Glaucoma: O Que É? Pode Causar Cegueira? Como Prevenir?

Já ouviu falar de glaucoma?

Você já fez algum exame para avaliar a sua visão recentemente?

É bastante comum que muita gente deixe de lado a prevenção contra doenças até perceber dificuldades maiores para enxergar.

Mas neste artigo, minha intenção é deixar você mais informado sobre um grupo de doenças comuns dos olhos, sobre as quais você deveria ficar atento.

Vamos lá?

Pois bem, existe um grupo de doenças que afeta os olhos e que se chama glaucoma.

Aliás, para ser mais preciso, há uma estrutura que fica bem atrás de cada um dos olhos que sofre danos nesta doença.

Estamos falando do nervo óptico, que é uma parte fundamental para a formação da visão normal.

Sendo assim, podemos dizer que o glaucoma é um grupo de doenças que leva ao dano no nervo óptico, com risco de perda gradual da visão e até mesmo cegueira.

Com frequência, a doença tem relação com pressão elevada dentro dos olhos.

Em relação aos seus tipos (1) mais comuns, temos o glaucoma:

  • De ângulo aberto
  • De pressão normal
  • Congênita
  • De ângulo fechado (é uma emergência)

Glaucoma tem cura?

Infelizmente, não existe cura para o glaucoma. No entanto, o tratamento precoce é capaz de retardar a perda da visão e até mesmo prevenir que ela aconteça. Para isto, é importante exames regulares completos com o médico oftalmologista. Isto inclui, por exemplo:

  • Medir a pressão dentro dos olhos (pressão intraocular ou PIO)
  • Dilatar as pupilas para visualizar melhor estrutura do olho
  • Avaliar o campo de visão

Tratamento para glaucoma

Se houver a conclusão de que você está com glaucoma, você pode receber algumas opções de tratamento (2):

  • Remédio para glaucoma: geralmente na forma de colírio (para pingar nos olhos), eles podem ajudar na diminuição da pressão intraocular e prevenir o dano do nervo óptico
  • Tratamento com laser
  • Cirurgia

Lembre-se que apenas o seu médico oftalmologista saberá orientar a melhor opção de tratamento para o seu caso.

Quais os sintomas do glaucoma?

A princípio, a maioria dos casos não leva a nenhum sintoma no início. Por esta razão, muita gente que tem glaucoma nem acaba sabendo. Porém, com o tempo, partes da visão vão se perdendo, principalmente as partes mais periféricas (como a parte mais próxima do nariz). E como esse processo é bem lento, muitos não percebem que a visão está piorando. Em fases mais avançadas, é comum que se desenvolva a “visão em túnel”, quando só se enxerga a parte central do campo visual (3). Por fim, quando não tratada, o glaucoma pode evoluir para cegueira.

É importante saber que qualquer pessoa pode ter glaucoma, embora algumas pessoas parecem ter maior risco (4) quando:

Quando procurar assistência médica?

Existe um dos tipos de glaucoma (de ângulo fechado) que é uma emergência médica. Seus sintomas podem ser:

  • Dor de cabeça muito forte
  • Dor nos olhos
  • Visão embaçada
  • Náusea e vômito

Portanto, se sentir algum destes sintomas, procure um serviço de atendimento de emergência.

Por fim, de forma geral, a recomendação é que você converse com seu médico para discutir a frequência que você deve seguir para fazer as avaliações oftalmológicas (da visão).

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(Autor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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