Você já ouviu falar em difteria? Ela também é conhecida como crupe.
No Brasil, ao longo dos primeiros 9 meses de 2020, houve registro de apenas dois casos confirmados dessa condição (1).
Com isso, é possível observar que, hoje em dia, essa doença é muito rara no país.
Apesar de ser rara, saiba que é uma condição grave e que pode levar à morte.
Mas afinal, o que é difteria?
Nesse artigo você vai aprender o que é e quais são os sintomas dessa doença.
Além disso, vai ler sobre a causa e as complicações que ela pode trazer.
Qual é a causa da difteria?
A difteria é uma infecção bacteriana grave causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae. Essa bactéria, em geral, afeta as membranas mucosas (um tipo de tecido que reveste a parte interna) do nariz e da garganta. Além disso, existe um segundo tipo de difteria que é a cutânea (na pele) (2). Nesses casos, o agente causador da doença é a bactéria Corynebacterium ulcerans.
Sintomas de difteria (3)
- Uma espécie de membrana (placa) espessa de cor cinza cobrindo a garganta
- Dor de garganta
- Rouquidão
- Febre
- Calafrios
- Secreção nasal
- Dificuldade de respirar
- Aumento dos linfonodos ou gânglios linfáticos (“ínguas” no pescoço)
Já no caso da difteria cutânea, os sintomas são feridas na pele cobertas por uma membrana cinza.
Por fim, vale ressaltar que algumas pessoas podem estar infectadas pela bactéria mas não expressarem nenhum sintoma da doença.
Ainda assim, essas pessoas podem transmitir a condição para outras.
Transmissão da difteria
A principal forma de transmissão da bactéria que causa difteria é através de gotículas de saliva no ar.
Ou seja, quando uma pessoa doente tosse ou espirra, pode espalhar essas bactérias pelo ar.
Assim sendo, as pessoas próximas podem inalar essa bactéria e desenvolver a doença.
Além disso, no caso da difteria cutânea, a contaminação também pode se dar no contato direto com a ferida causada pela doença.
Prevenção
Em princípio, a principal forma de prevenção é a vacinação.
Hoje em dia, essa é uma doença rara principalmente em países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
No Brasil, por exemplo, os números de casos tiveram uma queda muito grande a partir dos anos 90.
Isso porque a cobertura da vacina contra difteria, tétano e coqueluche (dTp) aumentou muito.
A vacinação contra essa doença pode ser feita gratuitamente no Brasil, através do Sistema Único de Saúde (SUS), seguindo as seguintes orientações (4):
- Bebês: no segundo, quarto e sexto mês de vida
- Crianças: ao primeiro e quarto ano de vida
- Adolescentes: dos dez aos dezenove anos
- Gestantes: a cada nova gestação
Tratamento
De modo geral, o tratamento dessa infecção é feito através do uso de antibióticos (penicilina ou eritromicina).
Esses medicamentos têm como objetivo matar as bactérias no corpo e eliminar a infecção.
Além disso, o médico pode solicitar um tratamento com uma antitoxina (que é uma substância que vai neutralizar a toxina da bactéria)
Por fim, lembre-se de que a difteria é uma doença grave que pode levar a complicações muito sérias.
Complicações
Em primeiro lugar, é importante entender que a toxina (substância tóxica produzida pela bactéria) da difteria pode se espalhar pelo sangue e danificar outros tecidos do corpo.
Por isso, alguns órgãos e tecidos podem sofrer com essa infecção, por exemplo (5):
- Coração: pode sofrer com inflamações no músculo cardíaco (miocardite), o que pode causar insuficiência do órgão
- Nervos: a condução de sinais pode ser prejudicada. O sintoma vai depender de qual nervo foi afetado. Por exemplo, danos nos nervos responsáveis pela respiração vão causar dificuldade para respirar