Febre do mediterrâneo: A infecção transmitida por animais

A febre do mediterrâneo é um tipo de infecção bacteriana que se espalha de animais para pessoas.

Além disso, ela também tem o nome de brucelose.

Mas afinal, quais são os modos de transmissão da febre do mediterrâneo?

Nesse artigo você vai ler mais sobre essa doença e como se dá a sua contaminação.

Além disso, vamos falar sobre os principais sinais e sintomas e a causa desse quadro.

Por fim, falaremos sobre as principais complicações que ela pode gerar e daremos algumas dicas para a prevenção.

Quais os sintomas da febre do mediterrâneo em humanos?

  • Febre
  • Arrepios
  • Perda de apetite
  • Suor excesivo
  • Fraqueza
  • Fadiga
  • Dores articulares, musculares e nas costas
  • Dores de cabeça

De modo geral, os sintomas costumam ser semelhantes aos de uma gripe.

Além disso, é importante saber que esses sinais podem aparecer, desaparecer por semanas ou meses e depois retornar.

Nesses casos, algumas pessoas possuem brucelose crônica e apresentam sintomas por anos, mesmo após o tratamento.

Os sintomas dessa forma da doença são, por exemplo:

  • Febres recorrentes
  • Inflamação do revestimento interno das câmaras cardíacas (endocardite)
  • Inflamação nas articulações (artrite)
  • Artrite nos ossos da coluna

Quais são as formas de transmissão da brucelose?

Essa doença, que também tem nome de febre do mediterrâneo, pode atingir diversos animais.

Por exemplo: gado, cabras, ovelhas, porcos, cães, cervos, alces e camelos.

Assim, as principais formas de contágio das bactérias que estão nos animais para os humanos podem ocorrer de diversas formas, por exemplo:

  • Ao comer laticínios crus: a bactéria Brucella no leite dos animais infectados pode se espalhar através do leite não pasteurizado, sorvetes, manteigas e queijos
  • Ao comer carnes cruas ou mal cozidas de animais infectados
  • Inalar ar contaminado: isso porque essa bactéria consegue se espalhar facilmente pelo ar. Agricultores e caçadores podem inalar a bactéria
  • Contato com sangue ou fluidos corporais de animais infectados: as bactérias presentes no sangue, sêmen ou placenta dos animais podem entrar na corrente sanguínea através de um corte ou ferida

Por fim, é importante saber que o contato habitual com animais – tocar, escovar ou brincar – não causa a infecção.

Além disso, essa doença não se espalha de pessoa para pessoa, porém, em alguns casos, as mulheres podem passar a doença para os filhos durante o parto ou através do leite materno.

Muito raramente, a brucelose pode se espalhar através de atividade sexual ou transfusões de sangue.

Alguns profissionais podem ter maior risco de contaminação por trabalharem em contato com os animais, por exemplo: veterinários, produtores de leite, fazendeiros, trabalhadores de matadouros, caçadores e microbiologistas.

Quais são as complicações que essa doença pode causar?

Essa infecção pode afetar qualquer parte do corpo, incluindo o sistema reprodutivo, o fígado, coração e sistema nervoso central.

Além disso, a brucelose crônica pode causar complicações em um só órgão ou no corpo todo.

Algumas dessas complicações podem ser, por exemplo:

  • Inflamação do revestimento interno das câmaras cardíacas (endocardite): Essa é uma das complicações mais graves. Isso porque a endocardite pode danificar e destruir as válvulas do coração e pode levar à morte
  • Artrite: essa inflamação das articulações pode causar dor, rigidez e inchaço nas articulações como joelhos e quadris
  • Inflamação e infecção nos testículos: isso porque as bactérias podem infectar o epidídimo, que é um tubo presente no testículo
  • Inflamações ou infecção no baço e fígado
  • Infecções no sistema nervoso central: essas doenças podem ser fatais como a meningite e encefalite

Como prevenir a febre do mediterrâneo?

De modo geral, para reduzir o risco de contrair febre do mediterrâneo, podem ser tomadas as seguintes precauções:

  • Evitar laticínios não pasteurizados
  • Cozinhar bem as carnes que for consumir
  • Usar luvas ao manusear ou cuidar de animais
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Graduanda em enfermagem pela Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB - UNESP). Entrei na faculdade movida pela paixão e vocação de cuidar e ajudar as pessoas.Aqui no Vitalismo, tive oportunidade de alcançar e ajudar muitas pessoas além de meus pacientes.Desde o início da faculdade, minha área de interesse e vocação é a saúde da mulher (ginecologia e obstetrícia). Por isso, sempre estive envolvida em projetos de iniciação científica e de extensão que abordassem essa temática.Já fui presidente da liga de ginecologia da UNESP, organizei eventos e simpósios sobre o tema.Atualmente sou coordenadora do projeto Papo de Parto, em parceria com a UNESP e PROEX. Além disso, se você estiver em algum evento de ginecologia e obstetrícia, pode me procurar pois estarei lá!

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