Os cuidados paliativos são um tipo de tratamento que tem como finalidade principal melhorar a qualidade de vida das pessoas em uma variedade de situações.
Saiba que pessoas de todas as idades podem se beneficiar desses cuidados quando indicados.
Neste artigo você irá aprender o que são os cuidados paliativos.
Além disso, você descobrirá como eles podem ajudar e quais são os seus princípios.
Quais são os cuidados paliativos?
Os cuidados paliativos são os cuidados que visam ao alívio da dor, à prevenção ou minimização do sofrimento. Têm como propósito a melhora na qualidade de vida de pessoas com doenças crônicas graves e que ameaçam a continuidade da vida. Além disso, provêm suporte para os familiares ao longo do processo todo, inclusive, quando for o caso, além do término da vida do ente adoecido (1).
Esses cuidados são considerados holísticos, pois atuam em todos os âmbitos que compõem o ser humano (físico, emocional, espiritual, familiar e social) (2).
Vale lembrar que eles não se limitam apenas às pessoas que estejam no fim da vida, uma vez que podem ser aplicados já na ocasião do diagnóstico de certas doenças.
Além disso, também podem ser associados ao tratamento curativo.
Pois eles são eficazes para controlar os sintomas de desconforto, seja por conta da própria doença ou como efeito colateral do tratamento.
Alguns sintomas (3) quem podem ser aliviados incluem:
- Dor
- Dispneia (sensação de falta de ar)
- Náuseas e vômitos
- Cuidados com feridas
- Constipação (prisão de ventre)
- Anorexia (perda ou diminuição de apetite)
- Dificuldade para dormir
- Sintomas ansiosos ou depressivos
- Delirium (tipo de confusão mental)
Assim sendo, eles podem acompanhar todo o curso da doença até o momento da morte de uma pessoa.
Vale lembrar ainda que eles também proporcionam um suporte ao luto da família e dos amigos do ente querido, no caso de término de vida.
Portanto, podemos ver que esse cuidado integral é respeitoso, digno e valoriza a vida.
Principalmente pelo fato de serem humanizados.
Contudo, para que eles aconteçam de forma genuína, seguem alguns princípios:
Princípios dos cuidados paliativos
- Promover o alívio da dor e também de outros sintomas desagradáveis
- Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal da vida
- Não acelerar nem adiar a morte, ou seja, priorizar a ortotanásia (morte natural)
- Integrar aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente
- Melhorar a qualidade de vida e, além disso, influenciar de forma positiva no curso da doença
- Ofertar um suporte que auxilie o paciente a viver tão ativamente quanto possível, até à chegada de sua morte
- Oferecer uma assistência aos familiares durante a doença do paciente
- Abordagem multiprofissional para focar nas necessidades dos pacientes e seus familiares, incluindo o acompanhamento do luto pelo tempo que for preciso
- Iniciá-lo o mais precocemente possível, junto a outras medidas de prolongamento da vida como a quimioterapia em casos de tratamento para os cânceres
- Compreender e controlar situações clínicas estressantes
Quem pode oferecer esse tratamento paliativo?
Para que todas as esferas (física, emocional, espiritual, familiar e social) sejam assistidas, é preciso que haja uma equipe multiprofissional capacitada.
Em outras palavras, uma equipe articulada composta por profissionais de diferentes áreas é fundamental para exercer este tipo de cuidado.
Essa equipe pode ser composta (4) por:
- Médico
- Enfermeiro
- Nutricionista
- Psicólogo
- Fisioterapeuta
- Dentista
- Farmacêutico
- Terapeuta ocupacional
- Fonoaudiólogo
- Serviço social
- Conselheiros religiosos ou espirituais
E onde esta equipe pode atuar?
As pessoas elegíveis aos cuidados paliativos podem recebê-los em diferentes lugares, por exemplo:
- Na própria casa
- Hospital
- Hospice (instituições especializadas para oferecer cuidados paliativos)
- Casas de repouso
- Clínicas especializadas
Acima de tudo, este grupo visa atender às necessidades do paciente, além de acolher a sua família e construir uma rede de apoio para ela.
Aliás, saiba que, em alguns casos, pessoas com doenças graves que receberam cuidados paliativos puderam até viver por mais tempo do que aquelas que não receberam.
Lembre-se também que muitos profissionais de saúde podem ter dificuldade de oferecer este cuidado, pela complexidade do tema (5).
Portanto, ao ser diagnosticado por qualquer doença crônica grave, não deixe de solicitar esses cuidados.
Quem pode se beneficiar?
Em princípio, qualquer pessoa que possua uma doença grave, que possa apresentar risco de vida e cujo desconforto dos sintomas (tanto da doença quanto do efeito colateral do tratamento) gera muito sofrimento, pode desfrutar destes cuidados.
Como, por exemplo (6):
- Câncer
- Doenças cardíacas, como por exemplo, insuficiência cardíaca congestiva
- Doença pulmonar obstrutiva crônica
- AIDS
- Síndromes demenciais
- Doença de Alzheimer
- Mal de Parkinson
- Esclerose múltipla
- COVID-19
- Anemia falciforme
- Dentre outras
Embora o tratamento paliativo em idosos seja mais comum, pessoas de qualquer faixa etária podem receber estes cuidados.
Isso se dá porque eles priorizam a pessoa doente e não apenas a doença ou a possível proximidade com o fim da vida.
Portanto, não deixe de compartilhar esse conhecimento que você está adquirindo sobre os cuidados paliativos.
Afinal, eles podem beneficiar mais pessoas, e até famílias, que podem vir a passar por situações de grande sofrimento.
