DSTs: Por Que Tomar Cuidados nas Relações Sexuais?

DSTs é a sigla que se refere às Doenças Sexualmente Transmissíveis.

Muitas fontes também passaram a adotar a sigla ISTs que significa: Infecções Sexualmente Transmissíveis.

Isso porque há muitas pessoas que possuem as infecções e que são capazes de transmiti-las por meio de contato sexual, mesmo sem apresentar nenhum sinal ou sintoma.

Aliás, vale lembrar que o contato sexual inclui as formas de sexo vaginal, anal e oral.

Apesar de estimativas de 18,9 milhões de registros de casos novos nos EUA por ano (1), ainda não se pode afirmar a quantidade exata de pessoas com este tipo de doença.

Principalmente porque nem todas as pessoas manifestam sintomas e muitas não procuram ajuda e, portanto, esses casos não são registrados.

O que pode dificultar o diagnóstico e também o controle da transmissão na população.

Neste artigo você conhecerá quais os tipos de DSTs que conhecemos.

Além disso, saberá quais as possíveis causas que podem desencadear essas condições.

Quais são os tipos de DSTs?

As diferentes doenças que se originam por este tipo de transmissão variam a depender da causa que as provocaram.

Por isso, os tipos de DSTs incluem, por exemplo:

Além disso, saiba que há muitas outras doenças que também fazem parte das ISTs.

Por exemplo: as hepatites A, B e C, a Giardia intestinalis (causa de giardíase) e a Shigella (bactéria que pode desencadear diarreia).

De modo geral, os agentes causadores dessas doenças são passados de “pessoa para pessoa”.

Isso pode acontecer por meio de qualquer contato sexual que envolva a boca, a vagina, o pênis ou o ânus.

Mas, às vezes, a transmissão também pode ocorrer de maneira não sexual, por exemplo, nos casos em que ocorre de mãe para filho durante a gravidez ou durante o parto.

Por fim, aí vai uma curiosidade, mas bastante importante!

Usar anticoncepcionais (em pílulas ou injetáveis) não protege contra nenhuma DST.

Isso apenas auxilia no controle de natalidade, isto é, evita que a mulher possa engravidar.

Portanto, não é adequado pensar que os anticoncepcionais podem fazer o mesmo papel dos preservativos (como a camisinha) (2).

Fatores de risco

Em princípio, alguns fatores podem indicar que há maiores riscos de se contrair DSTs, os quais incluem:

  • Não usar preservativo durante a relação sexual
  • Não trocar de preservativo ao mudar do sexo vaginal para o sexo anal ou vice-versa
  • Ter um histórico na família com infecções sexualmente transmissíveis
  • Ter múltiplos parceiros sexuais
  • Consumir álcool ou drogas ilícitas (pois aumentam as chances de tomar uma decisão inconsequente)
  • Compartilhar agulhas (para injetar drogas)
  • Ser homem que usa medicamentos para tratar a disfunção erétil
  • Ser jovem, pois metade das pessoas diagnosticadas com alguma IST têm entre 15 e 24 anos

Sintomas de DSTs

Os sinais e sintomas de DSTs podem variar bastante conforme a doença e as pessoas que são afetadas, inclusive, não necessariamente eles estão presentes em todos.

O que dificulta o controle dessas doenças na população como um todo.

Mesmo assim, de modo geral, há alguns sinais e sintomas que podem levantar a suspeita para a presença de alguma IST. Por exemplo:

  • Febre
  • Alterações como verrugas, nódulos (“caroços”), feridas ou inchaços nos órgãos genitais ou nas regiões da boca, do ânus e nos seus entornos
  • Dor durante a relação sexual
  • Dor ou queimação ao urinar
  • Corrimento vaginal com odor desagradável
  • Sangramento vaginal diferente do comum
  • Irritação, vermelhidão ou coceira na região íntima (podendo ser na vagina, no pênis ou no ânus)
  • Erupção cutânea (“machucados” na pele)
  • Icterícia (a pele, as mucosas e a porção branca do olho ficam amarelados)
  • Perda de peso involuntária
  • Diarreias
  • Suores noturnos

Por fim, vale lembrar que os sintomas podem se manifestar desde dias ou até anos após a exposição do agente causador da DST.

Quando procurar ajuda médica?

Se você é sexualmente ativo e pode ter se exposto a uma situação de risco, como ter relação sexual desprotegida ou ter múltiplas parcerias sexuais, é recomendável que você informe o seu médico (3).

Muitos sintomas de diferentes ISTs podem ser confundidas com situações clínicas que são comuns em outras doenças sem relação com contato sexual e vice-versa.

Portanto, é importante que você passe por uma avaliação médica para verificar os seus riscos e receber a melhor orientação para a sua situação.

Sabemos que algumas barreiras culturais podem dificultar a procurar por ajuda. 

No entanto, tente se lembrar de que isso poderá diminuir os seus riscos e de outras pessoas com quem você se relaciona.

Por exemplo, há casos em que é possível receber um tratamento preventivo, quando houve algum tipo de exposição recente e de alto risco para infecção por HIV.

Nesse sentido, iniciar um tratamento o mais rápido possível ajuda a aumentar as chances de prevenir complicações não desejáveis e que podem ter risco de morte.

Além disso, o tratamento de infecções também ajuda a diminuir a transmissão entre as pessoas na comunidade.

Por fim, se você for praticar atividade sexual pela primeira vez ou se pretende ter contato sexual com um(a) novo(a) parceiro(a), é recomendável que você também consulte um médico.

Com isso, um melhor controle das DSTs poderá ser alcançado na população toda.

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(Autor)

Discente do curso de enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas, em Minas Gerais. Atuante na Atenção Básica à Saúde na cidade de Alfenas, sobretudo nas áreas de Saúde da Mulher e Cuidados Paliativos. Membro voluntário do projeto de extensão “PaliAB” pela Universidade Federal de Alfenas.Neste projeto, os extensionistas estabelecem uma relação de reciprocidade com os profissionais da Estratégia da Saúde da Família (ESF) e com os pacientes assistidos neste nível de Atenção à Saúde, sob a ótica dos Cuidados Paliativos (CP).Os participantes deste projeto contribuem para melhora na qualidade de vida dos pacientes por meio de planos de cuidados desenvolvidos juntamente com os profissionais das ESFs, para aliviar o sofrimento físico, social, espiritual e psicológico das pessoas e de sua rede de apoio sob CP.Além disso, ela atua no desenvolvimento de pesquisas para aprimorar o conhecimento sobre esta área, publica diversos trabalhos sobre a temática e disponibiliza cursos e cartilhas para os profissionais da ESF e cartilhas para população juntamente com os membros do projeto.Por fim, ela prioriza um cuidado integral, respeitoso e digno tanto às pessoas assistidas pela Atenção Básica quanto aos profissionais que atuam neste nível de assistência à saúde.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

1 Comentário
  1. Avatar

    mestres do bitcoin 3.0

    24 de junho de 2021 às 16:49

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