Macrossomia fetal: Por Que É Ruim o Beber Crescer Demais?

Você já ouviu falar em macrossomia fetal?

Esse termo serve pra descrever um recém-nascido que é muito maior que a média.

Mas afinal, o que pode causar a macrossomia fetal?

Nesse artigo você vai entender mais sobre essa condição e suas causas.

Além disso, vai ler sobre as complicações que ela pode causar.

O que é um feto macrossômico (*)?

Um feto macrossomico é o feto que apresenta crescimento muito maior ao normal para determinada semana de gestação. Ou seja, existem valores de crescimento que são usados como base para classificar o quanto o bebê está crescendo. Quando esse valor está muito a cima da média, é considerado um bebê GIG (grande para a idade gestacional).

Assim, ao nascer, são considerados bebês macrossômicos os que ultrapassam os 4 quilos ao nascer. (*)

Quais são os sintomas de macrossomia fetal?

De maneira geral, a macrossomia pode ser difícil de detectar.

No entanto, durante a gravidez, os sinais que podem indicar essa condição são: Altura uterina grande e excesso de líquido aminiótico.

Antes de mais nada, durante as consultas de pré-natal, o médico vai medir a sua altura uterina.

Essa medida é a distância da parte superior do útero até o osso púbico.

Existem valores previamente determinados para classificar essa altura.

Portanto, se a medida revelar uma altura muito maior que o esperado, pode ser um sinal de macrossomia.

Por fim, o líquido amniótico é o líquido que envolve e protege o bebê durante a gravidez.

Assim, ter muito líquido amniótico também pode ser um sinal de que o bebê seja maior que o normal.

Isso porque, a quantidade desse líquido reflete a urina do bebê.

Portanto, quanto maior for o feto, maior quantidade de urina ele vai produzir.

Quais são as causas da macrossomia fetal?

De modo geral, fatores genéticos e condições maternas podem causar essa condição.

Apesar de muitas não conseguimos saber exatamente a causa para que um bebê cresça mais que o normal, existem fatores de risco que aumentam essa chance.

Ou seja, condições de saúde que podem favorecer que o bebê cresça muito, por exemplo (*):

  • Diabetes materno: esse quadro pode ser antes da gravidez ou durante a gravidez (diabetes gestacional)
  • Histórico de macrossomia fetal anterior: se você já teve um bebê GIG, pode ser que tenha de novo
  • Obesidade materna
  • Ganho de peso excessivo durante a gravidez: ganhar peso na gestação é normal, porém, em excesso, pode indicar um bebê maior que o normal
  • Quantidade de gestação: isso porque, a cada gestação, o peso médio ao nascer vai aumentando cerca de 113 gramas
  • Bebê menino: bebês do sexo masculino em geral pesam mais que os do sexo feminino
  • Idade materna: mulheres com mais de 35 anos são mais propensas a ter um bebê com macrossomia fetal

Quais são as complicações da macrossomia?

A macrossomia fetal pode causar alguns riscos para a mãe, por exemplo:

  • Problemas durante o trabalho de parto: isso porque o bebê grande pode ficar preso no canal do parto e pode precisar do uso do fórceps ou uma cirurgia cesariana
  • Lacerações no trato genital: durante o parto, o tamanho do bebê pode rasgar tecidos vaginais e os músculos entre a vagina e o ânus
  • Sangramento pós-parto
  • Ruptura uterina: acontece quando há chance do útero se abrir na linha da cicatriz de uma cesárea anterior

Já com relação à saúde do bebê, os problemas que podem aparecer são:

  • Nível de açúcar no sangue abaixo do normal (hipoglicemia)
  • Obesidade infantil ao longo da infância
  • Síndrome metabólica (conjunto de condições como pressão alta, hiperglicemia e colesterol alto que ocorrem ao mesmo tempo)
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Graduanda em enfermagem pela Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB - UNESP). Entrei na faculdade movida pela paixão e vocação de cuidar e ajudar as pessoas.Aqui no Vitalismo, tive oportunidade de alcançar e ajudar muitas pessoas além de meus pacientes.Desde o início da faculdade, minha área de interesse e vocação é a saúde da mulher (ginecologia e obstetrícia). Por isso, sempre estive envolvida em projetos de iniciação científica e de extensão que abordassem essa temática.Já fui presidente da liga de ginecologia da UNESP, organizei eventos e simpósios sobre o tema.Atualmente sou coordenadora do projeto Papo de Parto, em parceria com a UNESP e PROEX. Além disso, se você estiver em algum evento de ginecologia e obstetrícia, pode me procurar pois estarei lá!

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