HIV: Descubra Como Ocorre a Transmissão do Vírus da AIDS

O HIV é o vírus responsável pela síndrome da imunodeficiência adquirida, a AIDS.

Apesar de ser uma infecção bastante conhecida, muitas pessoas ainda confundem alguns de seus conceitos básicos.

Por exemplo, você sabe dizer qual a diferença entre HIV e AIDS?

Se não soube responder, não se preocupe, pois estamos aqui para isso!

Nesse artigo, além de ter a resposta para essa pergunta, você vai entender como ocorre sua transmissão e quais são os fatores de risco envolvidos.

Além disso, saberá sobre seus sintomas e como se prevenir da infecção.

Vamos nessa?

Qual a diferença entre HIV e AIDS?

HIV (vírus da imunodeficiência humana, em português) é o vírus causador da AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida, em português). O vírus infecta e mata as células de defesa do nosso corpo (chamadas de CD4), deixando nosso sistema imune enfraquecido. Já a AIDS, por sua vez, é o estágio mais avançado da infecção pelo vírus.

De forma geral, levam cerca de 10 anos desde a infecção pelo vírus até o desenvolvimento da AIDS.

No entanto, nem todas as pessoas infectadas, vão avançar para o estágio mais grave dessa condição.

Para se caracterizar como AIDS é necessário que a pessoa esteja contaminada e que a sua contagem de células CD4 seja menor que 200 células por milímetro cúbico de sangue (1).

Como ocorre a transmissão do HIV? (2)

Você pode transmitir ou ser infectado pelo vírus através de sangue, sêmen ou secreções vaginais contaminados.

Isso pode ocorrer de diferentes maneiras, como por exemplo:

  • Você pode se infectar por meio de sexo vaginal anal ou oral. Isto é, quando sangue, sêmen ou secreções vaginais do seu parceiro ou parceira entram no seu corpo. Isso pode ocorrer através de feridas na boca ou microlesões na vagina ou no reto que surgem durante a relação
  • Compartilhar agulhas e seringas aumentam o risco de infecção, sobretudo entre usuários de drogas injetáveis
  • É possível ser contaminado ao receber uma transfusão de sangue em que o sangue esteja contaminado. Para evitar que isso aconteça, hoje os hospitais e bancos de sangue testam o sangue para garantir que não haja contaminação pelo vírus
  • Outra forma de transmissão é de mãe para filho, durante a gestação, parto ou amamentação (pelo leite materno). Para reduzir os riscos de contaminação do filho, é fundamental que a mãe siga o tratamento corretamente

Como não ocorre transmissão?

Você não precisa se preocupar ao apertar as mãos, abraçar ou beijar uma pessoa com HIV ou AIDS.

A transmissão do vírus não ocorre pelos contatos casuais do dia-a-dia, nem pelo ar ou pela água.

Portanto, não há transmissão deste vírus através da pele que está saudável, sem feridas.

Fatores de risco

Embora qualquer pessoa possa se infectar, existem alguns fatores e comportamentos que aumentam o risco de contaminação. São eles:

  • Ter vários parceiros ou parceiras sexuais
  • Ter sexo desprotegido com uma pessoa infectada
  • Compartilhar agulhas para uso de drogas ou esteróides
  • Já possuir outra infecção sexualmente transmissível

Quais são os sintomas da infecção por HIV?

Os sintomas dessa condição costumam surgir entre 2 a 4 semanas após a infecção e muitas vezes se parecem com sintomas de gripe, os quais incluem:

  • Febre
  • Calafrios
  • Manchas vermelhas no corpo
  • Suor durante a noite
  • Dores musculares
  • Dor de garganta
  • Fadiga ou cansaço
  • Feridas na boca
  • Diarreia
  • Gânglio linfáticos aumentados (“ínguas”, principalmente no pescoço)

Esses sintomas podem durar alguns dias ou semanas e não necessariamente indicam que a pessoa possua HIV, já que também são comuns a outras doenças.

Por fim, vale lembrar que algumas pessoas não apresentam nenhum sintoma, apesar da infecção.

Quando devo procurar um médico?

Busque um serviço de saúde caso você desconfie que possa ter entrado em contato com o vírus, mesmo que não apresente nenhum sintoma.

O teste para HIV é a única forma de comprovar se você foi infectado ou não.

Como prevenir?

Hoje em dia existem inúmeras maneiras de se prevenir (3), tais como:

  • Usar camisinha em todas as relações sexuais (4)
  • Uso do PrEP, um medicamento indicado para pessoas que estão sob maior risco de contrair o vírus. O PrEP (em português, profilático pré-exposição) quando utilizado da forma prescrita pelo médico é bastante efetivo para prevenir a infecção (5)
  • Uso do PEP (em português, profilático pós-exposição) em situações de emergência. Seu uso, dentro de 72 horas após a exposição ao vírus, reduz o risco de infecção
  • Caso você já possua a infecção pelo vírus, é fundamental que siga corretamente todo o plano de tratamento para evitar sua transmissão
  • Se você usa agulhas para injetar drogas ou outras substâncias, sempre use agulhas esterilizadas e nunca as compartilhe
  • Caso esteja grávida, você deve iniciar o tratamento durante a gestação para evitar a transmissão do HIV para seu filho

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(Autor)

Como graduando do curso de Medicina da Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) e escritor do Vitalismo tenho como propósito trazer informações sobre saúde de qualidade e baseadas em evidências científicas com uma linguagem de fácil acesso para toda a população. Ingressei no curso de Medicina em 2018 por vocação e amor ao cuidado. Agora tenho a oportunidade de levar essa minha paixão para todos leitores do Vitalismo. Além disso, sou fundador da Liga de Empreendedorismo, Gestão e Inovação da UNESP e atualmente sou coordenador da Liga de Ortopedia de Botucatu.

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