalite: inflamação no encéfalo (composto por cérebro e tronco encefálico)
  • Pancreatite: inflamação no pâncreas
  • Perda auditiva (surdez)
  • Aborto espontâneo (3)

Mas lembre-se de que essas complicações não são comuns em pessoas vacinadas (4).

Transmissão da caxumba

A disseminação da caxumba ocorre por meio de gotículas de saliva.

Essas gotículas contaminadas espalham o vírus no ambiente.

Portanto, o contágio pode acontecer ao se conversar próximo a uma pessoa infectada.

Ou se uma pessoa contaminada tossir e espirrar próxima a outra.

Além disso, também é possível que o contágio se dê após contato direto com objetos contaminados com saliva de pessoas infectadas.

Em todo caso, reforçamos que o fator que pode aumentar muito as chances de você se infectar é: não ter registro de “imunizado” na carteira de vacinação.

Afinal, a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola, chamada de “tríplice viral”, é um importante recurso para prevenir que se contraia esta condição.

Diagnóstico

Sem dúvida, os seus sintomas são grandes indicativos para a presença desta infecção.

Por isso, ao identificar algum deles, especialmente o inchaço no rosto, procure ajuda médica.

Pois a partir de uma avaliação clínica (5) e, em alguns casos, da realização de exames, será possível diagnosticar esta doença (6).

Principalmente se estiver ocorrendo surto da doença.

Além disso, se você estiver grávida e tiver tido contato com alguém infectado, também é importante que você informe seu médico.

É importante fazer isso mesmo se você não estiver apresentando nenhum sintoma no momento.

Tratamento

Saiba que ainda não existe um tratamento específico para esta doença.

Ou seja, não há medicamentos eficazes para eliminar este vírus.

Ainda assim, em geral, é possível se recuperar sozinho em cerca de duas semanas.

Isso porque o corpo atua por meio de seu sistema imune para combater a infecção.

Mas algumas medidas podem ajudar no alívio dos seus sintomas.

Elas incluem:

  • Beber muito líquido
  • Evitar alimentos ácidos (como limão) e de difícil mastigação (optar por alimentos macios)
  • Analgésicos para aliviar a dor de cabeça e outros desconfortos
  • Repouso
  • Aplicar compressa quente ou fria nas regiões inchadas
  • Gargarejar água morna algumas vezes ao dia

No entanto, enfatizamos que o melhor tratamento sempre é a prevenção.

Prevenção da caxumba

A princípio, a melhor forma de evitar esta doença é por meio da vacinação (7), exceto em gestantes.

Por isso, entre os 12 e os 15 meses de idade, é primordial que a criança seja vacinada (total de duas doses) (8).

Vale observar que em crianças maiores, adolescentes e adultos, o esquema de vacinação pode ter variações.

Em todo caso, as vacinas podem proporcionar a proteção contra a ação do vírus.

Além disso, caso aconteça um surto, ou seja, quando vários novos casos aparecem em um curto espaço de tempo, as pessoas com maiores risco de desenvolver esta doença podem tomar uma terceira dose.

Como é o caso de pessoas que vivem na região onde algum surto esteja ocorrendo, por exemplo.

Agora que você já sabe como evitar a caxumba e como proteger as outras pessoas dela, você pode ajudar bastante a controlarmos essa doença.

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(Autor)

Discente do curso de enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas, em Minas Gerais. Atuante na Atenção Básica à Saúde na cidade de Alfenas, sobretudo nas áreas de Saúde da Mulher e Cuidados Paliativos. Membro voluntário do projeto de extensão “PaliAB” pela Universidade Federal de Alfenas.Neste projeto, os extensionistas estabelecem uma relação de reciprocidade com os profissionais da Estratégia da Saúde da Família (ESF) e com os pacientes assistidos neste nível de Atenção à Saúde, sob a ótica dos Cuidados Paliativos (CP).Os participantes deste projeto contribuem para melhora na qualidade de vida dos pacientes por meio de planos de cuidados desenvolvidos juntamente com os profissionais das ESFs, para aliviar o sofrimento físico, social, espiritual e psicológico das pessoas e de sua rede de apoio sob CP.Além disso, ela atua no desenvolvimento de pesquisas para aprimorar o conhecimento sobre esta área, publica diversos trabalhos sobre a temática e disponibiliza cursos e cartilhas para os profissionais da ESF e cartilhas para população juntamente com os membros do projeto.Por fim, ela prioriza um cuidado integral, respeitoso e digno tanto às pessoas assistidas pela Atenção Básica quanto aos profissionais que atuam neste nível de assistência à saúde.

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