Fluorose Dentária: Manchas Brancas e Simétricas nos Dentes

A fluorose dentária é uma condição que causa alterações no esmalte dentário.

O esmalte dentário é a camada mais externa do nosso dente, que costuma aparecer quando sorrimos.

Em algumas pessoas, as alterações do esmalte do dente podem ser visíveis e alterar a aparência do sorriso.

Por isso, muitas vezes, as alterações causadas pela fluorose dentária podem trazer incômodos.

Inclusive, pode causar impactos emocionais e sociais, além de prejudicar a qualidade de vida.

Mas afinal, existe tratamento para essa condição?

Neste artigo você irá descobrir como se dá o tratamento da fluorose nos dentes.

Além disso, saberá o que fazer para preveni-la.

Como identificar a fluorose dentária?

A suspeita de fluorose dentária pode ocorrer ao se identificar algumas alterações no esmalte dentário (parte mais externa dos dentes). Geralmente, essa condição acontece de forma leve e, nestes casos, os dentes vão apresentar manchas ou linhas brancas e opacas. Além disso, as alterações costumam ocorrer em dentes iguais (simétricos) de lados opostos (por exemplo, afetam os dois dentes caninos da parte de cima da boca).

Já as formas moderadas e graves de fluorose não são tão comuns.

Quando presentes, as manchas costumam afetar porções maiores do esmalte dentário.

Por fim, algumas pessoas também podem apresentar fluorose severa, que é ainda mais incomum do que as outras.

Nestes casos, as manchas que aparecem também afetam os dentes com intensidade ainda maior.

Além disso, podem se formar irregularidades no esmalte dentário, incluindo crateras (“buracos”).

Vale lembrar que, em formas mais graves, as manchas também podem ter a cor acastanhada.

O que causa a fluorose dental?

Em princípio, a fluorose dentária é causada pelo consumo de grandes quantidades de flúor por um longo período de tempo.

Entretanto, ela só ocorre quando este consumo acontece durante a formação dos nossos dentes, ainda abaixo da gengiva.

Por isso, apenas crianças com até 8 (oito) anos de idade podem desenvolvê-la (1).

E o que determina se uma pessoa irá ter a fluorose de forma leve ou grave?

A gravidade da condição depende da quantidade de flúor que a criança consumiu.

Além disso, também pode variar de acordo com o período de tempo e do momento de formação do dente em que aconteceu.

Tratamento de fluorose dentária

A princípio, o tratamento de dentes com fluorose pode ser feito por meio de um procedimento chamado de microabrasão do esmalte dentário.

Com isso, remove-se uma pequena parte da superfície dos dentes onde a mancha está localizada.

Em muitos casos, pode melhorar a aparência das manchas e até removê-las por completo.

Outro tipo de tratamento envolve o clareamento dos dentes, o que pode diminuir a diferença de cor entre os dentes e as manchas de fluorose.

Por fim, há evidências científicas de alta qualidade sugerindo que realizar a infiltração de resinas odontológicas, como forma de “mascarar” as manchas, é o melhor método de tratamento (2,3).

Como preveni-la?

É possível adotar algumas medidas para prevenir o desenvolvimento da fluorose dentária em crianças.

Elas podem incluir:

  • Supervisionar e orientar as crianças (sobretudo, as com idade abaixo de 8 anos) no momento da escovação
  • Orientar as crianças a não ingerir creme dental (pois a maior parte dos cremes dentais contêm flúor)
  • Utilizar creme dental com flúor em pequena quantidade (4)
  • Ficar atento para a concentração de flúor da água que se ingere (5)

Nesse sentido, crianças de até 3 anos devem utilizar uma quantidade de creme dental correspondente ao tamanho de um grão de arroz.

Já as crianças maiores de 3 anos podem escovar os dentes com uma quantidade equivalente ao tamanho de um grão de ervilha.

Quando procurar por assistência odontológica?

Ao notar linhas ou manchas com aparência brancas ou acastanhadas, procure por um dentista para avaliação.

Esse profissional irá avaliar se você tem fluorose dentária ou investigar outra condição que possa estar causando alterações na aparência dos seus dentes.

O que pode incluir, como exemplo, as cáries dentárias.

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(Autor)

Natural de Alfenas, Minas Gerais, Mateus Beker é discente de graduação no curso de bacharelado em Odontologia pela Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG). Atualmente, é bolsista do MEC pelo Programa de Educação Tutorial (PET) - Odontologia, instituído na Universidade Federal de Alfenas.Possui atividades de pesquisa relacionadas a ação anti-inflamatória de extratos e compostos bioativos de produtos naturais, assim como sobre a associação de determinadas variáveis no surgimento de lesões de origem endodôntica. Além disso, desenvolve trabalhos nas áreas de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial e Estomatologia.Outras áreas de seu interesse incluem Cirurgia Bucomaxilofacial e Implantodontia.Ele foi admitido na equipe do Vitalismo no ano de 2021. Como escritor especializado para os assuntos que abrangem a área Odontológica e outras temáticas relacionadas à saúde, procura apresentar informações de forma objetiva e compreensível, além de demonstrar a importância da procura por orientação adequada.

William Fan (Revisor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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