A esteatose hepática é o nome dado ao acúmulo de gordura no fígado (1,2).
Ela é um processo que ocorre nas doenças hepáticas gordurosas (3,4).
Nestas doenças, outro processo que também pode ocorrer, como consequência da gordura acumulada, é a inflamação do fígado.
Sendo assim, em vez de se chamar esteatose hepática, damos o nome de esteato-hepatite.
Note que o fígado é um órgão muito importante, porque desempenha muitas funções no corpo.
Por isso, quando algo anormal ocorre, como o acúmulo de gordura, ele pode ser prejudicado.
Sem dúvida, existem várias causas que podem provocar a esteatose hepática.
Ou seja, muitos fatores podem contribuir no desenvolvimento de um “fígado gorduroso”.
Além disso, muitas vezes, as pessoas que têm esse problema não apresentam sintomas.
O que pode dificultar o diagnóstico e, por consequência, o início do tratamento.
Mas há alternativas simples para evitar esse problema de saúde.
Então, vem aprender com a gente!
O que fazer para eliminar a gordura no fígado?
Ainda não existe um remédio específico para tratar essa condição. Por isso, as medidas a serem tomadas são, em geral, para tentar eliminar e/ou diminuir as causas ou os fatores de risco associados à esteatose hepática (“gordura no fígado”).
Elas podem incluir:
- Evitar o consumo de álcool
- Interromper o uso de remédios que possam te deixar mais vulnerável a desenvolver esse quadro
- Controlar a diabetes, os níveis de colesterol e gorduras no sangue
- Perder peso
Apesar da gordura no fígado poder prejudicar as funções deste órgão, esta é uma condição que tem chance de ser revertida.
Por isso, siga as orientações dos profissionais da saúde que cuidam de você!
Quais as causas de gordura no fígado?
Em princípio, existem muitos fatores de risco que sinalizam maiores chances de se desenvolver a “gordura no fígado” (5).
Veja algumas delas:
- Ter um estilo de vida pouco saudável, ou seja, se alimentar mal e não praticar exercícios físicos
- Consumir álcool de maneira exagerada (6)
- Fazer uso de certos remédios, por exemplo, corticoides e alguns usados na quimioterapia (tratamento de câncer)
- Sofrer com a ação de toxinas, o que significa que tem substâncias tóxicas afetando o fígado como, por exemplo, substâncias liberadas por bactérias que possam estar infectando o corpo. Além disso, resíduos metabólicos (substâncias que precisam ser descartadas do organismo) também podem ser tóxicas ao se acumular
- Problemas metabólicos como resistência à insulina (em geral, como acontece com quem tem diabetes), níveis elevados de gordura no sangue, além de um peso corporal maior do que o ideal
- Gravidez (7)
- Obesidade
Sintomas de gordura no fígado
Em geral, a maioria das pessoas que têm “gordura no fígado” não manifestam nenhum sintoma.
Mas pode ser que quando este quadro estiver se agravando, alguns sinais possam aparecer.
Conheça alguns deles:
- Abdômen, pernas e pés inchados, o que representa um quadro de edema
- Desconforto abdominal
- Náusea, diminuição no apetite ou perda de peso
- Cansaço
- Fraqueza
- Branco dos olhos e pele alaranjados ou amarelados, indicando quadro de icterícia
Diagnóstico de esteatose hepática
Os seus sintomas podem ajudar a desconfiar da presença desse problema de saúde.
Mas apenas os exames conseguem confirmar o diagnóstico.
Veja a quais procedimentos você pode se submeter, se estiver com “gordura no fígado”:
- Exame de sangue (permite ver sinais de inflamação)
- Ultrassom ou tomografia computadorizada (TC) para obter imagens do órgão
- Fibroscan (tecnologia de ultrassonografia para gerar imagens específicas de quantidade de gordura, fibrose ou “cicatrizes” e cirrose do fígado)
- Biópsia com uma amostra do fígado (8)
Saiba que este problema pode evoluir para doenças mais graves, se não for tratado no tempo certo!
Por isso, após a confirmação do quadro e o grau do comprometimento causado pela gordura acumulada no seu fígado, já inicie o tratamento recomendado pelo profissional de saúde.
Prevenção da esteatose hepática
Existem alguns recursos que vão ajudar a evitar que se desenvolva a “gordura no fígado” (9).
- Manter um estilo de vida saudável, ou seja, se alimentar com comidas naturais e saudáveis, ricas em nutrientes, praticar exercícios físicos e se manter hidratado
- Não exagerar no consumo do álcool
- Manter o peso ideal para o seu corpo
- Tomar os remédios para regular seus distúrbios metabólicos (colesterol alto, resistência à insulina, o que pode causar diabetes)
Acima de tudo, uma forma importante de se cuidar é não deixando de fazer consultas médicas de rotina.
Desse modo, você poderá reduzir as chances de ter complicações por conta de condições como a esteatose hepática.
Discente do curso de enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas, em Minas Gerais. Atuante na Atenção Básica à Saúde na cidade de Alfenas, sobretudo nas áreas de Saúde da Mulher e Cuidados Paliativos. Membro voluntário do projeto de extensão “PaliAB” pela Universidade Federal de Alfenas.Neste projeto, os extensionistas estabelecem uma relação de reciprocidade com os profissionais da Estratégia da Saúde da Família (ESF) e com os pacientes assistidos neste nível de Atenção à Saúde, sob a ótica dos Cuidados Paliativos (CP).Os participantes deste projeto contribuem para melhora na qualidade de vida dos pacientes por meio de planos de cuidados desenvolvidos juntamente com os profissionais das ESFs, para aliviar o sofrimento físico, social, espiritual e psicológico das pessoas e de sua rede de apoio sob CP.Além disso, ela atua no desenvolvimento de pesquisas para aprimorar o conhecimento sobre esta área, publica diversos trabalhos sobre a temática e disponibiliza cursos e cartilhas para os profissionais da ESF e cartilhas para população juntamente com os membros do projeto.Por fim, ela prioriza um cuidado integral, respeitoso e digno tanto às pessoas assistidas pela Atenção Básica quanto aos profissionais que atuam neste nível de assistência à saúde.
