Você já ouviu falar da herpes genital?
Trata-se de uma das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) mais comuns (1).
Isso porque muitas pessoas que testam positivo para o vírus, não sabiam que tinham a doença.
Mas afinal, como se pega herpes genital?
Nesse artigo você vai entender o que é essa doença e como é a sua transmissão.
Além disso, vai aprender como se proteger e qual é o seu tratamento.
Quais as formas de pegar herpes genital?
A relação sexual com pessoas já infectadas é a principal forma de transmissão do vírus da herpes genital (2). Assim sendo, a infecção por esses vírus pode acontecer pelo contato direto com as feridas (úlceras) que essa doença pode causar, além de também ser possível através do contato com pacientes assintomáticos por meio de seus fluidos (como a saliva). Além disso, também pode ser transmitida da mãe para seu filho através do parto (3).
O que causa herpes genital?
O vírus responsável por causar a herpes genital (4) é o vírus da herpes simples 1 e 2 (HSV-1 e HSV-2).
- HSV-1: Esse tipo do vírus está mais relacionado a feridas na região da boca. Mesmo assim, as feridas podem atingir áreas genitais através do sexo oral
- HSV-2: Esse tipo é o responsável mais comum pela herpes genital. Ele é muito contagioso, mesmo quando não há feridas abertas no local de contato
E vale ressaltar que ambos os tipos podem acometer homens e mulheres.
Sintomas de herpes genital
A maioria das pessoas que testam positivo para o vírus, não sabem previamente que estavam com a doença (5).
Isso porque, em muitos casos, a infecção é assintomática, ou seja, não apresenta nenhum sintoma.
Mas é importante lembrar que mesmo que estejam sem sintomas, as pessoas que têm o vírus podem contaminar as outras.
No entanto, quando aparecem, os sintomas (6,7) podem ser:
- Dor ou sensibilidade na genital
- Coceira
- Pequenas “bolhas” vermelhas ou brancas
- Úlceras dolorosas
- Dor ao urinar
- Crostas na pele
Em geral, as feridas causadas pela herpes aparecem no local onde ocorreu a infecção.
Porém, podem se espalhar para outros lugares do corpo quando você toca a ferida e em seguida coça outro local, por exemplo.
Geralmente, os lugares mais acometidos são:
- Boca
- Coxas
- Nádegas
- Ânus
- Uretra
Além disso, nas mulheres, o herpes genital feminino pode causar lesões e feridas em:
- Área vaginal (grandes e pequenos lábios)
- Colo do útero
Já nos homens, essas feridas podem aparecer em outros locais, como por exemplo:
- Toda região do pênis
- Escroto (bolsa onde estão os testículos)
Por fim, vale lembrar que a manifestação dos sintomas da herpes podem ser diferentes de pessoa para pessoa.
Isso porque, para algumas pessoas, os surtos dos sintomas aparecem várias vezes ao ano.
Enquanto que outras pessoas passam anos assintomáticas.
A princípio, o surto inicial é o mais doloroso e incômodo.
Já nas demais recorrências, as feridas cicatrizam de forma mais rápida.
Herpes genital tem cura?
Por ser uma doença causada por um vírus, a herpes genital não tem cura.
No entanto, existem tratamentos (8) que podem aliviar os sintomas e diminuir as taxas de transmissão.
Atualmente, o medicamento mais comum para controlar os sintomas da herpes é o aciclovir (antiviral).
Como se proteger?
Para se prevenir da infecção de herpes genital, as recomendações são as mesmas para prevenção de qualquer IST:
- Limitar o número de parceiros sexuais
- Manter relação monogâmica (com um único parceiro) com checagem periódica de exames do casal
- Manter relações sexuais com uso do preservativo (camisinha) masculino ou feminino
- Evitar relação sexual se seu parceiro estiver com os sintomas (úlceras) de herpes visíveis
Quando procurar um médico?
Procure ajuda profissional se você apresentar qualquer sintoma de herpes genital ou acredita que teve uma relação de risco (com alguém que estava com sintomas visíveis). Além disso, pode procurar seu médico se tiver dúvidas sobre o uso do preservativo.
Por fim, caso esteja grávida e tenha suspeita da infecção, também informe o seu médico.
Neste caso, ele poderá prescrever um antiviral ou considerar parto cesárea para reduzir o risco de transmissão ao bebê.
