Distimia ou Depressão? Descubra Agora a Diferença

Você sabe o que é distimia?

Esta condição de saúde mental também recebe o nome de ‘transtorno depressivo persistente’.

De modo geral, ele se desenvolve de forma precoce, podendo ser na infância, adolescência ou início da idade adulta.

Além disso, traz grande sofrimento para quem é diagnosticado com ele.

Mas afinal, você já ouviu falar sobre distimia?

Neste artigo você poderá compreender melhor sobre como ela funciona.

Quais são as causas da depressão persistente?

A causa da distimia (ou depressão persistente) ainda não é bem conhecida. No entanto, há diferentes fatores que aumentam as chances de desenvolvimento desse transtorno. Por exemplo, pessoas que passaram pela perda ou separação dos pais na infância ou que possuem parentes de primeiro grau que tenham distimia podem ter maior risco de desenvolver esta mesma condição.

Qual a diferença entre depressão maior e distimia?

Primeiramente, é importante esclarecer que o termo “depressão”, no senso comum, costuma se referir ao ‘transtorno depressivo maior’.

Em geral, a depressão é um transtorno que se caracteriza por sentimentos de tristeza ou de “vazio” que podem ser bem intensos.

Por conta disso, afetam o desempenho da pessoa em várias áreas da vida, como escola, trabalho e lazer.

Por outro lado, a distimia é um transtorno em que os sintomas depressivos duram por muito tempo, sem melhora.

Seus sintomas geralmente se manifestam de forma mais “leve” e são mais duradouros, ocorrendo de forma crônica (ao longo de vários anos).

Já no ‘transtorno depressivo maior’ os sintomas se mostram mais intensos, porém costumam se manifestar por um período menor de tempo (de meses a poucos anos).

Mesmo assim, o ‘transtorno depressivo persistente’ (ou distimia) possui a maioria dos sintomas iguais ao do ‘transtorno depressivo maior’.

De qualquer modo, tanto a depressão como a distimia podem se desdobrar de diferentes formas, pois são processos muito complexos, sendo essas apenas algumas das principais diferenças.

Então como identificar a distimia?

Como saber se tenho distimia

Existe um conjunto de sintomas e critérios que um profissional da área de saúde pode identificar para suspeitar de um quadro de distimia.

Desse modo, os sinais e sintomas de distimia podem incluir:

  • Humor depressivo que acontece na maior parte do dia e na maioria dos dias por pelo menos dois anos
  • Ter no mínimo dois sintomas como apetite diminuído ou alimentação em excesso, insônia, baixa energia, baixa autoestima, falta de concentração, dificuldade em tomar decisões e sentimento de desesperança
  • Não acontecer períodos maiores do que dois meses sem os sintomas
  • O motivo dos sintomas não é nenhum outro transtorno ou doença e nem por uso de medicamentos e outras substâncias como drogas
  • Os sintomas causam grande prejuízo no meio social, profissional e várias áreas da vida da pessoa

Além disso, no caso de crianças e adolescentes é normal o humor irritável e os sintomas devem permanecer por no mínimo um ano.

Por fim, é importante destacar que a avaliação de qualquer transtorno sempre deve ser feita por um profissional qualificado.

Portanto, para saber se os sintomas depressivos consistem em uma distimia é importante procurar consultar um médico ou psicólogo para realizar uma avaliação.

Considerações finais

A distimia afeta vários aspectos da vida da pessoa, principalmente pela sua longa duração.

Nesse sentido, a pessoa não consegue desenvolver bem suas funções escolares, profissionais e suas relações pessoais, sentindo um grande sofrimento.

Além disso, assim como em alguns outros transtornos, ela está associada a alto risco de suicídio.

Sendo assim, não deixe de incentivar um amigo ou familiar a buscar ajuda se identificar alguma possibilidade dessa pessoa ter distimia.

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Olá! Meu nome é Sandy Rodrigues, sou estudante de psicologia na Universidade Federal Fluminense (UFF) com previsão de formação para o segundo semestre de 2023. Faço parte como voluntária de um projeto de extensão que pesquisa sobre a saúde de professores, nesse projeto são realizadas entrevistas que visam entender a dinâmica de trabalho e buscar meios de melhorar a saúde desse trabalhador. Também sou bolsista de iniciação científica para desenvolvimento de aplicativos para estimulação cognitiva de idosos e crianças. Além disso, tenho diversos cursos extracurriculares na área de psicologia, como o III curso introdutório da liga acadêmica de autismo da UNIFESP e o de Neuropsicofarmacologia da LiFaC - UFF, sempre em busca de mais conhecimento a fim de me tornar uma profissional ética e comprometida. Para além da faculdade, passo meu tempo me arriscando na confecção de bolos e procurando o passatempo perfeito (séries e livros têm sido boas escolhas). Atualmente escrevo para o Vitalismo com o intuito de contribuir com a disseminação de informações seguras e acessíveis, levando maior conhecimento para as pessoas a respeito de diversos temas que atravessam a psicologia.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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