Chikungunya: Conheça Como Essa Doença Pode se Espalhar

A chikungunya é causada por um vírus que recebe o mesmo nome da doença.

Este vírus invade o corpo humano por meio da picada de mosquitos.

O primeiro caso documentado dessa infecção ocorreu em 1952 na Tanzânia, na África (1).

Hoje em dia, a doença já está presente em mais de 40 países ao redor do mundo.

Neste artigo, você aprenderá a identificar alguns dos sintomas da chikungunya.

Além disso, também saberá como você pode evitar o contágio.

O que a chikungunya pode causar?

De modo geral, a chikungunya pode causar principalmente febre e dores nas articulações (“juntas” entre os ossos) (2). Além disso, pode surgir dor de cabeça, dores musculares, fadiga ou irritação na pele.

Em alguns casos também pode haver mal-estar geral que, inclusive, faz lembrar o quadro de uma gripe.

Raramente alguns sintomas da chikungunya podem ser graves e desencadear complicações.

No entanto, o estudo de casos durante algumas epidemias (isto é, quando vários casos novos surgem em diferentes pontos de um mesmo território) mostrou a possibilidade de certos sintomas atípicos, como problemas neurológicos, no coração, nos rins e até nos olhos, por exemplo (3).

Em geral, os sinais e sintomas da infecção surgem de 3 a 7 dias após a picada do mosquito que carrega o vírus.

Contudo, em alguns casos, as dores nas articulações (“juntas”) podem permanecer por meses ou anos.

Fatores de risco

Existem alguns fatores que aumentam as chances de se desenvolver a forma mais grave (com maior lesão aos órgãos) da chikungunya, por exemplo:

Transmissão da chikungunya

O principal veículo responsável por espalhar essa doença são os mosquitos, por meio de suas picadas.

De modo geral, esses mosquitos pertencem ao gênero (isto é, ao “grupo” de mosquitos) Aedes.

Podendo ser das espécies: Aedes aegypti (que também é vetor, ou “transmissor”, da dengue e da Zika, sendo ambas exemplos de doenças virais) e Aedes albopictus.

Portanto, as medidas que você pode tomar para evitar contrair essa doença devem se concentrar em se proteger da picada do mosquito infectado.

Por isso, ao habitar ou frequentar áreas com grande número de casos, proteja-se usando repelente e vestindo blusa de mangas compridas e calça.

É importante lembrar que esta doença tem um potencial muito significativo para se espalhar globalmente, uma vez que esses mosquitos estão presentes em diversas partes do planeta (4).

O que torna essa doença um problema de saúde pública.

Por isso, medidas tomadas pelo sistema de saúde para controlar a população dos mosquitos também contribuem na prevenção da disseminação dessa e de outras doenças virais.

Quando procurar ajuda médica?

Procure por assistência médica caso tenha febre, dores nas articulações ou outros sintomas que podem se assemelhar aos de uma gripe, principalmente após frequentar regiões suspeitas de casos dessa doença viral.

O médico poderá solicitar exames de sangue, caso seja necessário diferenciar de outras doenças que manifestam sintomas similares, como dengue e Zika.

Tratamento de chikungunya

Ainda não existe um medicamento específico e nem vacina contra esta infecção.

O seu tratamento, na verdade, tem como objetivo controlar os sintomas como dor e febre, utilizando medicamentos como o paracetamol e o ibuprofeno.

Sendo assim, informe também o seu médico, caso já esteja tomando alguma outra medicação, para evitar riscos de interação entre os diferentes remédios.

Além disso, a hidratação e o repouso também podem ajudar na recuperação.

Por fim, observa-se que após a infecção, o corpo pode produzir anticorpos (uma resposta do sistema de defesa do organismo) (5) que podem proteger a pessoa de se infectar de novo pelo vírus da chikungunya.

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(Autor)

Discente do curso de enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas, em Minas Gerais. Atuante na Atenção Básica à Saúde na cidade de Alfenas, sobretudo nas áreas de Saúde da Mulher e Cuidados Paliativos. Membro voluntário do projeto de extensão “PaliAB” pela Universidade Federal de Alfenas.Neste projeto, os extensionistas estabelecem uma relação de reciprocidade com os profissionais da Estratégia da Saúde da Família (ESF) e com os pacientes assistidos neste nível de Atenção à Saúde, sob a ótica dos Cuidados Paliativos (CP).Os participantes deste projeto contribuem para melhora na qualidade de vida dos pacientes por meio de planos de cuidados desenvolvidos juntamente com os profissionais das ESFs, para aliviar o sofrimento físico, social, espiritual e psicológico das pessoas e de sua rede de apoio sob CP.Além disso, ela atua no desenvolvimento de pesquisas para aprimorar o conhecimento sobre esta área, publica diversos trabalhos sobre a temática e disponibiliza cursos e cartilhas para os profissionais da ESF e cartilhas para população juntamente com os membros do projeto.Por fim, ela prioriza um cuidado integral, respeitoso e digno tanto às pessoas assistidas pela Atenção Básica quanto aos profissionais que atuam neste nível de assistência à saúde.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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