DIU: O Que é? Como ele Funciona? Quais as suas Vantagens?

Provavelmente você já ouviu falar do DIU, não é mesmo?

Isso porque ele é uma ótima opção como método contraceptivo. Sua sigla significa Dispositivo Intrauterino.

Mas, afinal, você sabe como ele funciona e como previne a gravidez?

Primeiramente, nesse artigo você vai entender o mecanismo dele no organismo da mulher, suas indicações e possíveis riscos.

Além disso, também verá os tipos de DIU e suas características.

Por fim, vamos aprender sobre a eficácia desse dispositivo e como funciona sua colocação.

Quanto custa para colocar o DIU?

Atualmente, é possível colocar o DIU de forma gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde, no Brasil). Para isso, deve-se realizar uma consulta no posto de saúde para o médico avaliar essa possibilidade. Porém, você também pode optar por colocar em um médico particular. Nesse caso, o valor é a soma do preço do dispositivo e a mão de obra do profissional. O dispositivo pode custar de R$100,00 até R$1.500,00 reais e a colocação varia de acordo com o médico escolhido.

O que é o DIU?

Antes de mais nada, a sigla significa Dispositivo Intrauterino.

De maneira geral, é uma estrutura de plástico em forma de “T” que é inserida dentro do útero.

De acordo com o tipo do DIU, ele age na região de forma diferente e previne a gravidez.

Qual a vantagem desse método contraceptivo?

  • Não precisa trocar com frequência
  • Pode ser removido a qualquer momento
  • Não depende do parceiro
  • Elimina as chances de esquecimento (de anticoncepcionais orais)
  • Pode usar durante a amamentação

No entanto, é importante lembrar que esse método não protege contra as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)

Quais são os tipos?

Atualmente, existem o DIU de cobre, prata ou do hormônio Levonorgestrel (cuja marca mais comum é o Mirena) (1).

Nesse artigo, vamos nos aprofundar mais no de cobre (2) e no Mirena.

Para isso, vamos explicar como eles agem no corpo e quais suas indicações.

DIU de cobre

Nesse formato, o dispositivo é em forma “T”, é de plástico e tem um fio de cobre enrolado ao seu redor.

Uma vez dentro do útero, o cobre faz uma inflamação na região, que é tóxica para os espermatozoides e óvulos.

Dessa forma, ele previne a gravidez.

Por não conter hormônios, é a melhor opção para mulheres que sofrem com efeitos de tratamento hormonal.

Como por exemplo, dores de cabeça, alterações de humor, diminuição da libido, etc.

E então, por quanto tempo a mulher pode ficar com esse dispositivo?

Esse dispositivo pode ficar na mulher por até 10 anos.

Riscos

O uso do DIU de cobre pode apresentar alguns riscos para as mulheres.

Eles podem incluir:

  • Sangramento fora do período menstrual
  • Cólicas intensas
  • Aumento do fluxo menstrual

DIU Mirena

Essa opção utiliza o método de contracepção hormonal.

Para isso, dentro do útero, o Mirena libera quantidades controladas do hormônio progesterona.

Por isso, ele consegue prevenir a gravidez de duas formas:

  • Engrossando o muco no colo do útero, impedindo que o espermatozóide alcance o óvulo
  • Afinando a camada interna do útero

Diferentemente do DIU de cobre, essa opção pode ficar no corpo por até 5 anos.

Ele é indicado em diversos casos. Como por exemplo, se você tem ou teve algumas dessas condições:

  • Sangramento menstrual intenso
  • Endometriose (presença da camada que reveste o útero fora do útero)
  • Miomas (tipo de tumor benigno dentro do útero)
  • Anemia
  • Cólicas intensas

Por fim, os riscos do Mirena estão relacionados com o hormônio presente nele.

Eles podem incluir:

  • Dor de cabeça
  • Acne
  • Sangramento irregular
  • Mudanças de humor
  • Dores nos seios

Como é o procedimento para colocar o DIU?

Tanto o DIU de cobre, bem como o Mirena são colocados do mesmo jeito.

Em primeiro lugar, o médico vai inserir um instrumento que abre a cavidade vaginal (espéculo).

Depois, vai colocar o dispositivo em um tubo aplicador.

E então, vai inserir esse tubo dentro da vagina.

Por fim, o dispositivo vai ser colocado de forma cuidadosa no útero.

Durante esse procedimento, é normal que você sinta alguns sintomas.

Como por exemplo, tontura, náuseas, dores e pressão baixa.

O que fazer depois do procedimento?

Cerca de um mês após a colocação do DIU, o médico vai avaliar se ele não se moveu e se não apresenta sinais de infecção.

Além disso, durante o uso do dispositivo, é importante procurar o médico se:

  • Apresentar qualquer sintoma de gravidez
  • Tiver sangramento vaginal intenso
  • Tiver corrimento vaginal com cheiro forte
  • Apresentar dor abdominal muito forte
  • Tiver febre
  • For exposta a alguma IST

Qual a eficácia do DIU?

A taxa de gravidez com uso do DIU é inferior a 1% (3). Por isso, é um método com grande eficácia para prevenir a gravidez.

Por fim, é importante lembrar que é contra-indicado o uso caso já esteja grávida ou quando houver sangramento vaginal sem causa conhecida.

Além disso, não se deve utilizá-lo em mulheres com comportamento de risco para terem IST (4).

Este artigo te ajudou?

Graduanda em enfermagem pela Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB - UNESP). Entrei na faculdade movida pela paixão e vocação de cuidar e ajudar as pessoas.Aqui no Vitalismo, tive oportunidade de alcançar e ajudar muitas pessoas além de meus pacientes.Desde o início da faculdade, minha área de interesse e vocação é a saúde da mulher (ginecologia e obstetrícia). Por isso, sempre estive envolvida em projetos de iniciação científica e de extensão que abordassem essa temática.Já fui presidente da liga de ginecologia da UNESP, organizei eventos e simpósios sobre o tema.Atualmente sou coordenadora do projeto Papo de Parto, em parceria com a UNESP e PROEX. Além disso, se você estiver em algum evento de ginecologia e obstetrícia, pode me procurar pois estarei lá!

Este artigo não possui comentários
      Deixe seu comentário

      O seu endereço de email não será publicado.