Insuficiência Cardíaca: O Que é? As Causas e os Sintomas

A primeira impressão que muitos têm quando falamos de insuficiência cardíaca é que o coração parou de funcionar ou parou de bater.

No entanto, esta é uma ideia imprecisa.

Para entender melhor, vou contar um pouco como o coração funciona.

Imagine que o coração é como uma bomba bem musculosa que se contrai e relaxa de modo cíclico.

Ou seja, a cada minuto, o coração contrai várias vezes para forçar a saída do sangue em direção às artérias.

Aliás, as artérias são como tubos por onde o sangue que sai do coração passa para levar o sangue para outras partes do corpo.

Além disso, a cada minuto, o coração também relaxa (após a contração) várias vezes.

E o relaxamento do coração também é tão importante quanto à sua contração.

Afinal, é no relaxamento que o coração se enche novamente com o sangue que retorna de outras partes do nosso corpo.

Portanto, quando falamos de insuficiência cardíaca, queremos dizer que o coração está tendo problemas para contrair (“coração fraco”) ou relaxar (“coração duro”) de modo eficiente (1).

Sintomas de insuficiência cardíaca

A princípio, os sintomas mais comuns da insuficiência cardíaca são:

  • Falta de ar (principalmente em posição deitada ou ao fazer esforços; não é incomum acordar de noite com falta de ar e também precisar dormir com mais de um travesseiro)
  • Inchaço que pode ser notado desde o pé, tornozelo e a perna toda
  • Tosse persistente que pode ter a saída pela boca de “catarro” de tom cor de rosa
  • Ganho rápido de peso por conta de retenção de líquidos no corpo
  • Ascite (acúmulo de líquido dentro da barriga)
  • Cansaço
  • Batimentos cardíacos acelerados ou irregulares

O que causa insuficiência cardíaca?

As causas e os fatores de risco mais comuns de insuficiência cardíaca incluem, por exemplo:

  • Doença arterial coronariana (lesão das artérias do coração)
  • Hipertensão (pressão alta)
  • Problemas nas valvas cardíacas
  • Ataque cardíaco (infarto do coração, ou seja, morte de parte do músculo do coração)
  • Cardiomiopatias (doença no músculo do coração) e miocardite (inflamação do coração)
  • Arritmias cardíacas
  • Diabetes
  • Obesidade
  • Alcoolismo
  • Tabagismo
  • Apneia do sono
  • Uso de determinados medicamentos (por exemplo, anti-inflamatórios)

Tratamentos para insuficiência cardíaca

Apesar de a maioria dos casos serem irreversíveis, o tratamento pode promover uma melhora significativa dos sintomas e proporcionar maior tempo de vida. Sendo assim, os cuidados para esta doença consistem em hábitos de vida saudáveis, medicamentos e, em casos muito graves, o transplante cardíaco.

Sendo assim, alguns dos hábitos saudáveis incluem:

  • Atividade física regular
  • Controle do peso
  • Restrição de sal na dieta

Além disso, outros pontos de atenção são o controle das doenças que podem causar ou piorar a insuficiência cardíaca.

Portanto, o controle da pressão arterial, dos níveis de açúcar no sangue (em caso de diabetes) e da obesidade ou até mesmo uma cirurgia para corrigir problemas em valvas (que são como peças que ajudam no movimento do sangue dentro do coração) cardíacas colaboram para o tratamento.

Além disso, alguns medicamentos podem melhorar a situação da doença, pois atuam no sentido de:

  • Aumentar a formação de urina
  • Diminuir a pressão arterial
  • Desacelerar os batimentos do coração
  • Aumentar a força da contração do coração

Quando procurar assistência médica?

É importante o atendimento médico de emergência na presença de sintomas como dor no peito, falta de ar, alteração da consciência, aceleração dos batimentos do coração.

Converse com seu médico também caso você tenha doenças ou outras condições que podem provocar a insuficiência cardíaca.

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(Autor)

William Fan é médico graduado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) - Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB). Fez estágios clínicos em Oncologia Clínica e Medicina de Emergências na Prince of Wales Hospital, afiliada da University of New South Wales, Sydney, Australia (UNSW) e que faz parte do prestigiado Group of Eight, grupo que reúne as 8 instituições líderes de excelência em ensino e pesquisa da Austrália. Além disso, colaborou no desenvolvimento de um projeto científico da Centre for Vascular Research, na UNSW. Tem também publicações científicas em periódicos (revistas) internacionais de impacto na comunidade científica em áreas de pesquisa experimental e pesquisa clínica, abrangendo as áreas de biologia do câncer, doenças cardiovasculares, além de ser co-autor de uma revisão sistemática e meta-análise. Foi certificado pelo programa Sharpen Your Communication Skills da Stanford Graduate School of Business. Atualmente é revisor científico do Vitalismo. Seus interesses incluem entender como aplicar o conhecimento de pesquisas científicas no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a saúde das pessoas. Nos momentos livres, gosta de estudar idiomas (atualmente fala Inglês, Chinês Mandarim e Alemão), fazer leituras, acompanhar debates inteligentes, jogar basquete e experimentar diferentes culinárias.

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