Talvez você já tenha ouvido falar em embolia pulmonar ou trombose pulmonar.
Isso porque, é um problema de saúde muito comum, especialmente em pessoas com idade mais avançada e em hospitalizados (1).
Mas afinal, o que acontece com o pulmão nessa condição?
Nesse artigo você vai entender o que é a embolia pulmonar e as suas causas.
Além disso, vamos apresentar os sintomas que podem aparecer e como se prevenir.
O que ocasiona uma embolia pulmonar?
Em geral, a obstrução que caracteriza a embolia pulmonar é causada por coágulos (sangue semi sólido que se parece com gel) que vem das veias das pernas. Além disso, esses coágulos também podem vir de outras partes do corpo como consequência da trombose venosa profunda (TVP).
Além dos coágulos, outras coisas (2) também podem ocasionar o bloqueio dessas artérias, como por exemplo:
- Gordura (em geral, vindo da medula óssea)
- Partes de tumores
- Bolhas de ar
O que é a embolia pulmonar?
A embolia pulmonar, também conhecida como trombose pulmonar, é a obstrução das artérias pulmonares.
Ou seja, ocorre o bloqueio de um ou mais vasos que conduzem o sangue do coração para os pulmões.
Como dito anteriormente, esse bloqueio acontece, em geral, por trombos que se deslocam de outra parte do corpo até esses vasos do pulmão.
Esse processo de deslocamento também recebe o nome de embolização.
Como o trombo embolizado bloqueia algum ponto da artéria pulmonar, ocorre uma interrupção do fluxo de sangue para o pulmão.
Assim, sem receber o sangue necessário, o tecido do pulmão afetado começa a morrer, perdendo sua função.
Por isso, essa é uma complicação de saúde muito grave que pode levar à morte.
No entanto, a identificação rápida dos sintomas, e o tratamento imediato reduzem os casos fatais.
Sintomas de embolia pulmonar
Os sintomas dessa complicação podem variar muito (3).
Isso porque, vai depender de fatores como o tamanho da região do pulmão afetada, a quantidade de coágulos (trombos) e a presença de outras doenças associadas.
Mas no geral, os sintomas observados podem ser:
- Falta de ar
- Dor no peito
- Tosse
- Dificuldades para respirar fundo
- Batimento cardíaco acelerado
- Tontura
- Febre
- Palidez
- Dor ou inchaço nas pernas
- Suor excessivo
Como já foi dito antes, a embolia pulmonar é muito grave e por isso, você deve saber quando procurar ajuda.
Quando procurar por assistência médica?
Procure ajuda profissional se você sentir falta de ar súbita, dor no peito e qualquer outro sintoma listado acima.
No entanto, caso não consiga pedir ajuda sozinho, é importante tentar procurar outra pessoa que possa ligar para o serviço de emergência para você.
No Brasil, você pode ligar para o SAMU pelo número 192, em caso de emergência.
Apesar de todo mundo estar sujeito a formação de coágulos, alguns fatores podem aumentar esse risco.
Vamos conhecê-los.
Fatores de risco (4)
- Histórico familiar de coágulos e embolia pulmonar
- Insuficiência cardíaca
- Imobilidade física (exemplo: ficar muito tempo parado em uma viagem longa)
- Excesso de peso
- Ficar muito tempo sentado (trabalhando ou em casa)
- Alguns tipos de câncer
- Ter passado por cirurgias previamente
- Problemas de coagulação
- Fumar
Apesar de grave, a embolia pulmonar tem tratamento
Tratamento
A princípio, o tratamento de emergência é evitar a morte e complicações graves.
Além disso, o tratamento vai impedir que o coágulo aumente e que haja a formação de novos coágulos (5,6).
Alguns medicamentos estão envolvidos nesse processo, como por exemplo:
- Anticoagulantes (“afinadores de sangue”) : Evitam que os coágulos aumentem e que novos se formem
- Trombolíticos (“dissolventes de coágulos”): Ajudam o corpo a dissolver os coágulos mais rapidamente
Ainda assim, outros procedimentos podem ser realizados a depender do caso.
Por fim, vamos ver como você pode prevenir essa complicação.
Prevenção
Alguns indivíduos possuem maior risco de desenvolverem coágulos dentro das veias do corpo.
Nestes casos, a prevenção da embolia pulmonar pode ser realizada com medidas que minimizem o tempo que se fica inativo (7).
Portanto, é fundamental que se evite passar muito tempo sentado em viagens de longa distância (como em voos), procurando se movimentar a cada 2 horas.
Além disso, recomenda-se fazer exercícios envolvendo as pernas e manter-se ativo ao longo do dia.
Uma outra técnica que pode auxiliar é o uso de meias ou dispositivos de compressão para serem usados nas pernas.
Dependendo do risco, o médico pode associar o uso de medicamentos anticoagulantes para prevenção.
Em situações de mais alto risco, existe ainda a possibilidade de se considerar (8) uma cirurgia para se colocar um filtro na veia (cava inferior).
Por isso, se você suspeita que pode ter este problema, não deixe de fazer um acompanhamento com um profissional.
Isto será importante para determinar um melhor cuidado para o seu caso.
Graduanda em enfermagem pela Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB - UNESP). Entrei na faculdade movida pela paixão e vocação de cuidar e ajudar as pessoas.Aqui no Vitalismo, tive oportunidade de alcançar e ajudar muitas pessoas além de meus pacientes.Desde o início da faculdade, minha área de interesse e vocação é a saúde da mulher (ginecologia e obstetrícia). Por isso, sempre estive envolvida em projetos de iniciação científica e de extensão que abordassem essa temática.Já fui presidente da liga de ginecologia da UNESP, organizei eventos e simpósios sobre o tema.Atualmente sou coordenadora do projeto Papo de Parto, em parceria com a UNESP e PROEX. Além disso, se você estiver em algum evento de ginecologia e obstetrícia, pode me procurar pois estarei lá!
