Endometriose: O Que É? Quais os Sintomas? Tem tratamento?

É provável que você já tenha ouvido falar de endometriose.

Isso porque é uma doença comum entre as mulheres.

Mas você sabe o que causa a endometriose?

Nesse artigo, você vai entender o que é, quais são seus sintomas e o que ela pode causar.

Além disso, verá como se dá o diagnóstico e como funciona o tratamento.

O que a endometriose pode causar?

A endometriose pode causar dor na região da pelve e aumento do fluxo menstrual. Além disso, está relacionada a alterações intestinais ou gástricas durante a menstruação, dor durante ou após relação sexual, dificuldade para engravidar e infertilidade.

Outros sintomas que podem aparecer são:

  • Cólicas menstruais dolorosas
  • Dor ao evacuar e urinar durante a menstruação
  • Fadiga
  • Sangramento fora do período menstrual
  • Sangramento retal durante a menstruação

Além dos sintomas, é importante mencionar que pessoas que possuem esta doença também têm um risco aumentado de desenvolver câncer de ovário (1).

Por fim, para entender o porquê desses sintomas, é importante saber a definição de endometriose.

O que é endometriose?

Em geral, essa doença se caracteriza pela presença de endométrio fora do útero.

Ficou confusa? Calma.

Primeiramente, chamamos de endométrio o tecido que reveste o interior do útero.

Esse tecido muda de espessura durante o mês, de acordo com as fases do ciclo menstrual.

Por isso, ele fica espesso para que haja implantação do óvulo fecundado.

Então, quando não há fecundação, o endométrio se descama e é expelido pelo corpo na menstruação.

Porém, a teoria mais aceita é a de que células desse tecido migram para outros lugares durante a menstruação (2).

Então, essas células do endométrio, que estão em outras cavidades, podem crescer, causando a endometriose.

Alguns locais onde essas células podem se acumular são:

  • Nos ovários ou sobre eles
  • Nas trompas uterinas
  • Intestino
  • Bexiga
  • Atrás do útero

Então, como sei que tenho endometriose?

Como é feito o diagnóstico?

A partir da análise clínica dos sintomas, pode-se levantar um diagnóstico suspeito de endometriose.

Porém, esse diagnóstico só pode se confirmar com visualização direta através de cirurgia.

Um dos procedimentos cirúrgicos mais utilizados é a laparoscopia.

Que consiste num pequeno corte para introdução de tubo que permite a visualização interna.

Logo após confirmação do diagnóstico, seu médico pode pedir ultrassom para avaliar o tamanho da endometriose.

Por fim, começarão as indicações para o tratamento.

Qual o tratamento para Endometriose?

Tratamento Medicamentoso

A princípio, o tratamento terá como foco o alívio dos sintomas (3).

Para isso, são utilizados analgésicos (alívio da dor) e anticoncepcionais hormonais.

A escolha das medicações é de acordo com o caso e características de cada mulher.

Tratamento Cirúrgico

Já para os casos mais graves, há indicação de intervenção cirúrgica (4).

Para remoção da endometriose, a cirurgia pode ser laparoscópica (pouco invasiva), em que se faz pequena incisão (corte) para introduzir uma câmera.

Por outro lado, em casos mais graves, pode ocorrer indicação para realização de histerectomia (retirada do útero).

No entanto, a endometriose não tem cura e pode reaparecer mesmo depois de procedimentos cirúrgicos.

Por isso, é importante aprender como viver com essa doença.

Vivendo com Endometriose

Em geral, existem diferentes maneiras para amenizar os sintomas e ajudar na convivência com essa doença.

Para alívio da dor, alguns medicamentos que seu médico pode sugerir são: Ibuprofeno e Paracetamol.

Além disso, a terapia hormonal (5) pode ser indicada e deve ser seguida de forma rigorosa conforme prescrição médica.

Também existem algumas práticas que podem aliviar os sintomas de endometriose, por exemplo:

  • Aplicar bolsa de água quente na região pélvica
  • Descansar
  • Fazer exercícios de forma regular
  • Ter uma dieta equilibrada e saudável
  • Realizar ciclos de respirações profundas

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Graduanda em enfermagem pela Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB - UNESP). Entrei na faculdade movida pela paixão e vocação de cuidar e ajudar as pessoas.Aqui no Vitalismo, tive oportunidade de alcançar e ajudar muitas pessoas além de meus pacientes.Desde o início da faculdade, minha área de interesse e vocação é a saúde da mulher (ginecologia e obstetrícia). Por isso, sempre estive envolvida em projetos de iniciação científica e de extensão que abordassem essa temática.Já fui presidente da liga de ginecologia da UNESP, organizei eventos e simpósios sobre o tema.Atualmente sou coordenadora do projeto Papo de Parto, em parceria com a UNESP e PROEX. Além disso, se você estiver em algum evento de ginecologia e obstetrícia, pode me procurar pois estarei lá!

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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