A febre maculosa das Montanhas Rochosas é o nome dado a uma infecção bacteriana, que pode afetar órgãos como o cérebro, o coração e os rins.
Essa infecção recebe este nome devido aos primeiros casos da condição terem surgido nas Montanhas Rochosas nos Estados Unidos.
No entanto, essa doença não se limita apenas a estas regiões.
Isso porque também existem casos na América Central e América do Sul.
Nesse artigo você conhecerá o que causa a febre maculosa.
Além disso, você aprenderá os possíveis sinais e sintomas que podem surgir com esta condição.
O que provoca a febre maculosa?
A febre maculosa é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, a qual invade o corpo humano por meio da picada de carrapatos (1).
Vale ressaltar que esta é a forma mais comum de transmissão desta condição, uma vez que ela não se espalha “de pessoa para pessoa”.
Em geral, o carrapato-estrela, carrapato da madeira e o carrapato do cão americano, são espécies desses insetos que podem “carregar” esta bactéria e transmitir a doença.
Assim sendo, quando algum deles está contaminado, e se adere a sua pele e se alimenta do seu sangue, por um período de 6 a 10 horas, você pode contrair esta infecção.
Fatores de risco
Há alguns fatores que aumentam as chances de você desenvolver esta condição.
Eles incluem:
- Morar ou visitar regiões onde é frequente esta infecção
- A quantidade de tempo que você passa em áreas arborizadas (onde tem muitas árvores) ou gramados
- Ter contato com animais domésticos, como cachorros e cavalos infestados por carrapatos
- A época do ano, pois a infecção é mais comum em épocas de calor como a primavera e verão
Sintomas da febre maculosa
Em geral, os sintomas podem surgir cerca de 2 a 14 dias após a picada do carrapato.
Em princípio, os sinais e sintomas manifestados não são específicos para a febre maculosa.
Por isso, por vezes, eles podem ser confundidos com outras doenças.
Eles incluem:
- Febre alta
- Dor de cabeça intensa
- Calafrios
- Dores musculares
- Náuseas e vômitos
- Confusões ou outras mudanças neurológicas
Contudo, as erupções cutâneas (lesões na pele) são um sintoma característico da condição.
Elas podem aparecer nas palmas das mãos, nos pulsos ou tornozelos, na sola dos pés e nos antebraços.
Além disso, as lesões podem variar de pequenos pontos vermelhos a grandes manchas.
Mas vale lembrar que apenas 10% das pessoas infectadas manifestam esse sintoma.
Este fato e outras variabilidades na forma e na frequência dos sintomas podem dificultar o diagnóstico dessa doença do carrapato (2).
Quando procurar ajuda médica?
Saiba que quanto mais rápido surgirem os sintomas, mais grave pode ser a infecção.
Por isso, se você tiver qualquer mal estar, fortes dores de cabeça ou perceber a presença de erupções na sua pele, dias após ser picado por um carrapato, procure assistência médica.
Pois a maioria das doenças transmitidas por esses animais podem evoluir de forma muito rápida.
Além disso, no caso desta doença, pode ser até fatal (3).
Isso porque a taxa de letalidade desta condição pode chegar a 20%, nas pessoas que não se trataram.
Mas afinal, a febre maculosa tem cura?
Sim, o tratamento nos primeiros dias dos sintomas pode proporcionar a cura desta condição.
Isso é possível com uso de medicamento antibiótico.
Sendo assim, ele deve ser iniciado assim que ocorrer a suspeita (4) da doença pelo seu médico.
Com isso, você desenvolverá imunidade contra a condição, o que poderá te proteger para não se infectar novamente.
Discente do curso de enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas, em Minas Gerais. Atuante na Atenção Básica à Saúde na cidade de Alfenas, sobretudo nas áreas de Saúde da Mulher e Cuidados Paliativos. Membro voluntário do projeto de extensão “PaliAB” pela Universidade Federal de Alfenas.Neste projeto, os extensionistas estabelecem uma relação de reciprocidade com os profissionais da Estratégia da Saúde da Família (ESF) e com os pacientes assistidos neste nível de Atenção à Saúde, sob a ótica dos Cuidados Paliativos (CP).Os participantes deste projeto contribuem para melhora na qualidade de vida dos pacientes por meio de planos de cuidados desenvolvidos juntamente com os profissionais das ESFs, para aliviar o sofrimento físico, social, espiritual e psicológico das pessoas e de sua rede de apoio sob CP.Além disso, ela atua no desenvolvimento de pesquisas para aprimorar o conhecimento sobre esta área, publica diversos trabalhos sobre a temática e disponibiliza cursos e cartilhas para os profissionais da ESF e cartilhas para população juntamente com os membros do projeto.Por fim, ela prioriza um cuidado integral, respeitoso e digno tanto às pessoas assistidas pela Atenção Básica quanto aos profissionais que atuam neste nível de assistência à saúde.
William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.
