A coceira (ou comichão) é o tipo de coisa que incomoda todo mundo em algum momento da vida.
E se você quer saber melhor o que pode estar causando este sintoma, acompanha aqui, pois vou contar pra você os principais motivos.
Além disso, vou contar como você pode tratá-la com várias dicas práticas.
Mas antes, vamos entender melhor sobre o significado de coceira.
O que é coceira?
A princípio, trata-se de um sintoma que se caracteriza como uma sensação irritante e desconfortável que leva ao ato de coçar. Às vezes, pode até se parecer com a percepção de dor, apesar de serem coisas diferentes.
Sendo assim, a coceira pode ser separada em dois grupos:
- Generalizada: acomete o corpo todo
- Localizada: fica restrita a uma região específica do corpo
Embora a coceira na pele seja mais comum, ela também pode ocorrer em regiões como o céu da boca, o ânus ou no canal vaginal.
Por exemplo, pode ser por conta de doenças como rinite alérgica, hemorroida ou candidíase vaginal.
O que pode causar coceira?
A coceira é um sintoma bastante comum e presente em uma grande variedade de doenças e condições de saúde (1).
Por exemplo, algumas das causas incluem:
- Reações alérgicas: a alimentos, picadas de inseto, medicamentos
- Doenças e outras condições de pele: eczemas (dermatites), xerose cutânea (pele seca, ocorrendo com mais frequência a medida que envelhecemos), psoríase, micoses
- Uso de cosméticos, contato com irritantes químicos
- Doenças causadas por parasitas: escabiose, piolhos
- Gravidez
- Doenças relacionadas ao fígado: hepatites, cirrose biliar primária
- Uremia
- Doenças da tireóide
- Alguns tipos de câncer ou associado a tratamentos de câncer
- Doenças que afetam sistema nervoso, como diabetes, herpes zoster
- Queimaduras, cicatrizes, urticária
- Candidíase vaginal
- Hemorróidas
- Anemia por deficiência de ferro ou policitemia vera
Quais sintomas podem ocorrer?
A coceira pode ou não provocar alterações na pele.
Por exemplo, existe uma condição que se chama: prurido sem lesão.
Ou seja, existe o prurido (coceira) mas ela não resulta em alterações na pele.
Já em casos em que surgem alterações na pele, você pode encontrar:
- Pele avermelhada
- Espessamento ou aspecto áspero da pele
- Elevação da região afetada
- Escoriações
- Manchas
- Bolhas
- Pele seca ou rachada
Além disso, podemos ver que praticamente qualquer parte da superfície do corpo pode ser acometida e os sintomas também podem variar em duração e intensidade.
E, geralmente, quanto mais se coça mais as lesões pioram.
Portanto, em alguns casos pode ser desafiador quebrar este ciclo.
Sendo assim, quando a duração ultrapassa 6 semanas, ela recebe o nome de coceira crônica (2).
E um dos problemas relacionados à forte intensidade dos sintomas e duração prolongada é o risco de prejudicar o sono, além de causar ansiedade ou depressão.
Como aliviar coceira?
Felizmente, existem várias formas que você pode tentar para aliviar a coceira (3).
No entanto, considero importante ressaltar que o melhor a se fazer é identificar a causa e tratar a doença que pode estar levando ao surgimento do sintoma.
Assim, você terá maiores chances de obter melhora no longo prazo.
Tendo dito isso, vou para algumas medidas gerais práticas para alívio de curto prazo, por exemplo:
- Evitar o movimento de coçar ao máximo, dando preferência para tapas na região
- Fazer compressa fria na região
- Passar loções hidratantes
- Evitar vestir tecidos que podem ser irritantes
- Tomar banhos mornos
- Passar cremes à base de hidrocortisona ou anti-histamínicos
- Evitar exposição à alta humidade ou muito calor
Quando procurar assistência médica?
A princípio, a maioria dos casos de coceira não costuma ser grave.
Ainda assim, é possível que exista alguma doença que pode fazer uma pessoa necessitar de um tratamento mais específico.
Portanto, quando não houver melhora em até 2 semanas ou quando surgir de modo repentino e sem uma causa aparente, procure por atendimento médico.
Por fim, outras situações para procurar atendimento incluem:
- Se houver prejuízo no sono ou em outras atividades diárias
- Quando acompanhada de perda de peso, febre ou sudorese (suor) durante à noite
William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.
