Você já ouviu falar na dislexia?
De maneira geral, trata-se de um distúrbio de aprendizagem que envolve dificuldade na escrita e leitura.
Ou seja, a dislexia afeta áreas do cérebro que tem ligação com o processamento da linguagem.
Nesse artigo, você vai aprender mais sobre dislexia e quais são os sinais desse distúrbio.
Além disso, vamos falar sobre o por que da dificuldade na leitura e sobre como lidar com essa condição.
Qual a causa da dislexia?
Por enquanto, as causas da dislexia não são completamente esclarecidas. No entanto, acredita-se que tenha relação direta com carga genética, ou seja, com certos genes que afetam a forma como o cérebro processa a leitura e linguagem.
Por isso, podemos dizer que a dislexia é hereditária (*).
Ou seja, é uma condição associada a família e que pode passar dos pais para os seus filhos.
Como esse distúrbio influencia na leitura?
Como já vimos, a dislexia é uma condição neurológica, ou seja, tem relação com o cérebro.
De maneira geral, podemos dizer que o cérebro de pessoas com dislexia funciona de maneira diferente das pessoas sem essa condição (*).
Por exemplo, ao ler ou escrever, algumas áreas do nosso cérebro são “ativadas” para que possamos compreender essas palavras.
No entanto, em pessoas disléxicas, essas “ativações” no cérebro acontece de maneira diferente.
Assim, pode haver dificuldade na maneira como essas pessoas identificam os sons da fala, as letras e as palavras.
Quais são os sintomas de dislexia?
Em primeiro lugar, é importante saber que os sinais desse distúrbio podem ser difíceis de reconhecer.
Além disso, a gravidade dos sintomas também pode variar.
De maneira geral, os sintomas mais comuns são (*,*):
- Leitura abaixo do nível esperado para a idade
- Dificuldade em identificar diferenças entre letras e palavras
- Dificuldade para aprender o nome das letras
- Trocar as letras ao escrever ou falar algumas palavras (confundir os sons)
- Problemas para escrever
- Dificuldade em pronunciar palavras
- Problemas para interpretar e entender textos
Além desses sintomas que afetam de forma direta a leitura e a escrita, pessoas com dislexia podem apresentar outros sinais, por exemplo (*):
- Evitar atividades que envolvam a leitura
- Mal desempenho escolar
- Baixa autoestima
- Isolamento
- Desinteresse nos estudos
- Evasão escolar
- Desvios de comportamento
- Ansiedade e depressão
Dislexia tem cura?
Por se tratar de uma condição ligada ao cérebro, não existe tratamento para correção da dislexia.
Portanto, não existe cura.
No entanto, a avaliação e intervenções precoces podem diminuir as dificuldades na leitura.
Por isso, essas intervenções vão focar na construção de vocabulário, compreensão das palavras e fonética (sons da fala).
Por isso, procure ajuda se perceber que o nível de leitura do seu filho está abaixo do esperado para a idade ou se notar outros sintomas de dislexia.
Em crianças e adolescentes, o reforço escolar pode ajudar nas dificuldades.
Além disso, lembre-se que em alguns casos, o distúrbio só é identificado na vida adulta, mas nunca é tarde para começar um tratamento.
De maneira geral, o acompanhamento para pessoas disléxicas vai contar com a ajuda de diversos profissionais como médicos, psicólogos e fonoaudiólogos.
Graduanda em enfermagem pela Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB - UNESP). Entrei na faculdade movida pela paixão e vocação de cuidar e ajudar as pessoas.Aqui no Vitalismo, tive oportunidade de alcançar e ajudar muitas pessoas além de meus pacientes.Desde o início da faculdade, minha área de interesse e vocação é a saúde da mulher (ginecologia e obstetrícia). Por isso, sempre estive envolvida em projetos de iniciação científica e de extensão que abordassem essa temática.Já fui presidente da liga de ginecologia da UNESP, organizei eventos e simpósios sobre o tema.Atualmente sou coordenadora do projeto Papo de Parto, em parceria com a UNESP e PROEX. Além disso, se você estiver em algum evento de ginecologia e obstetrícia, pode me procurar pois estarei lá!
William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.
