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Linfoma de Hodgkin: Câncer Raro Com Altas Chances de Cura

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Embora seja uma doença rara na população geral, o linfoma de Hodgkin é um dos tipos mais comuns de cânceres que afetam o sistema linfático.

E o que é esse tal de sistema linfático?

O sistema linfático é como uma “rede” composta por vasos e linfonodos (“gânglios linfáticos”), além de órgãos como o baço ou as tonsilas (amígdalas).

É como se fosse o sistema circulatório, mas, enquanto dentro de nossas veias e artérias circula o sangue, nos vasos linfáticos circula a linfa.

A linfa tem como função levar de volta ao sangue células de defesa, proteínas, fluidos e outros compostos.

Bem, agora que você já tem uma noção do sistema em nosso organismo que esta doença afeta, vamos enfim conhecer o linfoma de Hodgkin.

O que é linfoma de Hodgkin?

O linfoma de Hodgkin (ou doença de Hodgkin) é um tipo de câncer que se origina dos linfócitos B (ou células B) (1). Os linfócitos são células que fazem parte do nosso sistema imune. Eles produzem proteínas que se chamam anticorpos, e fazem a defesa do nosso corpo contra infecções. No entanto, nesta doença, os linfócitos estão alterados. Com isso, eles perdem a sua função de defesa, se multiplicam de forma anormal e aglomeram-se nos linfonodos (“gânglios linfáticos”). As células tumorais deste tipo de câncer recebem o nome de células de Reed-Sternberg (2).

Quais são os sintomas do linfoma de Hodgkin?

O principal sintoma da doença de Hodgkin é o inchaço dos linfonodos (ou “gânglios linfáticos”), principalmente no pescoço, nas axilas e nas virilhas.

Os linfonodos são pequenos nódulos (“caroços”) distribuídos em várias partes do corpo.

Apesar disso, alguns locais possuem maior concentração deles, como o pescoço, as axilas, a região entre os dois pulmões, as virilhas ou atrás dos joelhos.

Eles fazem parte do sistema linfático e são responsáveis por “filtrar” a linfa.

Ou seja, ajudam a remover células que sofreram danos ou até mesmo combater invasores, como as bactérias presentes na linfa.

Esse combate ocorre por meio da ação de linfócitos que o próprio linfonodo produz.

No entanto, com o desenvolvimento da doença, uma grande quantidade de linfócitos afetados se aglomera no linfonodo, causando o inchaço no local.

Embora algumas pessoas possam sentir algum incômodo, como a coceira, nos linfonodos inchados, eles não costumam ser dolorosos.

Outros sintomas que também podem surgir incluem:

Quando devo procurar o médico?

O sintoma mais importante da doença de Hodgkin é o inchaço dos linfonodos, conhecidos como gânglios linfáticos, que são pequenos “caroços” presentes principalmente no pescoço, axilas e virilhas.

Entretanto, esse sintoma também pode aparecer em infecções comuns.

Portanto, você deve procurar um médico caso apresente inchaço dos linfonodos de forma persistente, para poder identificar a causa.

Do mesmo modo, os demais sintomas também são bem mais comuns em outras condições de saúde do que no linfoma de Hodgkin.

Isto é, há muitos motivos diferentes que podem levar a sintomas similares ou idênticos aos que se manifestam no linfoma de Hodgkin.

Por isso, é sempre importante passar por uma avaliação médica para se chegar ao diagnóstico correto.

Como é o tratamento?

O tratamento pode variar de acordo com o seu estado de saúde, sua idade, o subtipo e e o estadiamento (“fase”) do câncer.

As opções mais comuns são a realização de quimioterapia de forma isolada ou de uma combinação de quimioterapia seguida de radioterapia.

Além disso, outros modos de tratamento incluem: imunoterapia e transplante de células-tronco.

Em todo caso, o melhor tratamento para cada caso será melhor orientado, após avaliação da equipe médica de oncologia.

De forma geral, o tratamento pode proporcionar altas chances de cura do linfoma de Hodgkin, especialmente em pessoas jovens.